CURA

Ana

Percebo que não estou em meu apartamento, olho em volta desanimada e vejo minha antiga sala, naquela casa, a mesma que o maldito do Zeca colocou fogo.

Estou deitada há dias sem ao menos me levantar da cama, não tenho vontade de fazer mais nada. Sinto todo mal cheiro do meu cabelo que não foi lavado nos últimos quinze dias, minhas roupas quase fazem parte do meu corpo, pois, também não tenho trocado, sei que estou um trapo! Pego o controle com a mão para trocar de canal, a porta da sala se abre. Ela entra, minha mãe, toda extravagante como sempre, com suas unhas longas bem pintadas num tom de roxo e roupas justas demais.

— Pelo amor se Deus, Ana! Você não vai continuar nesse estado deplorável — fala num tom bravo quando me vê.

Fico parada olhando pra ela, não acreditando que é ela, minha mãe. Como senti saudades!

— Vou contar até três e você vai levantar essa bunda do sofá e tomar um banho, assim não vai conseguir segurar o namorado por muito tempo. Bem típico de você né? — ela usa
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