"Eu sinto a sua falta. Mesmo estando aqui e agora, eu sinto a sua falta, meu amor, eu não sei se você pode me ouvir, mas eu quero que saiba que eu estou aqui, estou aqui para você." "Olívia, meu amor, nossos filhos são lindos, eles estão bem e saudáveis, você precisa acordar para vê-los." "Eu sei que você vai acordar, você não pode me deixar, querida, eu não vivo sem você, eu te amo, você sabe disso, não é? Eu amo você" Algumas vezes eu voltava à consciência e ouvia a voz do meu marido. Meu amor. Meu tudo. Eu sentia a nota de desespero em sua voz, cada frase que ele dizia, vinha carregada de um medo mais evidente e eu não queria que ele sentisse isso. Eu queria dizer a ele que estava ouvindo tudo, queria que Joshua soubesse que eu estou consciente, apenas não consigo vê-lo, meus olhos estão pesados e meus lábios parecem dois portões de aço bem selados, impedindo minha voz de sair. "... eles estão preocupados com você, sabe, minha família. Como você se sente hoje, querida
Eu me lembro de pouca coisa depois que caí, na verdade eu acho que apaguei antes de bater no chão, depois me lembro de abrir os olhos e ver alguém me olhando de cima, na varanda, mas depois apaguei novamente. Afastei esses pensamentos ao ver que meus filhos eram trazidos até mim, realmente Joshua não mentiu, nossos bebês são perfeitos. — Então, eu ainda não nomeei nenhum, porque você estava desacordada e nós combinamos de nomeá-los assim que eles nascessem. — Joshua disse. — Oh meu Deus... — sussurrei sentindo a queimação das lágrimas em meus olhos. A enfermeira colocou um em meus braços e Joshua segurou o outro, meu pequeno homem abriu os olhinhos expressivos, da mesma cor do pai e eu vibrei emocionada, a mulher ficou segurando ele de forma segura, já que meu outro braço estava imóvel. — Esse é... Kaili. Kaili Hoke. — confirmei. Joshua levantou o olhar e franziu a testa, estava me encarando com uma expressão surpresa, emocionada e agradecida. — Obrigado, isso significa muito p
Se não fosse por Kai e Dylan, eu não teria visto nada, minha raiva teria matado Martin, o que seria um grande problema, mas porra, ele assediou minha mulher, quando esse pensamento vem na minha mente eu sinto vontade de queimar tudo, quebrar tudo, destruir tudo. Olívia está mais calma, com a cabeça encostada na minha, me encarando de frente e sorrindo. — Quer saber um segredo? — ela perguntou. — Qual? — Estou morrendo de vontade de fazer amor com você. — ela falou e sorriu. Isso conseguiu acalmar a raiva que borbulhava dentro de mim, eu segurei em suas bochechas e lhe dei mais um beijo apaixonado. — Eu também, querida. — concordei. — Você não faz ideia do tamanho do meu desejo por você. — sorri. — Quero falar com o médio, quero ter certeza de que está tudo bem comigo e que em breve eu irei para casa. — ela suspirou. — Não quero mais ficar aqui. — ela falou essa última parte de cabeça baixa. A culpa novamente me inundou, o que teria acontecido se eu demorasse mais
Acordei me sentindo menos dolorida e mais atenta. Os últimos quatro dias foram intensos, a enfermeira traz meus filhos duas vezes ao dia, a primeira que eu pude amamentar foi tão especial que eu chorei por horas. Joshua precisou se ausentar hoje, mas deixou os irmãos comigo, os três pareciam agitados, o telefone tocando o tempo todo. — Gente, o que está acontecendo? — perguntei. — Nada demais, ansiedade por causa da votação, Morg vai primeiro, depois eu e depois Kai, você não vai ficar sozinha. — Dylan explicou. — O quê? É hoje? — perguntei ansiosa. — Oh meu Deus, é verdade, é hoje mesmo, eu preciso ir, preciso estar com Joshua. — falei movendo as pernas para o lado. — Ei, não, Olívia, você não pode. — Kai falou e correu até mim. — O médico disse que vou receber alta no final da semana, é amanhã ou depois, não tem problema eu adiantar uns dias. — respondi. — Não, não, querida. Recebemos ordens explícitas para que você ficasse aqui. — Morg respondeu. — Joshua ficará furio
— Então... — Morg falou ansiosa. — É isso, Joshua é o novo governador do estado. — Kai falou sorridente. A contagem finalmente havia acabado, Olívia já está em casa, não na nossa casa, porque eu achei que ela teria alguma crise de pânico ao estar em nossa casa, então eu a trouxe para uma suíte presidencial de um dos meus hotéis. — Caramba, é isso mesmo, nós conseguimos — Dylan bateu em meus ombros e me chacoalhou. — Obrigado, vocês fizeram isso acontecer. — afirmei. — Preciso organizar a sua agenda, você precisa fazer uma declaração em público, com certeza vão querer falar com você, a essa hora deve estar nos jornais locais. — minha irmã falou, ainda nervosa. — Acalme-se, minha irmã. A parte mais difícil já foi, descanse uns dias.Todos eles me ajudaram em tudo, mas ela trabalhou praticamente até a exaustão comigo nesses últimos meses, sempre estando comigo e direcionando a campanha ao meu favor. A porta do quarto se abriu e Olivia saiu de lá, caminhando devagar até mim, seus o
— Olívia... Abri a porta do carro e saí apressada do carro, Joshua correu atrás de mim e me segurou pelo cotovelo assim que entrei na recepção do hospital. — Olívia, vou explicar o que é isso, você.... — Eu imagino o que seja, não estou chateada com você, estou preocupada com esses nomes aí, Joshua, vamos, convença o médico a deixar nossos filhos irem para casa, você leva uma equipe médica para cuidar deles lá, compre os aparelhos que for necessário, se for preciso gastar tudo o que temos, vamos gastar, mas meus filhos vão ficar em casa, comigo. Dei as costas novamente para ele e corri até a ala neonatal, encontrei uma das enfermeiras e perguntou freneticamente por eles, ela os trouxe até mim, e eu respirei aliviada por estarem bem e em segurança. — Vai ser difícil conseguir a autorização. — ele afirmou sério. — Dê o seu jeito, Joshua. — eu o encarei. Ele apenas acenou e foi atrás dos médicos responsáveis pela pediatria, eu estava certa de que meus meninos não pode
Olívia insistiu que fôssemos ainda durante a noite, depois devo me lembrar de agradecer minha irmã por ter trabalhado tanto nisso, não deve ter sido fácil conseguir um apartamento de luxo em poucas horas e preparar uma venda desse tipo. — Uau... só... uau. — Olívia dizia. — Você gostou tanto assim? — Claro, esse lugar é incrível, Josh. — ela riu. — Obrigada. — ela me abraçou. — Você deve estar cansada, é bom que você durma. — falei sugestivo. — Ainda não, eu... — ela engoliu em seco. — Eu quero saber sobre a mensagem, conversar sobre isso. — Tem certeza? — questionei. — Tenho. — ela foi firme. — Ok, vamos conversar no quarto. Segurei na mão dela e a levei até o nosso quarto, o apartamento é realmente incrível, grande e espaçoso, o nosso quarto cabe uma família inteira dentro e ainda sobra espaço. — Então, o que você quer saber? — perguntei quando ela sentou na cama. — Tudo. Você já desconfiava deles? Por que estão envolvidos no assalto e... — Não foi
A sensação de não poder fazer nada é triste e angustiante. Olhando para meus filhos, os amores da minha vida, me pego pensando em toda essa luta que estamos passando, mas sei que vai valer a pena. Em duas semanas aqui eles já evoluíram muito e estão tão grandes e gordinhos, eu os amo. Eu amo meus filhos e meu marido de uma forma inexplicável. — Como eles estão? — Kai estava atrás de mim. — Bem, obrigada por vir visitar a gente. — agradeci. — Dylan disse que vem amanhã, Morg está trabalhando muito nas relações públicas, tadinha, as coisas esquentaram com essa briga entre Martin e Joshua. — ele suspirou. Realmente o clima foi pesado, Joshua não aliviou para o filho, pelo contrário, ele deu sequência na denúncia por assédio e mais um monte de coisa, isso estremeceu ainda mais a relação dele com a família da ex-esposa. — Ele me contou. — ouvi ele falando baixo. — Essa merda é grande, Olívia, você poderia ter morrido. — Mas eu estou viva, eu não vou viver com medo deles... —