— Olívia... Abri a porta do carro e saí apressada do carro, Joshua correu atrás de mim e me segurou pelo cotovelo assim que entrei na recepção do hospital. — Olívia, vou explicar o que é isso, você.... — Eu imagino o que seja, não estou chateada com você, estou preocupada com esses nomes aí, Joshua, vamos, convença o médico a deixar nossos filhos irem para casa, você leva uma equipe médica para cuidar deles lá, compre os aparelhos que for necessário, se for preciso gastar tudo o que temos, vamos gastar, mas meus filhos vão ficar em casa, comigo. Dei as costas novamente para ele e corri até a ala neonatal, encontrei uma das enfermeiras e perguntou freneticamente por eles, ela os trouxe até mim, e eu respirei aliviada por estarem bem e em segurança. — Vai ser difícil conseguir a autorização. — ele afirmou sério. — Dê o seu jeito, Joshua. — eu o encarei. Ele apenas acenou e foi atrás dos médicos responsáveis pela pediatria, eu estava certa de que meus meninos não pode
Olívia insistiu que fôssemos ainda durante a noite, depois devo me lembrar de agradecer minha irmã por ter trabalhado tanto nisso, não deve ter sido fácil conseguir um apartamento de luxo em poucas horas e preparar uma venda desse tipo. — Uau... só... uau. — Olívia dizia. — Você gostou tanto assim? — Claro, esse lugar é incrível, Josh. — ela riu. — Obrigada. — ela me abraçou. — Você deve estar cansada, é bom que você durma. — falei sugestivo. — Ainda não, eu... — ela engoliu em seco. — Eu quero saber sobre a mensagem, conversar sobre isso. — Tem certeza? — questionei. — Tenho. — ela foi firme. — Ok, vamos conversar no quarto. Segurei na mão dela e a levei até o nosso quarto, o apartamento é realmente incrível, grande e espaçoso, o nosso quarto cabe uma família inteira dentro e ainda sobra espaço. — Então, o que você quer saber? — perguntei quando ela sentou na cama. — Tudo. Você já desconfiava deles? Por que estão envolvidos no assalto e... — Não foi
A sensação de não poder fazer nada é triste e angustiante. Olhando para meus filhos, os amores da minha vida, me pego pensando em toda essa luta que estamos passando, mas sei que vai valer a pena. Em duas semanas aqui eles já evoluíram muito e estão tão grandes e gordinhos, eu os amo. Eu amo meus filhos e meu marido de uma forma inexplicável. — Como eles estão? — Kai estava atrás de mim. — Bem, obrigada por vir visitar a gente. — agradeci. — Dylan disse que vem amanhã, Morg está trabalhando muito nas relações públicas, tadinha, as coisas esquentaram com essa briga entre Martin e Joshua. — ele suspirou. Realmente o clima foi pesado, Joshua não aliviou para o filho, pelo contrário, ele deu sequência na denúncia por assédio e mais um monte de coisa, isso estremeceu ainda mais a relação dele com a família da ex-esposa. — Ele me contou. — ouvi ele falando baixo. — Essa merda é grande, Olívia, você poderia ter morrido. — Mas eu estou viva, eu não vou viver com medo deles... —
—.... Aí tem tudo que você precisa, você vai decidir se precisa dos nossos serviços, se não, iremos embora. Você pode lembrar a pasta na polícia. — Não, ainda não, preciso de vocês fazendo a segurança do meu apartamento, só até nossos filhos receberem alta. — comentei. — Ok, vou colocar homens de confiança no prédio, não se preocupe. — Obrigado. — estendi a mão e ele apertou antes de dar as costas e sair da minha sala. Um mês e meio se passou desde que tudo aconteceu, tenho que dividir meu tempo entre as obrigações empresariais, assuntos políticos e minha família. Olivia tirou o colar do pescoço, mas ainda usa o gesso no braço, talvez tire na outra semana. Minha mãe entrou pela porta da minha sala e eu fiquei surpreso com sua visita repentina. — Mãe, está tudo bem? Chegou hoje? Por que não me avisou que viria? — Quis fazer uma surpresa, passei aqui primeiro, estou indo ver Olivia e as crianças, ela me ligou e disse que eles estão ótimos e em breve não vão mais precisar de super
— Pronto. Como se sente? — o médico perguntou. — Bem, não sinto dor, está tudo normal. — respondi mexendo o braço. Felizmente eu tirei o gesso hoje, deu tudo certo. Passos na recepção para acertar a conta do hospital após o médico conversar sobre a minha recuperação. Entrei no carro com meu marido e ele dirigiu no rumo do nosso apartamento. — Sabe, amor, acho que não precisamos de uma casa, a cobertura é enorme e cabe muita gente, Kaili e Keanu são pequenos ainda, eu gosto de lá. — comentei. — Se você prefere, eu não estava pensando em mudar, mesmo. — ele respondeu. — Você está bem? Está um pouco calado. — reparei e constatei. — Não é nada, querida, apenas um pouco cansado. — ele disse. Joshua deu um beijo na minha mão e voltou sua atenção para a estrada. Ele dirigiu rapidamente até entrar no estacionamento do prédio, eu estava ansiosa para pegar meus filhos com os dois braços. Entramos no elevador privativo, alguma coisa em Joshua estava me incomodando, seu
— E então? — ela perguntou baixinho. — Olívia... você acha que eu quero isso? Estar lá sem você, não, não quero, mas eu também não quero que vocês corram riscos. — expliquei novamente. — Ok, Joshua, não vou mais insistir. — ela respondeu cansada. Olívia voltou a sentar na mesa e encarar sua comida. Eu perdi a fome e passei a mão no rosto, exausto de toda essa preocupação, deixei ela na cozinha e fui até meu escritório, peguei uma garrafa de uísque no bar e enchi um copo. Sentei em uma cadeira e comecei a beber. Pensei em todas as possibilidades do que poderia acontecer, possibilidades boas e ruins, pensei em tudo. Olívia não sabe o quanto eu sofri quando ela estava desacordada no hospital, quando vi nossos filhos de longe, foi a pior coisa que senti em muitos anos de vida. Eu estava perdido em pensamentos, bebendo um pouco mais, quando senti uma leve carícia em meu cabelo, pisquei algumas vezes e foquei o olhar em minha esposa. — Você está aqui. — afirmei. — Sim, estou aqui. —
O dia começou perfeito. Hoje completa um mês desde que nossos bebês receberam alta, eles estão lindos e cada dia mais fortes e maiores, a coisa mais linda da minha vida. — Eu estava pensando em visitar você qualquer dia, no seu gabinete... — comentei quando ele sentou na mesa para tomar café da manhã. — Vai ser muito bem vinda, a minha mesa é grande, já estou imaginando você, toda abertinha para mim e... Ai— Joshua — dei um tapinha no ombro dele. — O quê? Passei bastante tempo sem ter você, inclusive, estou com vontade agora. — ele riu. — Seu tarado. Mas, tenho que confessar que também estou... desejando você. Os meninos estavam dentro de seus carrinhos, Kaili estava dormindo e Keanu tinha um olhar atento, embora dando sinais de que estava quase dormindo. — Sabe, acho que Keanu está mais parecido com você. — comentei. — Você acha? Mas eles são iguais. — Eles não são iguais, Joshua — gargalhei. — Só são parecidos. — Muito parecidos, querida. — ele argumentou. — Joshua, não v
— Nós temos o direito de vê-los, Olívia. — minha mãe me olhou, tentando conseguir uma autorização. — Vocês têm o direito de ir embora. — Joshua falou com rispidez. Meu marido caminhou até mim e me abraçou por trás, segurando em meus ombros de forma protetora. Pisquei mais uma vez e voltei ao normal. — Vão embora. — respondi simples e direta. — Nós queremos conhecê-los, Olívia, só ficamos sabendo que eles nasceram algum tempo atrás e... — Me poupem, nós quase morremos, aliás, por culpa da sua querida filha, e vocês nunca foram nos visitar, o que realmente querem aqui? — perguntei irritada. — O que Dalila tem haver com seu acidente? — minha mãe questionou. — Vão pro inferno, saiam da minha casa. — Joshua apontou para a porta. — Se virem aqui novamente, vou colocá-los para forma por invasão. — O que vocês querem aqui? — insisti. — Nós... bom, queremos parabenizar pela vitória e queremos ver nossos netos. — meu pai falou nervoso. — Recebemos sua felicitação, ag