O Herdeiro da Máfia
Rapidamente o maître se aproximou.
— Senhor — ele o conduziu até uma mesa que ficava próxima da saída.
— Não sei como permite que esse mafioso namore sua filha — seu tom de voz era alto. — O avô me ferrou e acabei deixando de exercer minha profissão.
Com ouvido tuberculoso Brady deu um sorriso irônico em direção ao velho.
— Vou ao banheiro — disse Brady, olhando à sua volta à procura de Donna. — Ela não pode ter mentido, não seria tão burra — murmurou, levantou-se e seguiu para o banheiro. Ao retornar parou ao lado do velho dizendo: — Você é gordo e velho demais para qualquer mulher. A escolha é dela de namorar um mafioso, senhor. Tenha um bom apetite — ele não quis pergunt
O Herdeiro da Máfia Brady não era de frequentar festas de amigos de colégio. Estava sempre em grandes festas, em companhia dos pais. Fazia questão de frequentar bons lugares e sabia que sua família tinha bom gosto. Estavam sempre na mídia, as revistas exibiam a cada semana fotos ou comentários do casal Capplly. Brady era sempre cercado pelo batalhão que o seguia, era mais difícil a aproximação de qualquer fotografo ou repórter. — Bebida! — Brady pegou um copo com alguma bebida misturada. — Não beba em excesso! — Tracy queria bem a ele. — No começo parece que não faz efeito… — Prefiro beber algo que venha de você — ele largou o copo beijando-a na boca, deixando todos os presentes surpresos. —Vejam! Drog
O Herdeiro da Máfia No dia seguinte Brady se aproximava do colégio quando reconheceu Catherine de chapéu do outro lado da rua, lendo jornal. — Pare o carro! — ele desceu do carro sem que ela o visse. — O que faz aqui? Ela se assustou, deixando o jornal cair de suas mãos. — Brady! — desde que havia se casado não tinha visto o belo sedutor. — Estou esperando o meu marido, que foi comprar… O marido se aproximou carregando uma mochila preta nas costas. — Vamos! Que diabo ainda faz aí? — ele a segurou pelo braço sem perceber a presença de Brady, entrou em seu carro e partiu em seguida. — Você é um louco mesmo! Não percebeu que Brady estava do meu lado? Ele freou bruscamente.
O Herdeiro da Máfia Catherine morava em Cupertino, Califórnia, e desde o casamento havia se isolado do mundo. Quando trabalhava para os Cappllys era sempre vista em jornais e revistas. Era a guarda-costas de confiança deles. Encontrava-se em um mundo distante do que vivera com os Cappllys. — Não podemos. Isso é loucura! Brady é muito especial. Sei o preço que poderemos pagar — advertia ao marido, que planejava sequestrar Brady. O marido dela socou a mesa dizendo: — Especial sou eu! Quem te come? Quem te ama? Além do mais, não vamos fazer nada com ele. Vamos pegar uma boa grana e devolver o riquinho para os pais. Sabe o preço, pois bem, será o sequestro mais caro que todos já viram em suas miseráveis vidas — el
O Herdeiro da Máfia Meses depois do sequestro de Brady o FBI havia recebido uma queixa, dos vizinhos de Catherine, do seu desaparecimento. — Tem meses que eles não são vistos. Eles estavam sempre entrando e saindo. Marcus era esquisito e o filho seguia o caminho do pai — disse Romena, que levava David ao colégio e passava roupa para Catherine. — Fui dispensada das tarefas duas semanas antes do desaparecimento. Catherine havia se arrependido do casamento e lamentava ter abandonado o emprego de guarda-costas do herdeiro Capplly. Ela era hipnotizada pelo marido, fazia tudo que ele mandava. Kemal fazia suas próprias anotações. — Os Cappllys os visitavam? Ela falava neles? Romena riu respondendo: —
O Herdeiro da Máfia Um policial amigo de trabalho dizia ao repórter: — Ele me deu uma carona, moro do outro lado da rua. Kemal comentou antes de sair do trabalho que estava com a sensação de ter esquecido alguma coisa de errado em sua casa. Saiu até mais cedo, estava com dor de cabeça e o nariz entupido. Ele reclamava de cansaço e... — não conseguia falar mais nada, acabara de perder um grande amigo. Isabelle voltara no dia seguinte para o Canadá, quando teve certeza de que ele estava morto. Seu sangue frio não lhe permitia sentir amor por ele. Honrava seu trabalho e fazia bem feito. O Sr. William recebera a notícia na mesma noite pela TV. — Que aposentadoria! Isabelle passara cedinho na mansão
O Herdeiro da Máfia Donna saiu do prédio onde morava, sendo surpreendida por Danilo. — O que faz aqui? — ela se assustou ao vê-lo. — Fique longe de mim! Estou esperando o meu namorado. — Quero ficar com você! — ele a segurava pelos ombros. Brady chegara bem no momento, presenciando seu atrevimento. Quem ousava tocar na namorada ou amante de um Capplly? Ela percebeu Brady sair do carro e seguir em sua direção com alguns seguranças. — Acho melhor você ir embora. Brady! — ela gritou. Ironicamente ele comentou: — Não tenho medo daquele mauricinho. — Não quero que tenha medo e sim respeito! — ele o encarava nos olhos. — Tire essas mãos sujas dela! Ele empurrou Donna,
O Herdeiro da Máfia Os jornais e revistas comentavam a grande festa que iria reunir os famosos do mundo das celebridades em Toronto, no Canadá. Iria homenagear as doações generosas e patrocínios dos Cappllys e Adams à indústria cinematográfica e aos países pobres. — A imprensa de todo o planeta estará presente. Quero a melhor cobertura e fotos do adolescente Brady Capplly e Anne Adams. Saibam aproveitar a cada momento e cliques. Vão! — o dono da maior revista americana orientava os seus profissionais sobre o grande evento. — Vamos vender tanta revista que durante o ano todo não obteremos tamanha demanda — tanto ele quanto os demais presentes estavam com a mesma intenção. A senhora Rebeca ajudava os refugiados da Bósni
O Herdeiro da Máfia Sarah acordou cedo para ir à África visitar as empresas que herdara dos pais. — Amor, temos que partir — ela beijava o marido que despertava de uma noite ardente. — Temos que voltar antes do final de semana, prometemos ir com Brady a Quebec. — Vou vê-lo antes de irmos — ela saiu do quarto em direção ao quarto do filho, que dormia. — Te amo! Meu filho querido — ela beijou sua face admirando-o. — O que seria de mim sem você? — ela murmurou se afastando, parando na porta, quando ele disse: — Não seria nada! — ele sentou-se na cama, ainda sonolento, abrindo os braços para sua mãe que voltou sorrindo. — Sentirei saudade. — Serão três dias, filho. Brady deitou a cabeça no