O cemitério estava lotado de pessoas, muitos jornalistas tentavam tirar fotos da família, o lugar estava tão cheio que por onde eu olhava, só conseguia ver aquele mar de pessoas usando preto. Acho que o senhor Hoke era uma pessoa muito querida, pois diversas pessoas além da família estavam chorando. Joshua não saiu do meu lado, na verdade a família inteira estava próximo, tios, tias, irmãos do senhor Hoke que eu ainda não havia conhecido. No final da tarde, as pessoas começaram a sair, ele foi enterrado e então a ficha realmente caiu, meu sogro faleceu. — Você está se sentindo bem? — ele perguntou em meu ouvido. — Como assim, meu amor? Eu quem devo perguntar a você. — passei a mão nas costas dele. — Quero dizer fisicamente, os bebês estão bem? — Oh, sim, claro. — afirmei. Muitas pessoas vieram cumprimentar a família, vários homens prestaram suas condolências ao meu marido. — Joshua, meus sentimentos. — um homem se aproximou. — Obrigado, Oscar! — meu marido pegou em sua mão. —
— Acredito que meu cliente já tenha dito sobre os bens... — o advogado da família começou. — Todos os filhos terão partes iguais... Ele então começou a ler, obviamente papai deixou muito para mamãe e o resto dividiu entre os filhos, o patrimônio dele, estimado em alguns milhões levou algum tempo até ser bem distribuído. Entre propriedades, empresas, ações e demais coisas, fomos ouvindo o advogado. — E para a senhorita Olívia Hoke, o senhor Kaili deixou a propriedade no sul da ilha, e um conjunto de quadros, estimado em quinze milhões de dólares. — Sério? — Morg riu. — Isso é um problema para vocês? Eu não preciso aceitar.— Olívia falou nervosa. — O quê? Não, você deve aceitar, querida, achei engraçado que ele tenha dado a você os quadros, ele adorava, ficavam no escritório pessoal dele. — minha irmã segurou na mão de Olívia e riu. — Aceite. Meu pai deixou muita coisa, mas nada disso me interessou muito, eu trabalhei e tenho o meu próprio patrimônio, o que eu queria r
Acordei sentindo uma sensação de desconforto, abri os olhos devagar para perceber que não estava em casa, pelo contrário, o teto era totalmente branco e então eu tive a súbita necessidade de tocar em minha barriga e.... Estava lá, grande e redonda. Uma onda de alívio percorreu meu corpo, respirei fundo e ouvi uma voz grossa e rouca ao meu lado. — Que bom que você acordou, meu amor. Joshua passou a mão pela minha testa, em uma carícia leve e cuidadosa, eu sorri de alívio quando vi seu rosto, a cama começou a subir e eu fui ficando mais perto dele. — Joshua, o que aconteceu comigo? Nossos filhos estão bem? — perguntei preocupada. — Você está bem? — Fique calma, o pior já passou, foi apenas um susto. O médico virá para te examinar. — e garantiu. Agora que sei que nossos filhos estão bem, eu fico mais calma, mas com certeza preciso ouvir do médico o que aconteceu e se realmente nós estamos em segurança. Como se o tempo estivesse a meu favor, o homem passou pela porta
— E por que eu ia querer o seu marido? Você deve estar fora de si, é melhor ir embora. — respondi sério. — Oh não, eu estou muito sã, Martin está triste pelo que aconteceu conosco, obviamente foi um golpe duro... — ele afirmou. — Eu sinto muito, Dalila. — falei sinceramente. —.... eu o peguei conversando outro dia ao telefone, ele disse que estava pensando sobre isso — ela continuou, ignorando a minha fala. — pensando que talvez ele fez a escolha errada. — ela riu. Eu não disse mais nada, apenas observando suas ações. Dalila não está bem, e eu realmente entendo, perder um filho recém nascido não é fácil, mas infelizmente aconteceu e ela deveria estar buscando apoio e não confusão. — ... Então é isso, você deve ter ido atrás dele e... — Você não é tão burra assim, Dalila. — falei alto. Ela me encaro surpresa com minha rispidez, mas isso já deu. — Eu não fui atrás de ninguém, chegamos do Havaí recentemente, você deve saber o que fomos fazer lá. — afirmei. — Seu marido não signific
Eu realmente queria dar meia volta e aproveitar a noite no meu quarto, com a minha esposa linda e gostosa, mas depois dos acontecimentos recentes, acho que nós dois precisamos de um tempo de qualidade. — Aqui é lindo. — Olívia falou ao meu lado. Acabamos de chegar no restaurante e fomos levados a mesa que eu reservei. Minha esposa se sentou bem acomodada e eu sentei-me na cadeira da frente. — Você está tão linda, querida. — murmurei olhando o cardápio. — Josh, eu estou do tamanho de um leitão — ela riu. — Você está linda, está gerando nossos filhos, e isso é lindo. — enfatizei. — Assim você vai fazer eu ficar mais apaixonada por você. — ela abriu um sorriso. — Isso é possível? — questionei. — Eu não sei, eu já te amo mais do que tudo. Desci o olhar para encontrar o seu. Segurei sua mão e levei aos lábios para beijá-la. Fizemos o nosso pedido e eu pedi que trouxesse um drink sem álcool para Olívia e uísque para mim. — O dia de hoje foi tão cheio — ela comentou. — Me desculpe
— O que você acha? Na verdade, o que te levou a fazer essa pergunta? — ele perguntou me olhando nos olhos. — Eu não sei direito, a relação de vocês é... diferente. Eu achei que no começo você estava relutante em se aproximar de mim porque era pai dele, mas depois tanta coisa aconteceu, vocês dois não são tão próximos quanto eu imaginava. — expliquei. — Você não é tão próxima dos seus pais, você é filha deles? — ele rebateu rindo. — Você entendeu, você entende o meu questionamento. — expliquei. — E a minha situação é diferente. — Ok, eu entendi a sua pergunta. — ele afirmou. Joshua começou a se despir, tirando as camadas de roupa lentamente. Eu não saí do lugar, realmente encarei meu marido ansiosa, aguardando ele terminar de tirar a roupa. — Passei muitos anos achando que sim, mas descobri que não, já tem muito tempo que eu sei que ele não é meu filho biológico. — ele afirmou com calma. — Mas por que... — Por que guardar essa informação? Eu vou usá-la na hora c
O último mês foi uma correria constante e eu me sinto muito dolorida, o meu médico insistiu que eu ficasse de repouso completo, sem muito movimento pesado e nada de atividade física, nem mesmo nadar na piscina sozinha. Joshua está trabalhando na reta final de sua campanha, nós quase não nos vimos nas últimas duas semanas. — Ficarei em casa com você, querida. — ele me beijou assim que acordei e percebi seu corpo grande ao meu lado. — Eu posso ficar bem, se você tiver muito o que fazer... — Não, no momento atual, não há mais nada que possamos fazer para ganhar ou perder. — ele beijou minha testa. — Você se sente bem? — Sim, eu me sinto muito bem, apesar de estar sendo quase esmagada por seus filhos — sorri. — Só mais um mês e meio e nós teremos os dois aqui. — ele disse animado. — E você estará bem. — Certo, eu não vejo a hora disso acontecer. — sorri. Muitas coisas aconteceram desde o encontro que tivemos com Martin e Dalila, obviamente ela não acabou com seu precio
O evento está correndo como planejado, as pessoas falando ao microfone e as câmeras gravando, a maioria dos jornais locais estão aqui para cobrir o evento. Eu fiz um discurso longo alguns minutos atrás, quando desci do palco, liguei para o número de Olívia, mas ela desligou a chamada, tentei novamente pelos vinte minutos seguintes. — O que houve? Está olhando para o telefone como se ele fosse venenoso — Morgana chegou perto. — Olívia não está atendendo. — avisei. — Calma, ela deve estar cochilando, olha a hora, passou das dez e meia, ela deve estar deitada. — ela comentou. É verdade, eu ficaria calmo com essa explicação se eu não tivesse sentido aquela pontada no peito ao me despedir dela, uma sensação muito estranha desde que saí de casa, algo como medo e tristeza. — Pode ser — murmurei e tentei ligar novamente. — Joshua, devo dizer que estou apostando alto que você vai vencer. — ouvi uma voz séria atrás de mim. Senti uma mão forte em meu ombro e guardei o telefone