11 - O desespero dos afogados

Água. Um leviatã feito de lama, pedras e destroços. Fluido e poderoso.

Os mais afastados da torre tombada observavam, em desespero, o monstro líquido bater contra as paredes escarpadas e varrer delas a vegetação, as rochas e os infelizes que tiveram a ideia de se salvar pendurados nelas. Como uma manada selvagem e descontrolada, a massa lamacenta e pesada de água atropelou os primeiros botes remendados e os lançou contra as paredes da fenda, esmigalhando-os como se fossem pequenos brinquedos feitos de palito, arremessando seus ocupantes, alguns já inconscientes, na torrente. Mal a enchente alcançara a metade da fenda, um número substancial de Armígeros já havia saltado na água, resgatando com surpreendente agilidade aqueles que obviamente não conseguiriam se recompor e continuar a prova.

Lênis segurou-se às cordas como se disso dependesse a vida. Todos

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