O Herdeiro da Máfia
Walter e os comparsas festejavam a vitória, quando Carlito entrou no bar que servia de ponto de encontro.
— Viu fantasma, Carlito? — Walter bateu no ombro do amigo segurando uma garrafa de cerveja. — Vamos comemorar! É lamentável não podermos festejar em público. Derrubamos apenas um dos alicerces da família Capplly. Parabéns!
Carlito achou melhor não falar de sua aflição. Quem poderia achar um celular ao meio do Central Park e ligar para ele? Lembrou-se da gravação e ficou mais preocupado.
— Estou emocionado apenas — disse virando uma garrafa de cerveja. “Existe código no meu celular, não posso perder tempo imaginando o pior”, pensou.
O que ele não podia imaginar era o destino de t
O Herdeiro da Máfia À noite, Brady analisava a agenda do telefone e repetia diversas vezes o vídeo que mostrava o momento em que seu avô era atingido. Anotou todos os nomes e passou para Isabelle. — Descubra onde todos moram. Todos eles são amigos e familiares. Vamos depois de amanhã ao México. Farei um massacre nesse maldito lugar. Matarei todos sem piedade! — Brady socou a mesa. — A morte do meu avô não ficará impune e será vingada de forma lenta. Busque todas as informações necessárias. Isabelle pensou no substituto de Michael. — Douglas! Ele tem uma aparência assustadora. — OK! Brady foi para o quarto, mas não conseguia dormir. A saudade do avô doía no coração. Quando era criança, ach
O Herdeiro da Máfia Sarah passou a acreditar que o filho era realmente diferente e um verdadeiro Capplly. — Melinda... — Deixe a Melinda, mamãe. Montei uma investigação a partir da agenda do telefone. Encontrei todos! Vovô pode descansar em paz agora. Cancele qualquer investigação, papai. O serviço já foi feito — ele saiu e foi para o seu quarto. Deixou o corpo cair sobre a cama olhando o envelope. “Moleque”, pensou abrindo-o. Viu as fotos do ex-namorado de Melinda, com algumas anotações, e leu em voz alta: — “Agressivo, com passagem na polícia, por seguir sua ex-namorada, a psicóloga Melinda. Abandonou os estudos e a família, morando em São Francisco em um prédio abandonado, com alguns moradores de ru
O Herdeiro da Máfia Anos depois Brady mantinha a rotina diária: visitava o tumulo do avô, ficando horas parado ao lado de um chafariz que sua avó mandara fazer, com uma estátua do magnata William Capplly em ouro. O casal Capplly investia cada vez mais nas mais rigorosas formas de segurança para o filho. Apostava em tecnologia de ponta. Monitorava todos os passos do filho, que ia ao colégio de helicóptero. O relógio que o Sr. William havia presenteado ao neto após o sequestro tinha um chip que o localizava através de radar. Todos os seguranças passavam por treinamentos e testes rigorosos. Não era permitido erro na segurança que envolvia a família Capplly. Brady procurava sempre saber por onde Donna estava viajando a tr
O Herdeiro da Máfia — Ela falou comigo e respondi. Brady sentiu os lábios molhados de Tracy tocarem sua face. — Vou me contentar com as migalhas que poderá me oferecer. Dance comigo no final — ela se afastou ao perceber Melinda se aproximar. — Que elegante! — elogiou Melinda, evitando algum afeto íntimo, sabia que Anne faria o mesmo, ignorando o assédio. Ele tirou rapidamente a perturbação de Tracy da mente ao ver Melinda parecendo uma princesa de conto de fadas. — Sou o homem mais sortudo do planeta — disse, e a segurou pela cintura, conduzindo-a para uma dança. — Queria poder arrancar os olhos de todos que estão olhando para você. Ela sorriu. — Sou apenas sua, meu amor — discr
O Herdeiro da Máfia John ligou para o velho Robert. — Quero falar com você amanhã cedo! — O que houve, John? — indagou inquieto. — A qualquer momento o FBI entrará na minha empresa, para indagar os meus funcionários, a respeito da morte trágica da minha secretária. Um maldito e estúpido juiz expediu uma autorização. — Quem foi esse estúpido? — O seu neto! Maldito! — seu tom de voz dava medo. — Trate de corrigi-lo. Deixe-o a par da lei. O juiz Robert sentiu o coração acelerar. — Ele… como? — Transfira-o para bem longe dos meus olhos — John desligou ao ver sua secretária. — Pois não, Cindy. — Senhor, o FBI deseja conversar com alguns funcionários. Eu… Ele a
O Herdeiro da Máfia Meses depois do casamento de John e Sarah a familia Capplly recebia a notícia da chegada de mais um herdeiro. Sarah sentiu-se tonta ao sair do banho. — Algum problema, senhora?— indagou uma das empregadas que trocavam os lençóis. Ela a olhou e disse: — Acho que sei o que é, avise ao motorista que preciso sair agora — ela se vestiu e foi à sua obstetra. — Sinto enjoo e… — estava ansiosa e queria um filho o quanto antes, precisava ser agora. “Tem que ser agora, enquanto sou jovem e bonita”, pensou com o olhar atento a médica que recebia de sua auxiliar o resultado do exame. — O que tem a me dizer? — Parabéns! Você vai ser mamãe. Ela sentiu o coração disparar e su
O Herdeiro da Máfia — É mais fácil se aproximar do presidente dos Estados Unidos ou do Papa — comentou um fotografo sem êxito. — O presidente não é um Capplly ou Adams — comentou um colega. Sarah tomara conta das empresas dos seus pais, se empenhando, sempre conquistando novos negócios, deixando os acionistas admirados com sua administração. — Ela tem nas veias o dom dos pais, que Deus os tenha por bons merecimentos — comentou um dos diretores. John sabia como era difícil para Sarah a ausência dos pais. Eles não acreditavam em atentados contra a família Smith. — Foi uma triste tragédia — ele procurava estar sempre presente, para que nunca se sentisse só. Os anos não fazia Sarah esquecer
O Herdeiro da Máfia— Como estão atrasados? Odeio atrasos! — o Sr. John estava impaciente, era sempre pontual em seus negócios.— Calma, amor — Sarah olhava à sua volta, certificando-se da segurança impecável que tinham. Alguns chineses eram revistados pelos seguranças da família Capplly antes de sentarem à mesa.— Pensei que vocês não viessem — o Sr. John os encarou, tentando encontrar alguma armadilha planejada.— Relaxe, amor — Sarah murmurou.A noite estava tensa para todos os presentes. Os chineses pegaram uma maleta e colocaram-na sobre a mesa.— Veja, senhor — de