– Daqui a pouco irá escurecer, Dante – Amber comentou, olhando para cima – Vamos ficar aqui mesmo? Ficará muito frio.
– Não se preocupe, Amber, eu posso manter meu calor corporal com magia.
– Acho que, no final das contas, estas pastas não foram muito úteis – Sam falou, enquanto olhava para uma das páginas que Dante deixara no chão para que ele pudesse ler.
– Não seja tão pessimista, ainda não lemos tudo que tem ai – Dante disse, otimista.
O aprendiz sentiu uma fisgada em seu peito. Desde que sentira June através da ligação entre ela e Sam feita pelo heptagrama de Vincent, Dante havia colocado algo como um fio guia, que permitia que ele sentisse essa conexão muito fracamente, para não perder seu objetivo de vista, que era se teleportar até onde ela estava.
Por alguma
Vincent concentrou toda a energia que estava sugando daqueles que mais amava, a energia que fazia deles quem eram, que os mantinham vivos. Ele se elevou no ar e podia sentir sua trança tremulando atrás de seu corpo e suas vestes ondularem ao seu redor.Ele notou Salvatore o encarando, enquanto ainda lidava com as investidas de Maximus.Talvez, agora, pudesse matar Salvatore Lex e acabar de uma vez por todas com todo esse problema, poderia deixar Ellie finalmente livre e todos os demais seguros. Se não fosse um covarde, poderia matar Maximus também, mas sabia que não conseguiria.– Maximus, libere a barreira ao redor do castelo.Imediatamente, Max cessou os ataques e fez um gesto com os braços, como se fizesse um círculo no ar com ambas as mãos simultaneamente, uma em sentido horário e outra em sentido anti-horário. E, fácil assim, a barreira foi desfeita, agora, todos
Bulaklak adentrou o quarto depois de mais ou menos dezoito horas desde o ataque de Ellie. Agora, ela estava deitada na cama, totalmente encolhida, abraçando as próprias pernas. O cômodo ainda permanecia congelado, as estacas no teto e nevava levemente, tanto que a superfície de Ellie estava coberta por uma fina camada de neve acumulada.Dimitri veio voando por perto e pousou na mesinha de cabeceira que tinha ao lado da cama, ele deu alguns pulinhos no lugar com seus olhos focados na menina.– Vermelho! Vermelho!O duende se aproximou, escalando a cama até sentar-se ao lado da menina. Havia uma fina camada de geada no rosto dela, onde antes haviam lágrimas. Também tinha flocos de neve minúsculos em seus cílios e presos nos cachos ruivos de seu cabelo.– Ellie. Está tudo bem?Os olhos dela se abriram como duas flores desabrochando, mas ela não os focou
Bash ajudou June a se sentar, o que foi algo tremendamente incomum. Ela não estava acostumada a nada tão cuidadoso vindo de Sebastian. Ele afofou o travesseiro atrás de June para que ela ficasse confortável e ela franziu o cenho para o familiar.June olhou ao seu redor, reparando no lugar estranho que a rondava. Estava em um pequeno quarto sobre uma cama de solteiro de colchão fino, uma pequena janela retangular dava vista para o que parecia uma viela, com um sobrado logo à frente. Bash estava sentado em uma cadeira ao lado de sua cama. Fora isso, havia um pequeno armário, uma mesinha com um jarro de água e uma bacia, além de dois quadros presos à parede de desenhos de casas.– Onde nós estamos? – June quis saber.– Em uma hospedaria. Minerva nos levou para a cidade que estava perto de onde estávamos e nos trouxe para cá.–
Dante havia conseguido caçar uma lebre com sua magia e agora a estava assando sobre a fogueira, girando-a em um graveto. Se alguém lhe perguntasse, Dante diria que não era particularmente chegado em carne de lebre, mas que escolha tinha? Estava faminto.Aquele incidente com Amber, cinco dias atrás, havia sido estranho. Ela ficou amorfa e descontrolada por cerca de uma hora, depois, tornou-se uma pequena chama pairando a poucos centímetros do solo. Dante conjurou uma nova lamparina onde a abrigou do tempo.Depois de dois dias, Amber voltou a consciência, mas não sabia explicar o que tinha acontecido, não tinha lembrança daquela hora estranha que passara. Mas ela havia dito que a única coisa diferente que sentiu foi sua ligação, criada pela marca do heptagrama que ela possuía e que a mantinha conectada com Vincent, não existia mais, desaparecera.Sam achou o fato curio
Vincent sentia seu corpo dormente e rígido, algo cutucava suas costelas e tudo parecia doer.Quando tentou se mexer, suas articulações estalaram e sua pele descolou como se estivesse congelada uma na outra e, isso, o fez soltar um gemido de dor. Conseguiu abrir os olhos com um pouco de esforço e notou que era o início da manhã, o sol estava fraco.Ele se sentou com certo esforço e sentiu várias coisas ao mesmo tempo. Primeiro, sua boca estava completamente seca. Segundo, havia um vazio enorme em seu estômago. Terceiro, suas roupas todas estavam completamente úmidas pela neve. Quarto, suas articulações estavam doloridas, assim como algumas partes de seu corpo. Quinto, sentia certas queimaduras em regiões especificas, como metade do rosto, mão e pescoço, as exatas partes de seu corpo que estavam expostas a luz solar.Não estava usando seu anel do sol, por
Maximus estava pesando um pedaço de fígado na balança de seu laboratório. O fígado era um órgão primoroso, mesmo que fosse retirado uma parte dele, o que restara ainda era capaz de se regenerar e se manter ativo. Ele gostava de estuda-lo sempre que possível.Tirou o órgão da balança e o colocou sobre um lenço de seda. Era uma de suas encomendas mais recentes e Maximus estava verificando se o tecido estava saudável e viável.Viu, pelo canto do olho, Salvatore se aproximando. Estava mais recomposto depois que Maximus curou suas feridas e suas costelas fraturadas, tinha dito para ele descansar por pelo menos um dia, por usar tanto sua mágica, mas já era óbvio que ele não o ouviria. Salvatore usava agora uma calça azul marinho justa, botas pretas de couro, um longo casaco igualmente preto e uma camisa branca por baixo. O cabelo escuro preso e
Maggie se debatia na cama quando acordou assustada, a respiração rápida e o coração aos pulos enlouquecidos. Estava frio, muito frio, mesmo sob duas colchas grossas aquela estalagem era muito fria.O Garten era sempre quente, ela também não costumava dormir sozinha, e sentia falta do corpo quente de Iris ao seu lado. Sentia saudade das meninas. Às vezes, sentia falta do próprio Garten, embora não sentisse saudade de satisfazer os homens que iam lá.Estava sozinha naquele quarto escuro. Sozinha.Embora essas últimas semanas estivesse na presença de June e Bash, Maggie se sentiu completamente solitária o tempo todo. Sentia-se uma intrusa. Uma parasita. Aqueles dois eram próximos, embora não muito amáveis um com o outro, mas se importavam verdadeiramente e se preocupavam. Ela era apenas alguém que conheciam a pouco.Sentia saudade de
A grande estátua de Hécate tinha dez metros de altura e era feita de mármore, partes de sua roupa eram feitas de prata e bronze, como peitoral, obreiras, um cinco, e braceletes. Preso a sua cabeça estava o símbolo das três luas, também moldado em prata, um disco rodeado por duas meia luas, uma crescente e outra minguante. Em suas mãos ela carregava, na esquerda, um grosso livro feito de pedra e bronze e, na direita, um cajado de madeira, cuja extremidade havia uma esfera de cristal. Seu cabelo ondulado esculpido no mármore caia-lhe por sobre os seios e pelas costas. Seus olhos, bem abertos, eram ônix que cintilavam com a luz mágica.Salvatore sempre gostou da estátua, apesar de não significar nada para ele. Não era um dos devotos de Hécate e, se os bruxos fundadores do Conselho pudessem ver isso, provavelmente se contorceriam de raiva e agonia.O Conselho da Magia, in