— E por que eu ia querer o seu marido? Você deve estar fora de si, é melhor ir embora. — respondi sério. — Oh não, eu estou muito sã, Martin está triste pelo que aconteceu conosco, obviamente foi um golpe duro... — ele afirmou. — Eu sinto muito, Dalila. — falei sinceramente. —.... eu o peguei conversando outro dia ao telefone, ele disse que estava pensando sobre isso — ela continuou, ignorando a minha fala. — pensando que talvez ele fez a escolha errada. — ela riu. Eu não disse mais nada, apenas observando suas ações. Dalila não está bem, e eu realmente entendo, perder um filho recém nascido não é fácil, mas infelizmente aconteceu e ela deveria estar buscando apoio e não confusão. — ... Então é isso, você deve ter ido atrás dele e... — Você não é tão burra assim, Dalila. — falei alto. Ela me encaro surpresa com minha rispidez, mas isso já deu. — Eu não fui atrás de ninguém, chegamos do Havaí recentemente, você deve saber o que fomos fazer lá. — afirmei. — Seu marido não signific
Eu realmente queria dar meia volta e aproveitar a noite no meu quarto, com a minha esposa linda e gostosa, mas depois dos acontecimentos recentes, acho que nós dois precisamos de um tempo de qualidade. — Aqui é lindo. — Olívia falou ao meu lado. Acabamos de chegar no restaurante e fomos levados a mesa que eu reservei. Minha esposa se sentou bem acomodada e eu sentei-me na cadeira da frente. — Você está tão linda, querida. — murmurei olhando o cardápio. — Josh, eu estou do tamanho de um leitão — ela riu. — Você está linda, está gerando nossos filhos, e isso é lindo. — enfatizei. — Assim você vai fazer eu ficar mais apaixonada por você. — ela abriu um sorriso. — Isso é possível? — questionei. — Eu não sei, eu já te amo mais do que tudo. Desci o olhar para encontrar o seu. Segurei sua mão e levei aos lábios para beijá-la. Fizemos o nosso pedido e eu pedi que trouxesse um drink sem álcool para Olívia e uísque para mim. — O dia de hoje foi tão cheio — ela comentou. — Me desculpe
— O que você acha? Na verdade, o que te levou a fazer essa pergunta? — ele perguntou me olhando nos olhos. — Eu não sei direito, a relação de vocês é... diferente. Eu achei que no começo você estava relutante em se aproximar de mim porque era pai dele, mas depois tanta coisa aconteceu, vocês dois não são tão próximos quanto eu imaginava. — expliquei. — Você não é tão próxima dos seus pais, você é filha deles? — ele rebateu rindo. — Você entendeu, você entende o meu questionamento. — expliquei. — E a minha situação é diferente. — Ok, eu entendi a sua pergunta. — ele afirmou. Joshua começou a se despir, tirando as camadas de roupa lentamente. Eu não saí do lugar, realmente encarei meu marido ansiosa, aguardando ele terminar de tirar a roupa. — Passei muitos anos achando que sim, mas descobri que não, já tem muito tempo que eu sei que ele não é meu filho biológico. — ele afirmou com calma. — Mas por que... — Por que guardar essa informação? Eu vou usá-la na hora c
O último mês foi uma correria constante e eu me sinto muito dolorida, o meu médico insistiu que eu ficasse de repouso completo, sem muito movimento pesado e nada de atividade física, nem mesmo nadar na piscina sozinha. Joshua está trabalhando na reta final de sua campanha, nós quase não nos vimos nas últimas duas semanas. — Ficarei em casa com você, querida. — ele me beijou assim que acordei e percebi seu corpo grande ao meu lado. — Eu posso ficar bem, se você tiver muito o que fazer... — Não, no momento atual, não há mais nada que possamos fazer para ganhar ou perder. — ele beijou minha testa. — Você se sente bem? — Sim, eu me sinto muito bem, apesar de estar sendo quase esmagada por seus filhos — sorri. — Só mais um mês e meio e nós teremos os dois aqui. — ele disse animado. — E você estará bem. — Certo, eu não vejo a hora disso acontecer. — sorri. Muitas coisas aconteceram desde o encontro que tivemos com Martin e Dalila, obviamente ela não acabou com seu precio
O evento está correndo como planejado, as pessoas falando ao microfone e as câmeras gravando, a maioria dos jornais locais estão aqui para cobrir o evento. Eu fiz um discurso longo alguns minutos atrás, quando desci do palco, liguei para o número de Olívia, mas ela desligou a chamada, tentei novamente pelos vinte minutos seguintes. — O que houve? Está olhando para o telefone como se ele fosse venenoso — Morgana chegou perto. — Olívia não está atendendo. — avisei. — Calma, ela deve estar cochilando, olha a hora, passou das dez e meia, ela deve estar deitada. — ela comentou. É verdade, eu ficaria calmo com essa explicação se eu não tivesse sentido aquela pontada no peito ao me despedir dela, uma sensação muito estranha desde que saí de casa, algo como medo e tristeza. — Pode ser — murmurei e tentei ligar novamente. — Joshua, devo dizer que estou apostando alto que você vai vencer. — ouvi uma voz séria atrás de mim. Senti uma mão forte em meu ombro e guardei o telefone
— Não posso perdê-la, Olívia é minha vida, eu morrerei se alguma coisa acontecer com ela. — murmurei. — Eu morrerei... eu com certeza morrerei. — Joshua, volte a realidade, Joshua — meus irmãos continuaram me balançando. Eu os ouvia ao longe, como se estivessem no fundo da minha mente. Senti uma ardência do lado esquerdo do rosto, percebi que levei um tapa e fiz contato visual com Dylan, ele me encarava de olhos arregalados e disse: — Desculpe, não quis te machucar, mas você estava paralisado, murmurando que vai morrer. — A Olívia... — comecei a falar. — Ela vai ficar bem, eu prometo, ela vai ficar bem, Joshua. — Kai afirmou com a mão em meu ombro. — Meus filhos... — Também ficarão bem. — ele disse. Dei um passo para trás, saindo do toque deles e passei a mão no cabelo, preciso me recompor, surtar não vai me ajudar em nada, puxei a ponta do blazer para baixo e arrumei a roupa, em um gesto de recomposição. — Esperarei por notícias dela. O médico disse que ela
Quatro dias se passaram e nada. Olívia não acorda. Eu estou quase sucumbindo ao desejo de forçar a equipe de médicos a trovar sua abordagem, apesar de suas garantias de que ela não tem sequela nenhuma e que deve acordar em breve. Mas quando será esse "em breve"? — Tem certeza? — questionei mais uma vez. — Senhor Hoke, estamos monitorando sua esposa, ela passou por um estresse grandioso, ela precisa de tempo para descansar e se recuperar, seu corpo sofreu danos... danos dolorosos, causados pela queda, seja paciente. — ele pediu. Eu estava praticamente vivendo no hospital, paguei caro para que eles me deixassem ficar em um quarto ao lado e conectado ao de Olívia. Minha mãe chegou do Havaí assim que soube e está cuidando da minha casa. — É difícil esperar quando o amor da sua vida está deitado em uma cama de hospital, com ossos quebrados e desacordada há quatro dias. — falei em tom sério e duro. Sei que o médico não tem culpa e está fazendo o possível para que ela fique
"Eu sinto a sua falta. Mesmo estando aqui e agora, eu sinto a sua falta, meu amor, eu não sei se você pode me ouvir, mas eu quero que saiba que eu estou aqui, estou aqui para você." "Olívia, meu amor, nossos filhos são lindos, eles estão bem e saudáveis, você precisa acordar para vê-los." "Eu sei que você vai acordar, você não pode me deixar, querida, eu não vivo sem você, eu te amo, você sabe disso, não é? Eu amo você" Algumas vezes eu voltava à consciência e ouvia a voz do meu marido. Meu amor. Meu tudo. Eu sentia a nota de desespero em sua voz, cada frase que ele dizia, vinha carregada de um medo mais evidente e eu não queria que ele sentisse isso. Eu queria dizer a ele que estava ouvindo tudo, queria que Joshua soubesse que eu estou consciente, apenas não consigo vê-lo, meus olhos estão pesados e meus lábios parecem dois portões de aço bem selados, impedindo minha voz de sair. "... eles estão preocupados com você, sabe, minha família. Como você se sente hoje, querida