— Nós temos o direito de vê-los, Olívia. — minha mãe me olhou, tentando conseguir uma autorização. — Vocês têm o direito de ir embora. — Joshua falou com rispidez. Meu marido caminhou até mim e me abraçou por trás, segurando em meus ombros de forma protetora. Pisquei mais uma vez e voltei ao normal. — Vão embora. — respondi simples e direta. — Nós queremos conhecê-los, Olívia, só ficamos sabendo que eles nasceram algum tempo atrás e... — Me poupem, nós quase morremos, aliás, por culpa da sua querida filha, e vocês nunca foram nos visitar, o que realmente querem aqui? — perguntei irritada. — O que Dalila tem haver com seu acidente? — minha mãe questionou. — Vão pro inferno, saiam da minha casa. — Joshua apontou para a porta. — Se virem aqui novamente, vou colocá-los para forma por invasão. — O que vocês querem aqui? — insisti. — Nós... bom, queremos parabenizar pela vitória e queremos ver nossos netos. — meu pai falou nervoso. — Recebemos sua felicitação, ag
— Bom dia, senhor Hoje, aqui está sua agenda do dia. — minha secretária, Kris, me entregou o tablet e eu dei uma olhada para ver os compromissos do dia. — Está bem, obrigado, Kris. — respondi. Ela se inclinou um pouco mais, uma ação desnecessária, deu para ver sua blusa aberta e revelou um pouco de seus seios grandes, eu desviei o olhar e disse: — Se eu precisar de algo, chamarei você, pode sair. — Sim, senhor. — ela saiu da sala e eu voltei ao trabalho. Passei a manhã inteira trabalhando em projetos de infra estrutura, algumas ações sociais e eu sabia que Olívia ficaria feliz com alguns projetos que tínhamos em mente. Perto do horário de almoço, recebi uma ligação em meu número pessoal. — Oi, mãe. "— Meu filho, estou ligando para dizer que eu aceito, aceito me mudar, esse lugar está tão... solitário, sem o seu pai." — ela respondeu com a voz embargada, parecia estar chorando. — Não fique triste, vou mandar o jato buscar a senhora, faça as malas e venha logo, e
Joshua veio comigo para casa logo após o almoço, Morgana ligou para ele e disse que precisava conversar, pediu para vermos as notícias. Óbvio, eu com certeza deveria imaginar que meus pais fariam isso. — Olívia, fique calma, querida, isso é fofoca. — Joshua disse, surpreendentemente calmo. — Estou tentando, mas olha só isso. "Os pais de Olivia Hoke, afirmaram com EXCLUSIVIDADE, que a filha se afastou depois da eleição e que não quer nenhuma proximidade dos avós com seus filhos, os gêmeos que nasceram recentemente, fruto de seu repentino casamento com o recém assumido governador, Joshua Hoke." — terminei de ler. — Joshua, eles estão falando por aí que EU me afastei. Ah, pelo amor de Deus... — Eu sei, querida. Mas nós sabemos que isso não é verdade, você sabe que isso não é assim. — ele segurou em minha cintura. — Vamos esperar minha irmã chegar e ela vai cuidar disso. — Tudo bem, eu vou aguardar, mas estou muito chateada. A vontade que eu tenho é de ir agora mesmo na casa
— Quando eu estava no escritório, recebi atualizações, você sabe que eles foram presos e vão ser indiciados por lesão corporal, tentativa de homicídio e outras coisas... então... eles vão ser transferidos da delegacia para um presídio, onde vão aguardar o julgamento. — Joshua explicou. — Entendo. — a frase sai como um sussurro. — Não fique triste e nem preocupada, eles merecem isso. — ele respondeu. — Sim, eu sei, é apenas difícil de assimilar que realmente tentaram me matar, e o Wilson? — questionei. — Apenas questão de tempo, querida, vai ter o mesmo destino delas. Uau. Isso realmente aconteceu, Joshua foi até o final nessa história, mas por algum motivo eu sinto que ainda não vai acabar assim. Meu marido passou os braços ao meu redor e beijou minha testa, eu amo quando ele faz isso, porque me sinto segura e amada dentro de seu abraço. — Eu não estou triste ou preocupada, é apenas muita coisa ultimamente, quando foi que nós tivemos paz por uns tempos? — perguntei
— Eu disse que iria até a portaria, Abraham. — Falei alto. Encostei atrás de Olivia, ela e minha mãe se olharam de forma nervosa e as duas entraram rapidamente para dentro do apartamento. — Podemos conversar? — ele perguntou sério. — Vamos até o meu escritório. Fechei a porta quando ele entrou, eu o guiei pelo corredor, Olívia me olhou preocupada e eu apenas acenei, garantindo que tudo ia ficar bem. Abraham entrou primeiro e eu tranquei a porta. — A que devo sua visita? — perguntei diretamente. Ele parecia cansado, cabelo bagunçado e semblante distante. Apontei para a cadeira na frente da minha mesa e ele negou com a cabeça. — Serei direto. Joshua, minha filha e sua nora estão sendo transferidas para um presídio ainda essa semana, talvez hoje mesmo, estou aqui como um pai, pedindo para que retire as acusações, podemos resolver de outras formas, as ações das minhas empresas estão caindo e... Levantei a palma da mão e ele se calou. — Eu também sou pai, Abraham, eu
— Então... é algo grave? — perguntei. Joshua estava me encarando de forma diferente, a ansiedade me consumiu para saber o que eles haviam conversado. — Amor, preciso te explicar uma coisa e você é quem vai decidir o que fazer, pois bem... Acho que ele passou os próximos vinte meses juntos me explicando detalhadamente sobre a conversa que os dois tiveram. Eu quero justiça? Com toda certeza, mas desde o começo eu me sentia triste por prender minha própria irmã, em contrapartida, também não confio que ela não possa tentar me prejudicar novamente. — Eu não sei, eu... eu realmente não sei o que dizer. — falei confusa. — Ela não vai me deixar em paz, se sair da cadeia. — Eu sei. Apenas te falei porque você estava triste com tudo isso, mas olha — ele segurou em minhas mãos por cima da mesa. — Estamos bem, somos podres de ricos, temos dinheiro para viver quantas vidas pudermos sem precisar trabalhar, eu não preciso de mais empresas, vamos deixar as coisas como estão, está bem? Eu ac
"— Tem certeza que não precisa da nossa ajuda?" — Sim, cunhada, muito obrigada. O motorista vai nos levar. Meus cunhados me ligaram, todos eles, para perguntar se eu gostaria de ajuda para levar as crianças até o gabinete de Joshua, mas eu estou levando o carrinho deles e andarei apenas o suficiente até entrar no prédio e ir até a sala do meu marido. "— Está bem, se precisar de algo, me avisa." — ela se despediu e desligou. Terminei de colocar todo o que eu precisaria na bolsa deles e encarei os dois por um momento. — Vamos lá, rapazes, ver o papai. — falei animada. Os seguranças do prédio me ajudaram a entrar no carro, tudo já estava organizado e as suas cadeirinhas já estavam seguras no banco de trás, acomodei os dois e pedi que o motorista nos levasse. Eu fui em silêncio a viagem inteira, não demorou muito para chegar, o motorista colocou o carrinho na calçada e eu coloquei meus filhos dentro. — Obrigada, até mais tarde. — agradeci ao homem. Todo mundo já
— Aí, meu Deus! que coisa linda, eles são perfeitos, Olívia! — minha cunhada respondeu. Estamos na sala da minha casa, apenas a família de Joshua e eu, comemorando o quinto mês de vida dos meus filhos, eles estão cada dia maiores e mais saudáveis, e claro, eu e Joshua continuamos os mesmos pais babões de sempre. — Olha essa risada — minha sogra se derreteu. Os dois estavam vestidos com roupinhas de bichinhos que meu cunhado Kai deu de presente, eles agora não param quietos, mexem as pernas e os braços até conseguir o que querem, o colo de alguém. Fui até a cozinha para pegar mais um copo de refrigerante, Joshua apareceu no balcão e disse: — Eu achei que eles teriam alguma sequela, fiquei maluco de imaginar que eles não seriam saudáveis e por minha culpa... mas agora, vendo os dois assim, tão animados e bem, sinto que um peso é tirado das minhas costas. — Ei, como assim é sua culpa? Você não teve culpa de nada, Joshua. — falei sério. — Tive sim, eu deveria ter levado você, mas f