Aquele que faz o sangue ferver (II)

Fui até ela e a abracei com força:

- Precisa ter certeza do que sente e falar a Henry, Pauline.

- Eu... Já tenho certeza! – Sussurrou no meu ouvido, deixando as lágrimas grossas e quentes escorrerem, pingando no meu ombro – E o fato de constatar isso me deixou completamente destruída. Porque... Ele é uma pessoa impossível de não amar. 

- Creio que você o ame, Pauline. Mas não mais como homem. O ama como pai das suas filhas, como amigo... Como o homem que tirou-a de Alpemburg, a fez esquecer seu ex e lhe deu alguns bons anos de alegria e felicidade. 

- Eu... Desejei outro homem, pela primeira vez. – Ela afastou-se de mim, completamente envergonhada.

- Então... Realmente não o ama mais. 

- Tive certeza disto quando senti o sangue fervendo dentro de mim novamente, Aimê. E isso não acontecia há muito tempo. E... Eu deveria
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