- Sasha? – Senti minhas mãos trêmulas enquanto uma delas ainda estava em poder dele.Observei Catriel parado entre a área privada, de vidro e o espaço coletivo, enquanto me encarava. Os olhos dele simplesmente estavam frios, da maneira que eu bem lembrava que eram há bem pouco tempo atrás.Vi que o homem que eu acabara de conhecer ainda segurava minha mão entre a sua e retirei-a imediatamente.Catriel aproximou-se sem pressa, com os olhos fixos nos meus. Assim que chegou ao nosso encontro, olhou para os homens:- Boa noite, rapazes.Donatello arqueou a sobrancelha, surpreso:- Alteza?- Eu mesmo, príncipe de País del Mar. – Catriel confirmou.Donatello sorriu, confuso, passando os olhos nos príncipes demoradamente:- O que está acontecendo por aqui?- Nos disfarçamos para tentar ter uma noite de paz sem sermos reconhecidos. – Expliquei.- Esqueceram de curvar-se! – Catriel lembrou-os.- Já que estão disfarçados para não serem reconhecidos, creio que não seja uma boa ideia, Alteza! – D
- Você é uma princesa, mulher e ainda por cima inocente, Aimê. Precisa ficar esperta com cada pessoa que se aproxima de você.- Está me chamando de burra?- Não, Aimê. Estou pedindo que seja mais criteriosa e desconfiada.- Já sou. Falei o que penso sobre o duque e a duquesa Cappel.- Por que contratou Donatello? Por que não outra pessoa, através de uma seleção entre profissionais? Se ele fosse bom o bastante, teria ganhado o cargo numa avaliação por competência.- Fiz isso para tentar me redimir do que havia feito com ele.- E ele foi um mau caráter, pois aceitou ser comprado.- Eu não o comprei! – Minha voz se alterou.- Entende que se ele fosse um homem correto e honesto, teria denunciado e não aceitado o emprego que você lhe ofereceu? Lembro que me disse que contou sobre minhas obras para um “amigo”. Ele não foi seu amigo se publicou algo sem sua autorização. Sem contar que você é a contratante dele. Por que não o demitiu?- Que porra, Catriel! – Larguei sua mão e andei na frente,
Lucca e Odette encerraram o beijo, pegos no flagra, e ela levantou-se imediatamente:- Majestade! – Curvou-se, envergonhada.- Por que você está bebendo, Catriel? – A voz da rainha ecoou alta o suficiente para chamar a atenção de algumas pessoas que estavam por ali.Catriel suspirou antes de responder, de forma tranquila:- Tenho 22 anos, idade suficiente para não precisar dar satisfações a minha mãe de tudo que eu faço.- Você... Nunca falou assim comigo. – O tom dela foi de decepção.- Para tudo há uma primeira vez, mamãe.- Esta coisa horrível que há no seu copo foi a causadora da morte de sua irmã. – Vi a dor nos olhos dela.- E Catriel não teve culpa. Não pode se punir para sempre pelo que houve. – Lucca saiu em defesa do irmão.- A decisão de não beber e não deixar nada alcoólico entrar no castelo foi dele. Nunca foi minha.- Ele é adulto e pode tomar as próprias decisões. – Lucca insistiu.- E você? Acha que com 19 anos tem maturidade suficiente para decidir com quem se envolve
Olhei no relógio e já passava da meia-noite. Deixá-lo ali, em seu primeiro porre, sozinho, seria muito arriscado. Eu mesma sabia exatamente tudo que poderia haver como consequência. Sem contar que a sensação de que deveria protegê-lo e estar com ele em qualquer situação era mais forte que eu mesma.Assim que o alcancei na área da piscina, vi Catriel retirando toda a roupa e jogando a cueca longe enquanto se atirava na água morna.- Tem câmeras em todo o Hotel, porra! – Gritei.- Foda-se! – ele sorriu e mergulhou logo em seguida.Parei na borda da piscina azul escura, composta de minúsculos quadradinhos em cerâmica, que formavam a área interna dela. Vi a escuridão pelo vidro da rua, mesclada ao vapor.Ele mergulhou completamente nu e quando voltou à superfície sorriu daquele jeito que me derretia por dentro, fazendo com que meu coração acelerasse. Os cabelos de Catriel ficaram para cima e ele não imaginava o quanto ficou sexy daquele jeito.- Tire a sua roupa e venha! – O dedo indicado
Com muita dificuldade, depois de uma conversa convincente, consegui levar Catriel para seu quarto. Tive que enxugá-lo, pôr a roupa de qualquer jeito e ainda servir de babá no elevador para que ele não abrisse a boca quando entrou um casal junto de nós.Catriel abriu a porta e observei a suíte dele, que era exatamente como a minha.- Você precisa de um banho. – Avisei.- Eu já tomei banho... Até agora. – Contestou.- Me refiro ao chuveiro, “príncipe”.- Nem pensar... – Reclamou, deitando na cama, com o corpo atravessado no colchão.Suspirei, resignada. Catriel já era difícil de lidar sem estar bêbado. Sob o efeito do álcool se tornava quase insuportável.Sentei ao lado dele, que me puxou, fazendo-me montar em seu corpo. Estar sobre ele me deixou completamente excitada, mas ainda assim tentei me conter. Os olhos dele brilhavam e o que fiz foi alisar seu rosto carinhosamente:- Você precisa dormir! Ainda temos coisas para fazer amanhã.- Que coisas?- Obrigações enquanto futuros monarcas
Deitei minha cabeça no peito de Catriel e o alisei sob a camisa com botões fechados nos lugares errados. Senti a cicatriz sob o tecido:- Seu pai havia me contado que as suas maiores cicatrizes estavam na alma. Quisera eu poder ser a sua cura, meu amor! Durante tanto tempo as pessoas fizeram tudo que eu quis e jamais me contestaram, por medo de eu voltar para o hospital e talvez não retornar mais. Depois da remissão da doença, as coisas começaram a mudar. E tentaram me fazer crescer e receber “nãos” os quais nunca fui acostumada. Mesmo quem não gostava de mim, fingia gostar. Porque eu era autoridade... Mal sabiam que eu era só uma princesa mimada. Só Odette ousava ser sincera comigo. Até que você apareceu... Arrogante, cheio de razão, querendo me punir de todas as formas possíveis, por conta do seu passado horrível. Mas o destino decidiu nos dar uma lição, não é mesmo? Sinto que amei você desde o momento que meus olhos encontraram os seus pela primeira vez. E não imagino minha vida e
Me senti tão protegida e amada! Ele se importava comigo e com a forma como eu começava a minha vida sexual. Poderia se preocupar com o próprio prazer. Mas me colocou acima de si mesmo.Catriel juntou-me do chão, pegando-me em seu colo e levando-me para a cama. Abriu a camisa com força, arrancando todos os botões, deixando-me completamente nua. Ficou me observando um tempo antes de alisar minha barriga indo em direção aos seios. Ainda de pé, ele literalmente me comia com os olhos:— Você é a perfeição em forma de mulher, Aimê... Eu sou completamente louco pelo seu corpo... Seus olhos... Você inteirinha.Dobrei as pernas, apoiando os pés na lateral do colchão e provoquei:— Então me fode, Catriel! Sem dó nem piedade. Acabe comigo.Não houve sorriso da parte dele. Os olhos azuis viraram duas bolas de fogo na direção do meu corpo, que ele puxou para si, ajoelhando-se à beira da cama.Senti sua língua quente na minha boceta, lambendo, chupando, mordendo... E não dava tempo de assimilar cad
— Não faça isso comigo... Eu morreria junto! Não posso perdê-la... Jamais. — O olhar foi tão sério quanto a voz.Ouvimos uma batida na porta. Levantamos rapidamente. Pus a camisa dele, percebendo que não tinham mais botões. Catriel enrolou a toalha novamente em torno da cintura e foi em direção a porta enquanto eu movi-me para trás dela, incerta de quem seria. Meu maior medo sempre era a imprensa. Talvez aquilo fosse me perseguir para sempre.— Quem está aí com você? — Ouvi a voz da rainha Nair.— Mãe, pai? O que... Vocês fazem aqui? — Catriel ficou surpreso.— Ouvimos os gritos do corredor. Por sorte só estamos nós neste andar. Você assumiu um compromisso com Aimê. Deve respeito a ela, seu moleque!— Eu... Respeito ela. — Catriel tentou defender-se, enquanto os pais continuaram:— O que faremos se os D’Auvergne Bretonne ficarem sabendo disto?— A própria Aimê, que tenho certeza que gosta de você e...Sai de trás da porta, segurando a parte frontal da camisa para que não se abrisse, t