Merda! Ele estava fodido, viciado e impactado.
Angel voltou a postura para cima do colchão e como de costume quando geralmente tinha um sexo muito bom, ficou paradinha digerindo o momento, ainda sentindo o baixo ventre vibrar, as pernas bambearam e o coração parecer que ia sair pela boca. Ela não sabia se acalmava o estado de espírito, ou aproveitava toda aquela reação maravilhosa que tomava seu corpo. Talvez os dois ao mesmo tempo! A mulher cobriu o rosto com uma das mãos e respirou fundo, bem paradinha sentindo o calor gostoso do quarto, o corpo derreter e ouvindo a respiração rápida de Marcelo que estava ao lado, inclusive ele estava taquipneico* e precisava controlar as 27 incursões por minuto.- Angel? – ele levantou a cabeça ainda tentando controlar a respiração. Ela estava sentindo alguma coisa? Fazia uns bons segundos que estava par- Assim, querer é uma palavra muito forte. –Angel trincou os dentes com o indicador em riste, parecendo uma criança sapeca.Viviana arqueou as sobrancelhas duvidando que ela fosse começar brincar naquele exato momento.A mulher se deu por vencida, largou as caixas de papelão e sentou na mesa de madeira clara, se ia contar tudo aViviana, que ao menos estivesse confortável para maior ralhada das américas. Um suspiro foi compartilhado entre as duas amigas e ele significava tanta coisa, mostrava o arrependimento de ter subestimado seu próprio autocontrole, o medo de sair do controle e sofrer como alguns anos atrás por parte da mais nova e o desespero da Mrs.Valenthina só em imaginar a confusão que daria quando aquilo tudo fosse descoberto.- A gente tá ficando. –Angel umedeceu a boca, procurando o fôlego e as palavras corretas para aquela conversa. &ndash
Caramba, eu estou ferrado!O caminho para casa deMarcelo estava realmente difícil pela chuva torrencial que caía, os dois estavam usando o carro dosValenthina que estava em lua de mel pelas bodas. O rádio sintonizado em uma das estações de maior alcance do país passava algum tipo de especial pop para categoria de adultos mais jovens, dando total certeza aMarcelo da faixa etária, porAngel conhecer exatamente todas as músicas que passavam. Era fofinho o modo como ela se animava a todo novo acorde e querendo ou não, o filho mais velho dosGallo conhecia alguma parte da letra ou quem sabe até ela toda, por lidar constantemente com crianças e adolescentes querendo aprender tocar alguma coisa nova.A enfermeira pediátrica soltou um gritinho pelo coro no início da música, parecia harmonizado demais até a letra vir a t
O pedagogo sentiu que o corpo menor que o seu tentava se aconchegar ao abraço quentinho e beijou-a na bochecha, puxando com delicadeza o rosto dela para um beijo em seguida.Angel escapou um dos braços por entre os dele, o rondando em volta do pescoço deMarcelo para confortar o beijo aconchegante que deixava o coração quentinho. Os dois suspiraram meio assustados pelo rumo que as coisas estavam tomando e findaram em um abraço apertado,Marcelo com o rosto aconchegado no vão do pescoço dela, ao passo que a enfermeira apertava os braços dele por cima dos seus, acochando um pouco mais o abraço quentinho.- Você vai me emprestar um moletom seu! – a mulher inquiriu, sentindo que ele afirmava só pelo movimento da cabeça enfiada em seu pescoço.- Quer chocolate quente para ajudar a esquentar? – a pergunta do homem saiu abafada. – Eu faço, enqua
- Já era,Angel, agora ela não gosta mais de você!- Claro que gosta! – a enfermeira abraçou o bichinho com força e entre as desviadas para não tomar uma mordida, conseguiu acalantar e acalmar a cachorrinha brava, que posteriormente se aninhou bem em cima da barriga dela.Uma das comédias levinhas produzidas pela Netflix foi colocada àquela noite e enquanto os comentários se misturavam às risadas e aos carinhos feitos em Delilah,Angel percebeu o cara incrível queMarcelo era, além de como os dois tinham uma conexão muito grande, independente de qual fosse. Não demorou muito para que ela adormecesse do jeito largado que havia deitado, assim como Delilah que parecia estar no décimo terceiro sono.- Meu Deus, esse cara é muito... – ele cortou a fala ao meio assim que viu as duas capotadas ao seu lado na cama.Um sorriso escapou c
- A mulher nem finge mais que me ama. – ele tentou ser razoável em relação ao apelido e a irmã, mas se apoiou nos cotovelos para sair de cima deAngel. – Tinha que espalhar essas desgraças pras pessoas? Não, não precisava.- Desculpa? – a moça fez um bico gigantesco, embora não houvesse muito efeito na carranca dele. – Ela falou sem querer e se te conforta,Viviana me passou o maior esporro.-Too late now to say sorry.– o homem cantarolou se acomodando ao lado dela na cama e viu um bico maior ainda. Aquilo era jogo sujo, ele não conseguia ficar bravo com aquilo. – Não me conforta muito, mas valeu a tentativa!- Por favor, não diz a ela que eu disse! –Angel montou novamente emMarcelo, dessa vez para sacudi-lo até conseguir um sorriso. – Foi sem querer! Foi muito sem querer,amor
- Você tem ciúme do jeito que ele rouba toda a atenção daAngel, o que é outra coisa. – a mulher apoiou a mão no quadril, dando tempo só de vê-lo rolar os olhos teatralmente, por mais que não negasse nada que ela dissesse. –Marcelo, você tá sendo idiota, de verdade. Eles são melhores amigos e eu não sei de que buraco você tirou que ele gosta dela desse jeito... – ela arqueou a sobrancelha e antes que o irmão tomasse fôlego, continuou: – E mesmo se gostasse, não é da sua conta!- Vai se catar,Viviana! – ele xingou e quando começava com aquilo, todo mundo sabia queMarcelo estava na defensiva.- QUASE NA HORA! –Angel gritou no meio do lugar como se tentasse avisar a todos presentes.Marcelo suspirou e coçou a cabeça, finalmente se dando conta que estava com a pranchet
-Você deveria dar um perdido em todo mundo e ir comigo para casa hoje. –Marcelo sugou os lábios da moça em um beijinho surpresa, ouvindo-a soltar uma risadinha nervosa.- Não dá! – ela fez uma caretinha ao fechar um dos olhos. – Minha mãe chegou ontem de viagem, ainda não conseguiu me contar tudo e eu realmente quero passar um tempo legal com ela. – a moça mordeu a boca, enquanto cutucava o tecido da camisa que ele usava. – Os dois parecem bem empolgados com a segunda lua de mel, acho que posso convencê-los a passar umas semaninhas em Toronto comigo.- Ah, mas eu também quero te contar várias coisas. – a brincadeira foi levinha, assim como a sensação dele enfiando a cara em seu pescoço e fazendo-a se encolher, enquanto soltava uma risada larga. – Dona Lottie também chegou cheia de assuntos e presentes.- Ganhei vá
- Sim, lembro! – o sorriso deViviana foi imenso, largo e brilhante. Tinha sido uma festa linda, além de cheia de amor. – Foi aí que ela falou que tinha conseguido a guarda da Sarah.- Exatamente! –Enrico segurou a vontade de sacudir a esposa pelos ombros. – Eu não vou mentir que quero ser pai, sabe, amor? Principalmente lidando com criança todo dia, mas não depende só de mim. Minha proposta é: adoção.A mulher parou por um tempo, processou a informação que parecia não entrar em sua cabeça e mordeu os lábios para tentar controlar toda a ansiedade e a vontade de gritar que se acumulava em sua garganta. Meu Deus, aquela era uma opção incrível!- A-adoção?- É... Sabe? –Enrico tomou fôlego e fez carinho na bochecha dela, enquanto tentava apoiar qualquer que fosse a decis&atild