Mailen tenta resistir o máximo que pode, mas algo no olhar e na atitude de Manuel a avisa que se meteu com o homem errado. Mesmo assim, continua ameaçando acabar com sua vida se ele a tocar.
—Você não acabará com ninguém… Você vai me implorar para que eu te faça minha quando eu terminar com você —diz Manuel com uma segurança que a estremece—. Você fará.—Solte-me…, solte-me…! Maldito doente…! —Manuel não a solta e o medo se apodera dela, começando a chamar—. Guardas…, guardas…, ele quer me violar… Ele quer me violar…! Solte-me, bastardo, eu não sou a tonta da Camelia! Sou a mulher mais poderosa que você vai conhecer em sua vida nojenta!Outra bofetada a faz se contorcer, tentando se libertar do aperto do homem, que agora parece engrandecido, com todos os músculos coOs guardas do senador Hidalgo observam tudo o que acontece entre eles a partir das telas das câmeras de segurança, mas não os interrompem. Continuam gravando-os sem que eles saibam.—Você tem certeza de que o chefe disse que não devemos intervir no que acontece entre eles, Leoncio? —perguntou o mais jovem.—Sim, ele quer que eles se castiguem um tempo antes de entregá-los à polícia, se é que o fará —respondeu o chamado Leoncio.—Será verdade o que disse Manuel, que ele é um assassino? —continuou perguntando o jovem, sem deixar de observar a cena—. Até agora não encontramos nada, além do assédio à filha pequena do chefe e trabalhos sujos, nada que indique isso.—Informaremos ao chefe para que mande averiguar as tumbas vazias atrás da casinha do vigia no cemitério que ele acabou de mencion
No hospital, os esposos Rhys chegam quase correndo ao quarto onde os esperam Marlon e Marcia com seus filhos felizes. Atrás deles, Ismael e Sofía, de mãos dadas. Batem na porta suavemente ao chegar, para depois abri-la ao não obter resposta. Entram e ficam sem poder acreditar no que têm diante deles.Na cama, Marcia e Marlon, deitados de cada lado, abraçam quatro pequenos que são suas cópias, enquanto sorriem dormindo. Ismael e Sofía também os observam, sem compreender. O senhor Rhys faz sinal para que saiam. Eles o fazem e se afastam um pouco do quarto, que é vigiado por vários guardas.—O que significa isso, papai? —pergunta Ismael.—Isso que você viu significa que você tem quatro sobrinhos que surgiram do nada, e nós quatro netos —responde o senhor Rhys, sem deixar de sorrir ainda com incredulidade.—O quê? Não
Camelia ri feliz com Clavel, que a abraça e beija a todo momento, enquanto lhe conta coisas sobre sua vida na fazenda, onde tem um quarto lindo para ela. Sua mãe e ela, sempre que compravam coisas, também o faziam para Camelia. Elas conversavam enquanto avançavam, seguidas de Ariel, de mãos dadas, até chegarem ao quarto onde já estava a senhora Gisela.Ao lado dela está a mãe de Nadia, que ao vê-las fica com a boca aberta, olhando ora para Camelia, ora para Clavel.— Eu sabia —diz repetidamente—, sabia que você não poderia ser filha desses monstros. Desculpe, Gisela, mas acho que seu filho foi trocado; se não se parecesse tanto com o pai fisicamente, eu garantiria. Porque nem seu marido nem ela eram más pessoas. E estou percebendo que o que me disse uma vez é verdade. Ela tem que ser sua irmã, Camelia, me diga que não estou errada.&md
O senhor Rhys sempre foi um homem muito justo e misericordioso. No entanto, agora sente que seu tempo está se esgotando e quer resolver as coisas com seus filhos antes de partir. Ele vem pensando nisso há muito tempo, desde que soube de sua doença. O primeiro da lista era Ariel, o que mais o preocupava, e aparentemente ele estava conseguindo. O segundo era Ismael, seu filho que ainda estava preso aos horrores da guerra. Ele sentiu que havia chegado o momento de enfrentar essa situação. Por isso, olhou para sua esposa com seriedade.— Não intervenha nisso, Aurora. Eu os deixei sozinhos porque de alguma forma eles se complementam, mas isso não pode continuar assim —continua falando muito sério o senhor Rhys—. Você, Ismael, não pode continuar levantando-se à meia-noite para correr como um louco por toda a propriedade com uma arma, sem conhecer ninguém, com Sofía atrás
Rapidamente, o sentam em uma cadeira enquanto Aurora traz sua medicina, realmente assustada. Ismael e Sofía se olham, sem saber o que fazer, mas estão aterrorizados. Não querem que aconteça nada com o senhor Rhys por causa deles. Depois de alguns minutos, em que ele se recosta com os olhos fechados, o senhor Rhys os olha e respira fundo antes de continuar:— Quanto ao bebê, se vocês ainda não o querem quando a terapia terminar, Aurora e eu nos encarregaremos dele se Mano não puder. Está claro? —Eles assentem ao ouvi-lo—. Vocês cuidarão dele enquanto cresce em seu ventre, farão exatamente o que os médicos ordenarem, e iremos com vocês para vigiá-los. Essa criatura não pediu para vir ao mundo; o mínimo que merece é crescer saudável e forte. É um Rhys, um Rhys! Se Mano não puder cuidar dele, será meu filho. Entendid
Marlon pega Ariel pelos ombros, forçando-o a olhar fixamente para ele. Apesar de não ter feito o teste de paternidade, está convencido pelo que Maria Graciela lhe assegurou: que são seus. Por isso, enfrenta seu irmão assustado, porque, mesmo que sejam de Ariel, ele nunca os aceitará.— Você sabe muito bem que nunca menti para você —diz Marlon com firmeza—. Não estou te enganando, são realmente meus. Fomos nós que fomos enganados. Não sou estéril; posso ter filhos. Vamos respira, você está branco como um papel. Te juro que não estou te enganando! São realmente meus! Você não vê que são a minha cópia e Betty é igual a Marcia?— Mano, se você está fazendo isso para que eu não me sinta mal, não faça. Quero saber a verdade —insiste Ariel, que não se sente
Clavel fica pensativa ouvindo seu pai. A essa altura, Camilo Hidalgo não sabe o que pensar nem o que esperar. Depois de descobrir o que o doutor Hernández fazia, tudo é possível. Lirio lhe dissera que haviam obtido vários embriões.—Está bem, eu farei. E o outro que você mandou investigar? —Clavel agora concorda com seu pai; quem sabe se ele tem mais irmãos espalhados.Então, ela acompanha a enfermeira até o quarto, sem parar de vigiar, até que vê um segurança saindo de trás da coluna. Respira aliviada; talvez esteja sendo um pouco alarmista, pensa. Embora não goste do olhar que o homem lhe dedica, isso a faz sentir-se intimidada. Ela pega o telefone e liga para Mariano.—Diga, senhorita —ele responde no primeiro toque.—Preciso que você venha ao hospital agora. Já disse ao papai e ele disse que sim. Quero que n&
Todos se levantam, abraçam e parabenizam Marlon. A alegria e felicidade agora na casa da família são transbordantes. O jantar é servido e eles riem diante do alvoroço das crianças descendo as escadas, com Marcia assustada atrás. Já colocaram cadeiras na mesa para elas; a cada momento chega um carro diferente trazendo algo que compram entre todos. É como se de repente a casa ganhasse vida. A expressão do senhor Rhys mudou completamente, principalmente porque sua neta não para de ficar perto dele e o chama de "meu vovô".Depois de terminar o jantar, todos saíram para o terraço, observando as crianças brincarem felizes com seus múltiplos brinquedos que não paravam de chegar. Camelia e Ariel se despediram para subir ao seu quarto, pois precisavam voltar ao hospital. O senhor Rhys, cansado de brincar com seus netos, os deixou sob os cuidados de Aurora, Ismael e