Os elfos são um povo mágico, de graça espiritual, vivendo no mundo, assim como todos os hud. Divididos pelas 5 grandes casas élficas, vivem em lugares de beleza inigualáveis, no meio de florestas antigas ou nas próprias cidadelas espalhadas pelo continente. Tais seres são apaixonados pela natureza, pela magia e pela arte. Cada raça de elfo possui a própria aparência e características, fazendo com que o povo de Guardia fosse completamente diferente de Jörfann. Parecia até que estava dentro de um dos livros que roubara da biblioteca do Santuário quando criança. Guardia era o melhor significado de “paraíso” que se poderia encontrar. Entre as árvores de Niwloedd, no ponto onde a floresta era mais verde e aonde as brumas não chegavam, viviam os elfos guardianos: um povo recluso em sua própria comunidade e que preferia se manter alheio à maioria dos conflitos que ocorriam sobre a terra. As moradas permaneciam acima do chão, construídas em volta dos grandes carvalhos guardianos que eram tã
Eram centenas de elfos espalhados pela floresta ao seu redor e aquele que estava sentado ao lado do velho Runnik também não era nada amigável. Não podia entregar-se completamente, mas também não achou que mentir seria uma boa alternativa. Então Gale puxou a malha de dragão negro e encarou a marca gravada pelas cinzas dos filhos da Luz em sua pele. — Esta é Samhain, o Outono. Estou em jornada para reconstrui-la e reparar o equilíbrio. — Foi direto. Em sua mente, talvez fosse melhor não mencionar que o Santuário da Luz estaria enfraquecido, ou que sua posição enquanto Sentinela fora ocupada há poucos dias. O jovem focou em informações mais óbvias que deduziu que já soubessem. — Era o que temia… — O ancião alisou a barba de maneira apreensiva e olhou para o companheiro elfo que tinha os olhos presos no garoto humano. — Perdão por nossos modos. Esse é Yew Navarre, meu afilhado. — Runnik apresentou o aventureiro. O rapaz o cumprimentou, mas não teve resposta. — Não se preocupe, ele co
O filho do desmonte Deve buscar os horizontes — É lógico de se pensar que o “filho” seja o Sentinela de Outono. — Gale mordeu os lábios. Sentiu-se muito arrogante falando de si mesmo como se fosse outra pessoa. Por um momento havia se esquecido de que aquele título agora caía sobre si. — Tenho motivos para acreditar que seja Yew, ele tem relações com os filhos da Luz. — O ancião alisou a barba pensativo. — Sem contar que Samhain indiretamente o trouxe até aqui. Algo que não acontecia há… muito tempo. — Que tipo de relações? — Durante todo o tempo em que viveu no Santuário, nunca estudou sobre a presença de elfos guardianos por lá. Yew deveria ser um caso especial, que conseguiu atrair a curiosidade do rapaz. — Ele não se lembra. — Runnik deu de ombros. — Como? — Ficou incrédulo. Não era possível alguém simplesmente não se lembrar de ter contato com os filhos de Luxord. — Nós vivemos por muito tempo e, para alguns é difícil permanecer no mesmo lugar. Yew já realizou muitas pro
O elfo encarou o jovem Sentinela, que estava com uma tentativa de sorriso nos lábios, que logo sumiu após ser intimidado por aquela cara selvagem e furiosa do elfo aventureiro. Então os dois andaram depressa para alcançar o guardiano mais velho que já se distanciava deles. — Gale, cuide para que ele não faça nenhum tipo de besteira — Pai Runnik pediu seriamente. Yew era como um filho para ele e, não gostaria de perdê-lo. — Então, para onde iremos? — perguntou. — Dois dias apressados a oeste, se não, três — o elfo mais jovem respondeu. — É muito tempo! — protestou o humano. O rapaz já havia perdido um dia de caminhada até Tarian, as coisas não estavam saindo como o planejado. Quanto tempo mais o Santuário resistiria? — É necessário, Gale. A profecia diz que vocês precisam do Horizonte. — Runnik foi direto. Conhecia as consequências de uma viagem mais demorada, porém, era a única alternativa que tinham. — Partiremos ao amanhecer. Alabaster estava com fome e muito frio. Já fazia
Não é nada fácil viajar floresta adentro com um elfo.Gale havia permanecido o dia anterior inteiro calado, a mando do aventureiro guardiano que o guiava e não abria espaços para quaisquer conversas. Um pouco de ânimo o havia contagiado ao saber que teria companhia em sua jornada através de Cylch, porém, tudo o que havia recebido até então foram algumas caras carrancudas e reclamações murmuradas da criatura de olhos esmeralda.O terreno em si não era muito diferente do que vira até então em Niwloedd, toda a terra por aqueles arredores era formada por bosques e florestas densas, onde possivelmente passariam boa parte de sua jornada. A única mudança visivelmente clara eram as brumas que há muito foram deixadas para trás, possibilitando que os dois pudessem admirar a criação da natureza ao redor deles.O caminho até ali teve pouco contato com outros seres e criaturas da floresta, o que deixava Yew inquieto. Gale supunha que talvez fosse por influência de Samhain, que afastava o mal de pe
Gale continuou atrás de Yew enquanto o mesmo ia abrindo caminho entre a mata densa quando os dois finalmente chegaram ao limite do complexo de árvores e encontraram seu destino. O aventureiro de orelhas pontiagudas vislumbrou o gigantesco campo aberto e gramado que circundava as ruínas do paraíso élfico. Hanfold. Disse Yew para si mesmo. O templo de Biogu era o local de encontro das cinco grandes famílias élficas no dia da Luz onde outrora foi cercado de flores e vida. Agora, eram somente ruínas. A grande construção circular era feita de pedra rúnica tombada de modo que refletia a Luz proveniente do Sol e iluminava os arredores dando um leve tom dourado para a grama em volta. Infelizmente o tempo não havia sido gentil com o lar dos elfos. Boa parte das paredes estavam caindo aos pedaços, desfazendo-se, havia alguns buracos no teto que permitiam com que chuva e umidade adentrassem no ambiente sem serem requisitadas enquanto raízes se alastravam em volta de todo o lugar encontrand
Gale continuou atrás de Yew enquanto o mesmo ia abrindo caminho entre a mata densa quando os dois finalmente chegaram ao limite do complexo de árvores e encontraram seu destino. O aventureiro de orelhas pontiagudas vislumbrou o gigantesco campo aberto e gramado que circundava as ruínas do paraíso élfico. Hanfold. Disse Yew para si mesmo. O templo de Biogu era o local de encontro das cinco grandes famílias élficas no dia da Luz onde outrora foi cercado de flores e vida. Agora, eram somente ruínas. A grande construção circular era feita de pedra rúnica tombada de modo que refletia a Luz proveniente do Sol e iluminava os arredores dando um leve tom dourado para a grama em volta. Infelizmente o tempo não havia sido gentil com o lar dos elfos. Boa parte das paredes estavam caindo aos pedaços, desfazendo-se, havia alguns buracos no teto que permitiam com que chuva e umidade adentrassem no ambiente sem serem requisitadas enquanto raízes se alastravam em volta de todo o lugar encontrand
— Mas não fique tão emburrado assim, nós somos do bem. Pelo menos, tentamos. — O elfo deu-lhe uns tapinhas nas costas. — Se afaste um pouco, temos somente mais alguns instantes de Luz aqui dentro hoje, o que significa que eu não posso errar. Yew pôs se a ficar dentro do círculo de runas que acabara de consertar, ajeitou a postura, estendeu os braços para frente e fechou os olhos: — Nos céus brilha aquele ao qual descarrega sobre nós a divina Luz. Tuas poderosas chamas rompem a escuridão, purificam as trevas e assim como um farol guia aqueles que se perderam… — O elfo parou por um breve momento e abriu um dos olhos para encarar o Sentinela que o observava atentamente fora do círculo. — Como era o restante mesmo? Gale pareceu não entender muito bem. — Me ajude a lembrar! — exigiu o elfo. — Como eu vou saber!? Você quem é o elfo aqui, achei que a memória de vocês fosse melhor! Enquanto os dois discutiam tentando lembrar os versos da canção, o Sol passou a mover-se novamente e o rai