O Dilema de Anna
O Dilema de Anna
Por: Celmesquita
Um novo trabalho

Leonardo Peluso, Herdeiro do grupo Peluso, que se destaca na indústria de petróleo internacional. Após um acidente fatal de carro, desapareceu sem deixar nenhuma pista. Sua fortuna é cobiçada por muitos e por esse motivo, seus inimigos não são poucos.

- Como assim? Ninguém sabe onde se encontra o Léo?

- Calma Cláudia, é possível que ele não tenha sobrevivido ao acidente.

- Se não sobreviveu, onde está o corpo agora?

- Pode ter sido arremessado no rio, e a água levou.

- Temos que ter certeza, se ele aparecer e descobrir o que fizemos, estamos ferrados..

- A família Meireles estará acabada. Melhor que ele não apareça.

O tapa que Cláudia levou de seu pai, foi tão forte que ressoou pela sala.

Você só tinha que engravidar e se casar na família Peluso. resolveria todos os nossos problemas.

- Papai eu tentei. Mas o Léo não esquecia de usar preservativo.

- Você é uma inútil! O emprego de Saul está em risco se ele aparecer. Se a verdade vier à tona, estamos perdidos.

Anna chegou ao trabalho dez minutos atrasada. No momento em que ia abrir seu computador o ramal em sua mesa tocou.

- Bom dia Anna! A diretora Pretty pediu para você vir até sua sala.

- Certo, já estou indo.

Um tanto tensa Anna entrou no elevador e apertou o botão do sexto andar.

A quatro anos trabalhando no escritório de contabilidade, Anna era secretaria e constantemente chegava atrasada.

Deixava seu filho na creche e depois pegava um ônibus e um metrô para ir até a inovatec contabilidade.

Descendo no sexto andar deu um olá para a secretaria que a mandou entrar diretamente.

Bateu a porta do escritório de Carmen Pretty e entrou em seguida.

- Bom dia Sra Pretty.

- Bom dia Anna. - Levantou a cabeça e tirou os óculos. -Te chamei porque estou com uma cliente precisando de uma secretária urgente.

Anna não entendeu. Afinal já tinha um emprego de secretaria.

- Sra Pretty, eu sou secretária aqui.

- Então Anna, sei que você tem passado por momentos difíceis. Talvez seja a sua oportunidade de sair do aperto.

Realmente criar o filho sozinha não lhe era nada fácil. As vezes pegava trabalhos de escola para completar sua renda e, por esse motivo vivia extremamente cansada.

- O trabalho é em uma fazenda e o salário é bem generoso. Você terá moradia e alimentação inclusa.

- Em uma fazenda?

- Sim. O contratante está se recuperando de um acidente e precisa de uma boa secretária. Achei seu perfil muito adequado e o tempo que você ficar estará livre de aluguel e alimentação. Você conseguirá fazer uma boa economia.

- Sra Pretty não tenho como. Onde vou deixar Dominic ?

- Você poderá levá-lo. Seu horário será bem flexível. Já informei a contratante que você tem um filho e ela não se opôs. Até achou que por ter um filho, será mais responsável de que outras secretárias.

- Vou considerar sua oferta.

- Anna preciso de uma resposta ainda hoje. Se aceitar começa a trabalhar já na próxima semana.

Era quarta feira, Carmen tinha dois dias para encontrar alguém, era um favor para uma amiga que ela não podia recusar.

- Se você não aceitar, terei que arrumar outra pessoa.

- Sra Pretty e se não der certo?

Anna não podia se dar ao luxo de ficar desempregada. Por mais que trabalhe não consegue ter uma vida financeira tranquila.

- Você poderá voltar, as portas da inovatec estarão abertas para você. - Carmen a tranquilizou. - Você é uma excelente secretária Anna. Eu sei que não é fácil para você. Exatamente por isso estou te indicando para esse trabalho. E espero de coração que de certo.

- Eu agradeço por isso Sra Pretty.

- Ótimo. - Carmen se levanta pega uma pasta e entrega a Anna. - Da uma lida nos termos do contrato. Vou marcar um almoço para te apresentar a contratante. Se estiver tudo bem para você, já está dispensada para se organizar para o novo trabalho.

- Sim Sra Pretty.

Anna volta para sua sala e começa a ler o contrato.

O contra tinha duas vias de cinco folhas cada. O ponto principal do contrato era sobre tudo ser confidencial. O que levou Anna a pensar que tipo de trabalho era. Na terceira folha Anna perdeu até o fôlego. Não teria um salário mensal. Teria um pagamento de duas parcelas de quinhentos mil reais. Sendo a primeira após trinta dias de trabalho e a segunda em seu término. Esse valor Anna teria que trabalhar mais de dez anos para receber.

Porém, não deixa de se preocupar se não é uma atividade ilegal. Outro ponto e que não específica o tempo de contrato e se sente nervosa.

No horário do almoço, Anna encontra com Carmen na entrada do prédio.

- Vamos Anna. Stella já deve estar nos esperando.

- Sra Pretty estou com receio de aceitar esse trabalho.

- Porque Anna?

- Não e nenhuma atividade ilegal? - Ela diz meio constrangida.

Carmen rompe em gargalhadas e Anna não entende nada.

- Querida os Pelusos são muito ricos, dinheiro cai na conta deles igual água. Nada é ilegal. De onde tirou essa ideia?

- O salário é muito alto. Então...

- Você está pensando demais. Eles são de origem italiana e dominam o mercado de petróleo. Então não tem realmente que se preocupar.

- Mas nunca vi uma simples secretaria ganhar tanto.

- Anna o trabalho requer responsabilidade. Viver meses longe da cidade e abrir mão de sua rotina. Não e qualquer um que aceita. Mas com um bom salário já muda a visão. - Colocando dessa forma parecia correto. - Não pense que será um trabalho fácil. Por isso te escolhi. Você e bem sossegada, não vai sentir falta das baladas, bebedeiras e vida social intensa.

Conformada Anna segue para o almoço.

Estella Peluso e uma mulher que exala requinte. Já de vista vê-se que e de alta classe.

Bem vestida em um vestido vermelho, maquiada e coberta de jóias. Seus gestos são suaves e sua voz e baixa e agradável.

- Stella essa e Anna Ducan.

- Sra Peluso prazer em conhecê-la.

- O prazer é meu Anna. Sente-se por favor.

Obrigada pelo apoio. não deixa de dar sua opinião, ela é muito importante e ajuda a aprimorar meu trabalho.

bjs celmesquita

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