Um dos seguranças, mais especificamente o namorado de Zilma, Tony, trouxe o meu filho nos braços. — Obrigada, Tony!— eu disse pegando o meu filho. Júnior me olhou curioso, depois sorriu. — Ma… mamá…mamãe! Eu desmanchei no choro. Meu Deus! O meu amor ali na minha frente. Eu saí levando ele para dentro. Ana convidou os rapazes para entrar, mas eles disseram que ficariam num hotel, onde já havia reserva para eles. — Senhora, diga a Nora que nos perdoe, mas por ordem do patrão, iremos revezar entre o hotel e a casa, a cada duas horas! Nós somos oito. Estamos em dois carros. Ana ficou boquiaberta, assentiu com a cabeça e entrou na casa. Júnior fazia a festa. Todos queriam vê-lo me chamar de mãe. Durval e Maria brincavam com ele fazendo-o sorrir. Minha mãe desceu as escadas e abriu um sorriso ao ver o neto. — Ao que devo a honra de receber o filho de Victor Sorano em minha casa? — Mãe! Ele é meu filho também e é seu neto, sabia?— eu
Eu olhei para ele com os olhos pintados, o cabelo amarelo de palhaço engraçado. Ele vinha olhando para o nosso filho, achando graça. Ele ergueu os olhos de repente e eu ainda estava deslumbrada. Um príncipe! Um príncipe de pedra! Eu desviei os olhos e ele ficou confuso, piscou algumas vezes e tomou o Júnior no colo antes que eu o alcançasse. Eu tentei chegar antes, mas apenas consegui sentir o toque das suas mãos ágeis. Quantas lembranças! Ele se foi na direção de Diana, que me olhou penalizada. Tudo bem, eu teria muitas oportunidades durante a festa. Victor sumiu no meio dos convidados com Júnior no colo e Diana se aproximou de mim. — Calma, Nora! Terá muitas oportunidades ainda, eu vou te ajudar!— ela disse carinhosa. Eu continuei olhando na direção por onde Victor seguiu e respondi: — Sim, eu sei! — O danado está cada vez mais bonito, não? — Sim! Ele está cada vez mais lindo, mas frio também!— eu suspirei. Diana riu assustada e
Victor chegou afobado falando a Diana: — Diana, é ela! É ela, Diana! Onde ela está? — Do que está falando, Victor?— Diana tentou parecer normal, enquanto que Júnior no seu colo, olhava na direção onde eu havia saído correndo. — É ela, eu sei, Diana!— Victor insistiu mostrando o anel na mão. Diaba olhou curiosa, mas ainda tentou parecer natural. — Não sei do que está falando, Victor. — Era ela, aquela palhaça, Diana, eu sei!— Victor quase gritou. Diana olhou para Junior que ficou assustado. — Está assustando o seu filho!— ela se queixou. Victor olhava em volta nervoso, devia estar à minha procura. Ele falava alterado: — Onde ela está? Eu sei que foi você quem a ajudou! Diana se balançou impaciente e retrucou: — Ela é mãe, Victor! Ela tem direito. É o primeiro aniversário do filho! Pelo amor de Deus! Que implicância! Victor se inclinou para falar entre os dentes, para poupar o filho; — Depois do que ela me fez, não devia sentir piedade dela, devia estar do meu lado!
Quando Victor desligou, eu corri desesperada pela casa. Eu procurei Ana, meu porto seguro. — O que foi, menina? Que alvoroço é esse? — Ana, eu vou embora desta casa amanhã! Me ajuda a arrumar as minhas coisas, por favor! Ana subiu as escadas atrás de mim curiosa. — Mas para onde você vai, assim de repente? — Para perto do meu filho!— respondi sem me virar. Ana veio falando sem parar até chegar no quarto, onde eu entrei. — Meu Deus, sua vida parece uma gangorra! Vai voltar com o homem de pedra? Eu não conseguia falar e só então Ana percebeu que eu chorava e se desesperou a falar: — Meu Deus menina! O que aconteceu? Não está feliz? Vai ficar perto do seu filho e também do traste que você ama! — Eu vou como uma serviçal, uma criada. — O quê!— Ana não acreditou. — É isso, Ana. Victor foi capaz de me fazer tal proposta! Eu estou chocada! — Pois eu não!— Ana disse amuada. Eu virei franzindo a testa. — Seria capaz de imaginar tal af
Victor estava sentado, atrás da sua mesa, me olhando com o semblante fechado, isso eu já até esperava. — Sente-se! Eu obedeci, mas parecia hipnotizada pela presença daquele homem que me causou tanto mal, mas que quando estava diante dele só lembrava dos momentos mais íntimos. — Victor, não precisamos ter essa conversa. Eu sei que estou aqui como empregada e que tenho que me colocar no meu lugar. Não se preocupe, não haverá mal estar entre nós, eu só quero estar perto do meu filho! Ignorando o que eu havia dito, Victor anunciou: — Você usará o mesmo quarto, o qual usou quando chegou aqui no início. — Eu não me importo de dormir junto com as criadas— eu disse cabisbaixa. — Pensei que quisesse ficar mais perto do seu filho! — Eu quero, claro, mas não achei que fosse ficar perto de você— eu ainda falava cabisbaixa. Victor inclinou-se para frente, com os seus olhos verdes brilhantes num misto de raiva e sarcasmo para retrucar: — Por que você acha q
Eu me tranquei no meu quarto e não saí mais. Zilma veio falar comigo. — O que aconteceu? Está encolhida aí na cama, por que? — Estou cansada, só isso!— respondi debaixo dos lençóis. Zilma estava agitada. Sentou a beira da cama falando enquanto olhava para a porta, na verdade ela queria dar a impressão de estar falando lá de baixo. — Precisa ver o patrão, jantando e olhando aqui para cima! Ele não tem mais sossego agora que você está aqui! — Ele me trouxe para me manter sob controle! Ele assustou-se com o fato de eu ser capaz de ir na festa do Junior vestida de palhaça Zilma começou a dar risadas. — Menina, essa foi demais! Você foi mesmo ousada! Adorei! Neste momento, Diana deu duas batidas na porta e foi entrando. — Nora, achei que estivesse dormindo!— ela disse ofegante. — Não, ainda vou descer para jantar— eu disse naturalmente. — O Victor, ele quer que você vá servi-lo! — O quê!— eu quase gritei. Diana não concordava com aq
Victor me beijou e eu senti o meu corpo despido relaxar, para aceitar tudo que em sã consciência eu não permitiria. Eu sentia aquele beijo gostoso, enquanto percebia que Victor tirava a própria roupa com pressa e a sua respiração estava ofegante. — Ai, Nora, chega a doer o desejo que sinto por você— ele disse se afastando para se livrar das calças. Eu me sentia toda molhada, não dava nem para negar o meu tesão, mas dentro de mim, eu lutava revoltada. Eu dizia para mim mesma:” vai satisfazer um homem que te enxotou desta casa como um cão sarnento?” Victor se despia de pé na minha frente, me olhando com seus olhos apertadinhos e sedutores. Ele foi até o banheiro e pegou um preservativo, começou a colocá-lo na minha frente, sempre me olhando e mordendo os lábios. — Eu vou enlouquecer se eu não te possuir hoje, Nora! Desde que te vi, naquele dia na festa, não paro de pensar em você! Eu estava nua, com as pernas aberta, aquele homem sensual de pé no meio delas forçando para que se
Eu desci para servir o meu patrão com um sorriso no rosto. Victor reparou e enquanto ele segurava a sua xícara, me olhava curioso. — Está tão contente, pelo jeito se aliviou. Pensando em mim, aposto! Eu continuei sorrindo e lhe servindo. Eu cheirava a banho e com certeza Victor podia perceber, mas o cheiro dele exalava pelo ambiente. — Está tão cheirosa!— ele disse inclinando-se na direção do meu pescoço. Eu saí rebolando, faceira. Ele nem imaginava o que lhe esperava. Eu terminei de servi-lo e voltei para a cozinha, onde eu me sentia à vontade. Eu, Zilma e Mary tínhamos quase a mesma idade, elas eram um pouco mais velha, mas nós nos entendíamos muito bem. — Cuidado, menina! Não vá pela cabeça dessas duas aí não! Elas não tem muito juízo! — Norma, não fala isso delas, coitadas, até estão namorando sério!— eu disse brincalhona. Norma deu de ombros e resmungou: — Esses dois aí, tem é muita paciência! Não deve ser fácil segurar essas