O Herdeiro da Máfia
Meses depois do casamento de John e Sarah a familia Capplly recebia a notícia da chegada de mais um herdeiro.
Sarah sentiu-se tonta ao sair do banho.
— Algum problema, senhora?— indagou uma das empregadas que trocavam os lençóis.
Ela a olhou e disse:
— Acho que sei o que é, avise ao motorista que preciso sair agora — ela se vestiu e foi à sua obstetra.
— Sinto enjoo e… — estava ansiosa e queria um filho o quanto antes, precisava ser agora. “Tem que ser agora, enquanto sou jovem e bonita”, pensou com o olhar atento a médica que recebia de sua auxiliar o resultado do exame. — O que tem a me dizer?
— Parabéns! Você vai ser mamãe.
Ela sentiu o coração disparar e sua respiração ficar ofegante.
— Sério?
— É o que você queria. Parabéns!
Sarah ligou convocando o casal Capplly e seus pais.
— Preciso de todos vocês na mansão à noite — ela desligou o telefone sorrindo em direção ao motorista, que a esperava com a porta do carro aberta.
— Para onde vamos, senhora?
— Para casa — seguiu em silêncio até a mansão com o coração cheio de alegria. Sua felicidade estava estampada no rosto. Passava a mão na barriga. — Seja o melhor presente da minha vida, meu anjo — sentiu uma sensação de paz, tamanha que chegou a relaxar no banco, quase perdendo a postura, que era sempre ereta.
Todos chegaram à mansão meia hora antes do jantar.
— O que está acontecendo? — John olhou para Sarah, que parecia um anjo abraçando os Srs. Smith.
— Papai! Mamãe! Meu amado marido e sogros, hoje é o dia mais importante para ambas as famílias — ela os conduziu sorridente para a sala de estar. — Estamos todos reunidos aqui para comemorar a chegada do nosso herdeiro, ou herdeira — ela mostrara o resultado do exame. — Estou grávida! — sua felicidade a deixava mais bonita e sexy.
Todos a olharam surpresos e com uma profunda alegria. O Sr. William gritou:
— Que seja feita a vontade de Deus!
John não conseguia respirar, sentia seus pulmões pararem.
— Um filho ou filha! Fruto do nosso amor — ele abraçou Sarah. — Você é minha vida, é minha luz! — ele virou-se para seus pais e disse: — Quero os melhores seguranças para o meu filho. Eu preciso treiná-los pessoalmente!
Sua mãe riu beijando-o.
— Sabia que estaria viva para ouvir isso, John.
Ele sorriu.
— Você é uma mulher sábia, mamãe.
— Será nosso herdeiro, minha filha — o pai de Sarah beijou-a feliz abraçando sua mulher. — Que notícia maravilhosa, filha, sua mãe e eu vamos viajar amanhã com essa notícia abençoada. Iremos ao Japão a negócios, estaremos de volta em duas semanas.
Na semana em que os pais de Sarah iriam chegar, ela recebera uma ligação informando que o avião, que partira de Xangai, na China, tinha explodido no ar. Era o voo em que seus pais estavam.
— Lamento, senhora — comunicou um oficial enviado da China.
— Não! — Sarah deu um grito de dor. — Por quê? Por quê? — ela sentiu tudo ficar escuro e desmaiou.
John segurou a mulher, chamando o médico da família que estava na mansão conversando com seus pais.
— Melville, me ajude! — gritou. — Cuidado com minha mulher e meu filho — John lamentava a perda.
Melville era o médico da família Capplly desde o nascimento de John.
— Fique calmo, o que aconteceu?
Os jornais lamentavam a perda dos Srs. Smiths.
— “Como filha única, Sarah herda uma fortuna incalculável” — falava uma jornalista.
Sarah deu o nome do pai ao filho.
— Quero poder me lembrar sempre do meu pai. Chamarei o nosso filho de Brady.
Quando Brady nasceu, o Canadá e Toronto estavam em festa, todos comentavam e comemoravam o nascimento do jovem mais rico do planeta.
— É o nosso filho! — John beijou Sarah, que olhava para o pequenino que estava ao seu colo.
— Nasceu sem conhecer os meus pais — com olhar triste ela beijou o marido, que estava sempre ao seu lado. — Brady Smith Capplly.
— Nosso filho é lindo! — ela observava os belos olhos do marido admirando o filho.
— Com a mãe que ele tem não poderia ser diferente. Os Adams vão ter um herdeiro. Olha que notícia maravilhosa. Meg está radiante e vem ficar com a gente esse final de semana.
— Ligue para ela, quero parabenizá-la — aconchegou Brady nos braços sorrindo.
Após o nascimento do herdeiro a família Capplly exageradamente triplicou a segurança de todos os membros.
— O meu neto é o meu segundo filho — o velho William tinha devoção pelo neto. — Todos os seguranças têm que continuar o treinamento pelo monge Nakata.
John e Sarah aceitaram a decisão do Sr. William.
Ao completar seis anos Brady já demonstrava o bom gosto por mulheres lindas. Era apaixonado por Angelina Jolie e uma modelo brasileira que havia namorado um grande campeão da Fórmula-1, que tragicamente morrera.
— Mamãe, posso ficar com elas? — ele segurava uma revista, observando-as com carinho.
— Quando você crescer poderá ter quem desejar — Sarah respondeu sorrindo, ali traçava o destino do filho com aquela frase.
Ele não gostou da resposta e disse:
— Elas serão velhas!
Uma voz soou da sala de estar.
— Campeão! Tenha paciência, você é um belo garoto e posso apostar que será desejado por todas as meninas do planeta — comentou Sr. William colocando-o no colo. — Prometo descobrir uma formula para mantê-las sempre jovens — sorrindo o beijou, admirando o belo garoto. — Meu neto!
— Vovô! — ele observou sua guarda-costas adentrar a biblioteca. Brady sorriu. “Quando eu crescer!”, pensou.
No colégio Brady era o centro das atenções, todas as meninas queriam estar ao seu lado, os meninos não tinham muito a fazer, a não ser procurar estar por perto e tentar beliscar o que sobrava. Os meninos sentiam inveja do belo garoto, popular, que estava sempre na mídia. Paparazzi cercavam aos arredores do colégio e da mansão para clicar uma foto do famoso Brady Capplly. O jovem tinha uma segurança rígida, a qual dificultava qualquer aproximação.
O Herdeiro da Máfia — É mais fácil se aproximar do presidente dos Estados Unidos ou do Papa — comentou um fotografo sem êxito. — O presidente não é um Capplly ou Adams — comentou um colega. Sarah tomara conta das empresas dos seus pais, se empenhando, sempre conquistando novos negócios, deixando os acionistas admirados com sua administração. — Ela tem nas veias o dom dos pais, que Deus os tenha por bons merecimentos — comentou um dos diretores. John sabia como era difícil para Sarah a ausência dos pais. Eles não acreditavam em atentados contra a família Smith. — Foi uma triste tragédia — ele procurava estar sempre presente, para que nunca se sentisse só. Os anos não fazia Sarah esquecer
O Herdeiro da Máfia— Como estão atrasados? Odeio atrasos! — o Sr. John estava impaciente, era sempre pontual em seus negócios.— Calma, amor — Sarah olhava à sua volta, certificando-se da segurança impecável que tinham. Alguns chineses eram revistados pelos seguranças da família Capplly antes de sentarem à mesa.— Pensei que vocês não viessem — o Sr. John os encarou, tentando encontrar alguma armadilha planejada.— Relaxe, amor — Sarah murmurou.A noite estava tensa para todos os presentes. Os chineses pegaram uma maleta e colocaram-na sobre a mesa.— Veja, senhor — de
O Herdeiro da Máfia Isabelle estava na fazenda com que o Sr. William presenteou o neto. Quando viu um helicóptero se aproximar, exclamou: — Brady! — ela foi encontrá-lo. — O que veio fazer aqui? Ele desceu do helicóptero sorrindo. — Estou precisando um pouco de ar puro e me lembrei desse lugar que é meu. O que faz aqui? — Seus pais sabem que você…? — Falei com a mamãe. Afinal, foi uma surpresa vê-la aqui. — Estava precisando meditar e seu avô falou que você não se incomodaria. — Fique à vontade. É toda sua. Vou tirar essas roupas — ele seguiu para o quarto. Ela ficara com a mente atordoada cheia de imaginações. — Não posso! Não posso! É inaceitável! Num i
O Herdeiro da Máfia — Estava pensando em você. Fiquei excitado — ele não podia ficar ali sem fazer nada. — Vamos à sala de vídeo, soube que hoje está vazia. — Ficou louco! O Geraldo não vai permitir que… Ele saiu puxando-a pelo braço. — Veja, a porta nem trancada está. — Senhor, não tenho permissão para deixá-lo usar a sala fora da aula. Brady enfiou a mão no bolso. — Para você levar sua mulher ao melhor restaurante e hotel, e ainda pode pagar uma limusine. Ele olhou para todos os lados, pegando o dinheiro. — Tudo bem, ninguém vem essa hora aqui mesmo, e aquelas câmeras estão em manutenção nesse exato momento. Brady já havia fechado a porta, Donna abria sua calça
O Herdeiro da Máfia Rapidamente o maître se aproximou. — Senhor — ele o conduziu até uma mesa que ficava próxima da saída. — Não sei como permite que esse mafioso namore sua filha — seu tom de voz era alto. — O avô me ferrou e acabei deixando de exercer minha profissão. Com ouvido tuberculoso Brady deu um sorriso irônico em direção ao velho. — Vou ao banheiro — disse Brady, olhando à sua volta à procura de Donna. — Ela não pode ter mentido, não seria tão burra — murmurou, levantou-se e seguiu para o banheiro. Ao retornar parou ao lado do velho dizendo: — Você é gordo e velho demais para qualquer mulher. A escolha é dela de namorar um mafioso, senhor. Tenha um bom apetite — ele não quis pergunt
O Herdeiro da Máfia Brady não era de frequentar festas de amigos de colégio. Estava sempre em grandes festas, em companhia dos pais. Fazia questão de frequentar bons lugares e sabia que sua família tinha bom gosto. Estavam sempre na mídia, as revistas exibiam a cada semana fotos ou comentários do casal Capplly. Brady era sempre cercado pelo batalhão que o seguia, era mais difícil a aproximação de qualquer fotografo ou repórter. — Bebida! — Brady pegou um copo com alguma bebida misturada. — Não beba em excesso! — Tracy queria bem a ele. — No começo parece que não faz efeito… — Prefiro beber algo que venha de você — ele largou o copo beijando-a na boca, deixando todos os presentes surpresos. —Vejam! Drog
O Herdeiro da Máfia No dia seguinte Brady se aproximava do colégio quando reconheceu Catherine de chapéu do outro lado da rua, lendo jornal. — Pare o carro! — ele desceu do carro sem que ela o visse. — O que faz aqui? Ela se assustou, deixando o jornal cair de suas mãos. — Brady! — desde que havia se casado não tinha visto o belo sedutor. — Estou esperando o meu marido, que foi comprar… O marido se aproximou carregando uma mochila preta nas costas. — Vamos! Que diabo ainda faz aí? — ele a segurou pelo braço sem perceber a presença de Brady, entrou em seu carro e partiu em seguida. — Você é um louco mesmo! Não percebeu que Brady estava do meu lado? Ele freou bruscamente.
O Herdeiro da Máfia Catherine morava em Cupertino, Califórnia, e desde o casamento havia se isolado do mundo. Quando trabalhava para os Cappllys era sempre vista em jornais e revistas. Era a guarda-costas de confiança deles. Encontrava-se em um mundo distante do que vivera com os Cappllys. — Não podemos. Isso é loucura! Brady é muito especial. Sei o preço que poderemos pagar — advertia ao marido, que planejava sequestrar Brady. O marido dela socou a mesa dizendo: — Especial sou eu! Quem te come? Quem te ama? Além do mais, não vamos fazer nada com ele. Vamos pegar uma boa grana e devolver o riquinho para os pais. Sabe o preço, pois bem, será o sequestro mais caro que todos já viram em suas miseráveis vidas — el