CAPÍTULO DEZESSEIS

O coração dela martelava a caixa torácica. Peter estava com o queixo apoiado no ombro dela e assistia a cena. O irmão estava como ela, rindo e pareciam que os dois irmãos assistiam a uma corrida de moto, a janela do carro era a tela de uma TV e, embasbacados, torciam para que o motociclista vencesse.

Túlio sentia um frenesi. Cloe estava certa ao pensar que ele pensava nela. Estava certa ao pensar que para ele era o mesmo que para ela. Ela não lhe saía da cabeça um segundo sequer! E, ao contrário dela, ele já amava há anos. Só não sabia até conhecê-la de fato. Ele a vira anos antes naquela janela, ainda tinha o som do dedilhar dela ao piano. Tão mais jovem, tão inocente e quando lhe sorriu através da janela, fizera o sangue dele bombar mais rápido em suas veias. Cloe povoou seus pensamentos por todos aqueles anos, estava guardada e tatuada em sua mente como uma fotografia, uma obra de arte em que se põe os olhos e sempre que pode, você busca em seus arquivos de memória e se sente aqu
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