SÍMBOLO DO INFINITOFoi lindo e romântico, mas um gatiLho foi acionado nele quando ela o lembrou de quem ele era.Ele era um gangster! Ela era uma estudante, uma garota de família e uma musicista com um futuro pela frente. A realidade o atingiu como um martelo e ele a empurrou devagar, a afastou de si e por mais que o olhar dela tenha se modificado num estalo, por mais que soubesse que ela o amava sim e acabara de afirmar isso, se desvencilhou dos braços que o queria de volta e se estendia para ele.— Não podemos, Cloe – falou amargurados — Por quê? Disse que me ama e eu o amo também, Túlio! – os olhos da pianista marejaram instantaneamente, pesarosos o fitavam, as delicadas mãos o buscava e ele se afastava.— Você não entende? Somos como água e óleo, presa e predador, Cloe. Não é fantasia nem novela Mexicana, eu sou cativo, não sou livre como aparento ser. Você mesma acabou de dizer e está certa, sou um gangster, trabalho para Paco, e todos sabem, seus pais sabem e estão certos
DOCE PRIMEIRA VEZCloe ouvia ao fundo os barulhos dos carros, buzina, mas o que mais a dilacerou, foi ouvir o choro baixo de sua mãe. Eles deviam estar procurando-a até agora. Ela vira as inúmeras ligações dos pais e de Peter só agora.“ — Confiem em mim, por favor, não vou deixar os estudos, Túlio deseja que eu continue também e mesmo que ele não desejasse, ainda assim eu continuaria, estou apaixonada, mãe, mas não estou cega e não vou jogar meus estudos, não vou jogar fora todo o investimento que fizeram por mim.”Cloe falava com a mãe, o celular colado ao ouvido, mas os olhos em seu amor e ele acenava a cabeça, orgulhoso para o que ela dizia à mãe. Concordava com ela com a cabeça, sentindo-se aliviado que ela não fosse deixar seus sonhos. Ele a amava exatamente assim e também por isso.“ — Podemos nos encontrar com você no colégio, filha?” – Liz lhe perguntou, engolindo o choro e tentando impor à voz firmeza para deixar para depois o choro, agarrava-se a ideia de que a filha contin
DOCE PRIMEIRA VEZ— Quero estar com você, Túlio – ela falou e viu que ele se ajeitou melhor na cama, ele deveria estar em seu quarto, ela via a cabeceira da cama por trás da cabeça dele, o travesseiro e ao dizer isso, pareceu que os olhos dele brilharam um pouco mais. – Não me importaria de faltar às próximas aulas, acabei de dar um show para a diretora e o professor, modéstia à parte, sou muito boa, sabia? – ela falou, zombando e ele riu gostoso, pensou um pouco e falou:— Coloque umas trocas de roupas na sua mochila, te pego em uma hora.Ele cortou a ligação e novamente ela sentiu a emoção lhe assaltar. Colocando-se de pé, saiu como uma maluca enfiando roupas em sua mochila. O banheiro ficava no corredor e era usado por todas as alunas daquele andar e Cloe o encontrou vazio, na certa as estudantes estavam em aulas. Tomou um banho caprichado, se vestiu e saiu da faculdade sem ser vista. Esperou-o do outro lado da rua e quando ouviu o barulho da potente moto dele, a alegria a inundava
LAYLATúlio se levantou cedo naquela manhã, antes de Cloe acordar e foi à casa de sua avó. Não gostava de deixar a avó preocupada e não a avisara de que dormiria em seu canto – era assim que chamava a casa que em sua cabeça, era agora dele e Cloe – , se bem que a avó sempre imaginava que ele estava lá, quando não aparecia. Houveram vezes em que ele se envolvera com a gangue inimiga e precisou ficar uns dias escondido até baixar a poeira, mas sempre dava um jeito de avisar a avó. Sua mente ficava tranquila em relação à avó, pois nenhum idiota, fosse de qual gangue, jamais ultrapassaria o limite e iria na casa da avó dele.Túlio era protegido também por alguns policiais.— Você não tem mesmo vergonha na cara de chegar aqui fedendo a sexo! – Lazinha acordava muito cedo, antes de o sol nascer e não abria mão de preparar o café em seu fogão de lenha. Foi do lado de fora que Túlio a encontrou, no fogão de lenha debaixo das telhas que ele mandara colocar para que ela preparasse as coisas na
ESCOLHA — Cloe, meu amor, mão acho que seja uma boa ideia isso – Túlio saiu do bairro onde ficava a faculdade ela e parou em uma rua, tirou o capacete e retirou o dela também, olhava nos olhos dela com carinho. – Penso igual seus pais em relação aos seus estudos, meu bem. Gostaria muito que terminasse a faculdade. — Túlio, você não entende… eles nunca aceitarão você. Ela gagueja e havia tanta dor em seu olhar. Túlio a abraçou forte. Ele a entendia. Ele mesmo quisera se manter longe da vida dela, sabia que os pais dela não estavam errados de querer afastá-la dele, mas não tivera forças para se manter longe. — Vai dar tudo certo – falou e a beijou, sentindo o gosto salgado das lágrimas dela. — Eu te amo, não me deixe. — Nunca! – ele a afastou, segurou-lhe os dois ombros. – Você é minha vida, entendeu? Nunca a deixarei e quero que saiba, que se quiser me deixar um dia, que se for demais para você… — Não fale isso, Túlio, por favor. — Deixe-me terminar, Cloe. Se um dia quiser acaba
Depois de sua verborragia, ela puxou o cabelo dele com força e esmagou a boca dele na sua.E ele a fodeu com a língua e como dedo e ela teve um orgasmo visceral.Tomaram banho juntos. Ele esfregou-lhe as costas, beijou-a com carinho e ao saírem do banheiro, ela usando uma camiseta dele que lhe ia aos joelhos, bateram à porta e ela achando que era Layla a lhes trazer alguma guloseima, corou até a raíz dos cabelos ao se deparar com Sonja e Steve ali. O coração dela foi à boca. Ali estavam seu professor e a diretora da faculdade. — Filha – e como desgraça pouca é bobagem, seus pais estavam ocultos atrás do dois parados à sua frente.Ela ouviu Túlio falar baixinho “ Porra!” e ir para o quarto.— O que estão fazendo aqui? – ela perguntou e sua voz saiu esganiçada.— Viemos ver se conseguimos fazer você ver a luz, filha – seu pai respondeu. Dessa vez ele falava, não a mãe, coisa incomum. O coração dela não se acalmava.— Cloe, vimos potencial em você – falou Steve, seu professor condecorad
— Me passe o endereço de onde Kátia está e o seu endereço. – Túlio anotou o endereço passado pelo homem que o agradeceu efusivamente antes de ir embora.— Fio – sua avó tinha ouvido e não se intrometeu, não fazia mais isso. – Você não pode se meter nisso, se a menina quis ir morar com o rapaz, é porque quis, uai, deixa isso quieto pelo amor de Deus!Layla sentia desespero toda vez que alguém procurava seu neto para ajudar em algo. Quando ele era mais novo, ela interceptava as pessoas que vinham em busca de ajuda aos gritos e muitas vezes e teve algumas vezes, em particular, que ela deixava baldes de água ao lado do portão e jogava na cara, tão logo a pessoa perguntava pelo neto. Há anos ela não fazia mais isso, mas de importava e tentava, com drama e lágrimas demovê-lo de algumas “roubadas”, como dizia ela, tentava impedi-lo de se interferir.— A senhora ouviu o pai dela dizer que a garota tem quinze anos, vó? – perguntou, tentando se controlar e não ser grosso com a avó.— Me casei a
Agora, enquanto acalentava Cloe, essa lembrança lhe veio à mente. Ele nunca se envolveu com uma menor, mas a sensação de tirar Cloe de casa permanecia. Apesar dos pais dela o odiarem, ele sentia pena deles, amavam a filha e desejavam o melhor para ela, como o pai de Kátia. Cloe acabou adormecendo e ao acordar, os olhos inchados, sorriu para ele, aquecendo-o por dentro com o sorriso que ele tanto amava.À noite bateram novamente no portão e ela estremeceu, achando que eram os pais de novo, mas era um perueiro chamando-a. Túlio ajudou o homem a descer e levar o piano que os pais enviaram para a filha. Cloe deu pulinhos e bateu palmas quando viu seu amado piano.Naquela noite ela tocou para seu amado gangster por horas. Ele se deliciou com músicas que ela lhe tocava, de olhos fechados e imersa em seu mundo particular, vestindo uma regata dele, que deixava a tatuagem à mostra, ela se entregou ao que amava, sua música. E isso virou rotina para eles, todos os dias ela tocava quando ele ch