Marlon pega Ariel pelos ombros, forçando-o a olhar fixamente para ele. Apesar de não ter feito o teste de paternidade, está convencido pelo que Maria Graciela lhe assegurou: que são seus. Por isso, enfrenta seu irmão assustado, porque, mesmo que sejam de Ariel, ele nunca os aceitará.
— Você sabe muito bem que nunca menti para você —diz Marlon com firmeza—. Não estou te enganando, são realmente meus. Fomos nós que fomos enganados. Não sou estéril; posso ter filhos. Vamos respira, você está branco como um papel. Te juro que não estou te enganando! São realmente meus! Você não vê que são a minha cópia e Betty é igual a Marcia?— Mano, se você está fazendo isso para que eu não me sinta mal, não faça. Quero saber a verdade —insiste Ariel, que não se senteClavel fica pensativa ouvindo seu pai. A essa altura, Camilo Hidalgo não sabe o que pensar nem o que esperar. Depois de descobrir o que o doutor Hernández fazia, tudo é possível. Lirio lhe dissera que haviam obtido vários embriões.—Está bem, eu farei. E o outro que você mandou investigar? —Clavel agora concorda com seu pai; quem sabe se ele tem mais irmãos espalhados.Então, ela acompanha a enfermeira até o quarto, sem parar de vigiar, até que vê um segurança saindo de trás da coluna. Respira aliviada; talvez esteja sendo um pouco alarmista, pensa. Embora não goste do olhar que o homem lhe dedica, isso a faz sentir-se intimidada. Ela pega o telefone e liga para Mariano.—Diga, senhorita —ele responde no primeiro toque.—Preciso que você venha ao hospital agora. Já disse ao papai e ele disse que sim. Quero que n&
Todos se levantam, abraçam e parabenizam Marlon. A alegria e felicidade agora na casa da família são transbordantes. O jantar é servido e eles riem diante do alvoroço das crianças descendo as escadas, com Marcia assustada atrás. Já colocaram cadeiras na mesa para elas; a cada momento chega um carro diferente trazendo algo que compram entre todos. É como se de repente a casa ganhasse vida. A expressão do senhor Rhys mudou completamente, principalmente porque sua neta não para de ficar perto dele e o chama de "meu vovô".Depois de terminar o jantar, todos saíram para o terraço, observando as crianças brincarem felizes com seus múltiplos brinquedos que não paravam de chegar. Camelia e Ariel se despediram para subir ao seu quarto, pois precisavam voltar ao hospital. O senhor Rhys, cansado de brincar com seus netos, os deixou sob os cuidados de Aurora, Ismael e
O senhor Rhys responde ao filho que lhe cede as rédeas da casa e da família. De agora em diante, deverá ser ele quem tomará as decisões. Ele se dedicará a descansar e a ser feliz com seus netos. Marlon aceita e conta que Maria Graciela não tinha mais ninguém no mundo. Por isso, e por tudo o que ela fez pelas crianças, queriam fazê-la parte da família, o que é aceito por unanimidade.Enquanto isso, Ariel e Camelia precisam voltar ao hospital, por isso subiram ao seu quarto para tomar um banho e trocar de roupa antes de ir ficar com a avó.—Deus, Cami, que susto eu passei! —diz assim que entram no quarto.—Só você? —responde ela da mesma forma—. Já me via com eles; por pouco eu tenho um infarto, não te minto, fiquei apavorada. Mas se fossem seus, eu os teria criado.—Sério, linda? —pergunta Ariel, incr
Camelia percebeu seus dentes prendendo seu botão com delicadeza, fazendo-o explodir escandalosamente, sem se lembrar de onde estavam. Ariel subiu, sentindo-se vitorioso, lambendo os lábios diante dos olhos abertos e surpresos de Camelia, que lhe sorriu levantando os braços para abraçá-lo.Deixou-se abraçar enquanto se afundava nela até o fundo de uma única estocada, começando um movimento alucinado e desenfreado de entrar e sair, como se fosse uma corrida. Ele a precisava, a ansiava, voltou a beijá-la com fome, aceso, respirando tão descontroladamente que quase conseguia fazer sua Camelia explodir com apenas aquele beijo.Suas mãos a apertaram com força; os gemidos tornaram-se erráticos. Ariel parecia insaciável, alternando entre a boca de Camelia e seus seios, que mordia, provocando-lhe um enorme deleite sem parar de bombear com ímpeto. Nem mesmo para sua satisf
Camelia não responde de imediato. Não consegue esquecer aquele dia em frente ao prédio, onde eles não a defenderam de imediato, embora depois o fizessem. Suspira; na verdade, eles são tão fortes quanto Leandro, se não mais. O chefe de segurança insiste que são os melhores e que podem reconhecer Leandro em todos os seus disfarces; é melhor que fiquem com ela.—Sim, Ariel, estou de acordo —responde finalmente—. Eles caíram na mesma armadilha que eu, dê-lhes outra oportunidade.—Muito obrigado, senhora Camelia —dizem ambos, inclinando-se ao mesmo tempo—. Nunca mais a decepcionaremos.—Muito bem, rapazes, espero que não o façam, porque se o fizerem, nunca poderão trabalhar como seguranças; eu me encarregarei disso —fala Ariel com firmeza, olhando ao redor—. Apenas eles dois estarão cuidando da min
A senhora Gisela agradece de coração que Lirio tenha dito essas palavras. Embora esteja convencida de que ficaram com Camelia porque queriam conseguir algo com ela. Não sabe a quem saiu seu filho; nem seu pai nem ela lhe ensinaram isso. E sua nora Mariela, quando a conheceu, pensou que era uma garota decente, criada em sua casa, e acabou sendo pior que Pedro. A vida era muito cruel às vezes.A senhora Lirio a ouvia em silêncio, acrescentando que a compreendia muito bem. Sua filha mais velha era muito cabeça-dura e vivia dando dores de cabeça ao pai até conseguir que Camilo fizesse tudo o que ela pedia.—Pois sua Camelia é tudo o contrário disso; é muito dócil e boa garota —disse a senhora Gisela, acariciando a mão de sua neta—. Ela é um tesouro que espero que saibam valorizar e ajudar a ser feliz.—Já vejo, saiu à minha mãe; era
O silêncio se instalou no quarto. Camilo e Clavel esperam ansiosamente que Gerardo responda. Ele permanece pensativo, sem deixar de observá-los, até que finalmente quebra o silêncio.—E o que vai acontecer se der positivo? —perguntou, com um nó na garganta.—O lógico: eu te reconhecerei como meu filho. Você é adulto, mas se quiser, pode vir morar na fazenda conosco —respondeu com firmeza Camilo Hidalgo.—Se quiser não, tem que vir dirigir tudo! Você não vai escapar! —Clavel, entusiasmada com a ideia de que ele seja seu irmão, diz agitada.—Não se apresse, filha; vamos nos certificar primeiro. Por via das dúvidas, filho, vou te colocar sob escolta; qualquer coisa, peça ajuda —informa Camilo, que quase está convencido de que ele é seu filho—, e este é meu número de telefone pesso
Um grande alvoroço se forma ao redor deles. Todos os guardas se mobilizaram e os cercam, formando uma parede impenetrável. Ariel percebe que o tiro era dirigido a ele, porque Camelia estava atrás de Israel; ele era o alvo.—Como você soube? —perguntou, impressionado com a habilidade deles em protegê-los e reagir.—Vi o reflexo da arma quando o elevador começou a abrir —respondeu Ernesto, olhando para ambos, preocupado—. Estão bem, senhor? O tiro era dirigido a você.Ariel acena, apertando a assustada e trêmula Camelia entre seus braços, com um olhar de agradecimento para seus guardas. Convencido, ao vê-los agir, de que seu chefe de segurança estava certo, eles são muito bons. Ele os vê correndo e avisando que já podem descer e deixar que a polícia cuide de tudo. Depois farão a declaração, quando estiverem se