- Que eu vou ficar sozinha? Sem ninguém em uma casa enooorme. É péssimo ficar só! – Angel fez um bico.
- Porra, Angel! – o pedagogo suspirou sofrido, embora não tivesse soltado-a um segundo sequer.- Desculpa, eu estou me vingando? – ela apertou a boca dele entre o indicador e o polegar, vendo o amigo tentar capturar seu dedo com a boca. Os dois riram.- Do quê, exatamente? – o homem mordeu levemente o lábio dela.- Do seu péssimo comportamento há uns bons anos. – Angel piscou.- Deus perdoa. Angel faz sofrer? – os dois riram assim que o homem acomodou-a um pouco mais ao corpo dele. Os dois queriam aquele beijo de novo, queriam aquele contato em desespero dos corpos, por mais que só deixasse o tesão ainda mais afiado.- Basicamente! – o sorriso superior da mulher tomou forma nos lábios carnudos de-Marcelo não é velho! – a garota defendeu. – Ele só ficou ofendido de ter sofrido um roubo roubado. – ela fez careta com a frase confusa e os dois riram alto. O loiro semicerrou os olhos para aquela conversa ressentida.- E desde quando você se importa assim com oMarcelo? -Gabriel perguntou ao tentar sondar a amiga e torcer para que toda aquela história antiga tivesse mesmo sido superada.Só ele sabia o quantoAngel tinha sofrido por um babaca mais velho e o quanto ela tinha jurado pisar noMarcelo um dia. Se ela que gostava perdidamente do cara, queria isso, quem era ele para não estar presente para lembrá-la das promessas e ajudá-la a concretizar seus desejos de vingança mais obscuros?- Nós somos adultos,Herculano! - ela segurou firmemente no ombro dele ao dar um rodopio no salão. Qual era o problema daqueles caras? Ela já es
Se o gato não está em casa, os ratos fazem a festaNesse meio tempo, o irmão mais velho dos Gallo havia mandando uma mensagem avisando que todos os cartazes da colônia de férias haviam ficados prontos e que alguém fosse buscá-los, ele tinha acabado de chegar em casa e precisava de um banho frio para virar gente de novo. Sendo assim, a mais nova dosValenthina pegou a chave reserva deMarcelo com a melhor amiga e partiu em direção a casa do pedagogo. Quanto antes elas conseguissem pendurar os cartazes na escolinha, melhor!-Marcelo? –Angel chamou, já dentro da casa média e por mais que ouvisse a bela cantoria do homem em algum lugar, não ia invadir ainda mais o local sem permissão. Principalmente quando um fator chamado Delilah raivosa poderia aparecer e querer lhe matar com o susto dos latidos. –Mar
- AhAngel, não seja puritana. –Marcelo fez um bico entristecido, deixando-a impressionada com como o clima continuava leve com tudo que acontecia ali. – Você tá louca para baixar a vista e confirmar que todos os boatos que a senhorita mesma criou são apenas isso, boatos. – o homem soltou uma piscadela sem vergonha e deu de ombros, embora continuasse parado.A gargalhada da garota saiu tão espontânea com aquela história, que ela não teve escolha a não ser desfrutar do momento. Ela queria ver e ele mostrar e realmente não era tão complicado assim, era bem satisfatório, na verdade.Se tinha uma coisa queMarcelo não tinha, era vergonha do próprio corpo, talvez há uns anos aquela situação sequer acontecesse. Mas o homem já tinha perdido coisas demais na vida até entender que nem toda notícia fincada na masc
Merda! Ele estava fodido, viciado e impactado.Angel voltou a postura para cima do colchão e como de costume quando geralmente tinha um sexo muito bom, ficou paradinha digerindo o momento, ainda sentindo o baixo ventre vibrar, as pernas bambearam e o coração parecer que ia sair pela boca. Ela não sabia se acalmava o estado de espírito, ou aproveitava toda aquela reação maravilhosa que tomava seu corpo. Talvez os dois ao mesmo tempo! A mulher cobriu o rosto com uma das mãos e respirou fundo, bem paradinha sentindo o calor gostoso do quarto, o corpo derreter e ouvindo a respiração rápida deMarcelo que estava ao lado, inclusive ele estavataquipneico* e precisava controlar as 27 incursões por minuto.-Angel? – ele levantou a cabeça ainda tentando controlar a respiração. Ela estava sentindo alguma coisa? Fazia uns bons segundos que estava par
- Assim, querer é uma palavra muito forte. –Angel trincou os dentes com o indicador em riste, parecendo uma criança sapeca.Viviana arqueou as sobrancelhas duvidando que ela fosse começar brincar naquele exato momento.A mulher se deu por vencida, largou as caixas de papelão e sentou na mesa de madeira clara, se ia contar tudo aViviana, que ao menos estivesse confortável para maior ralhada das américas. Um suspiro foi compartilhado entre as duas amigas e ele significava tanta coisa, mostrava o arrependimento de ter subestimado seu próprio autocontrole, o medo de sair do controle e sofrer como alguns anos atrás por parte da mais nova e o desespero da Mrs.Valenthina só em imaginar a confusão que daria quando aquilo tudo fosse descoberto.- A gente tá ficando. –Angel umedeceu a boca, procurando o fôlego e as palavras corretas para aquela conversa. &ndash
Caramba, eu estou ferrado!O caminho para casa deMarcelo estava realmente difícil pela chuva torrencial que caía, os dois estavam usando o carro dosValenthina que estava em lua de mel pelas bodas. O rádio sintonizado em uma das estações de maior alcance do país passava algum tipo de especial pop para categoria de adultos mais jovens, dando total certeza aMarcelo da faixa etária, porAngel conhecer exatamente todas as músicas que passavam. Era fofinho o modo como ela se animava a todo novo acorde e querendo ou não, o filho mais velho dosGallo conhecia alguma parte da letra ou quem sabe até ela toda, por lidar constantemente com crianças e adolescentes querendo aprender tocar alguma coisa nova.A enfermeira pediátrica soltou um gritinho pelo coro no início da música, parecia harmonizado demais até a letra vir a t
O pedagogo sentiu que o corpo menor que o seu tentava se aconchegar ao abraço quentinho e beijou-a na bochecha, puxando com delicadeza o rosto dela para um beijo em seguida.Angel escapou um dos braços por entre os dele, o rondando em volta do pescoço deMarcelo para confortar o beijo aconchegante que deixava o coração quentinho. Os dois suspiraram meio assustados pelo rumo que as coisas estavam tomando e findaram em um abraço apertado,Marcelo com o rosto aconchegado no vão do pescoço dela, ao passo que a enfermeira apertava os braços dele por cima dos seus, acochando um pouco mais o abraço quentinho.- Você vai me emprestar um moletom seu! – a mulher inquiriu, sentindo que ele afirmava só pelo movimento da cabeça enfiada em seu pescoço.- Quer chocolate quente para ajudar a esquentar? – a pergunta do homem saiu abafada. – Eu faço, enqua
- Já era,Angel, agora ela não gosta mais de você!- Claro que gosta! – a enfermeira abraçou o bichinho com força e entre as desviadas para não tomar uma mordida, conseguiu acalantar e acalmar a cachorrinha brava, que posteriormente se aninhou bem em cima da barriga dela.Uma das comédias levinhas produzidas pela Netflix foi colocada àquela noite e enquanto os comentários se misturavam às risadas e aos carinhos feitos em Delilah,Angel percebeu o cara incrível queMarcelo era, além de como os dois tinham uma conexão muito grande, independente de qual fosse. Não demorou muito para que ela adormecesse do jeito largado que havia deitado, assim como Delilah que parecia estar no décimo terceiro sono.- Meu Deus, esse cara é muito... – ele cortou a fala ao meio assim que viu as duas capotadas ao seu lado na cama.Um sorriso escapou c