Anna rompeu em um choro convulsivo e Léo sentiu claramente que algo estava errado. Mesmo contra a vontade dela a abraça.
- Não chora Anna, vai ficar tudo bem. Eu estou aqui por você, pode contar comigo para o que for preciso. Só preciso que confie em mim. Anna chorou até ficar exausta, Léo a colocou na cama e a confortou até que dormisse, como se fosse uma criança. O estado de Anna era tão lastimável que Léo resolveu não insistir, mas estava determinado a descobrir. Ninguém chora tanto por nada, algo incomoda Anna e ele estava determinado a descobrir. Saiu do quarto e foi falar com Charles. - Investigue Anna. Quero saber tudo sobre ela, principalmente sobre o pai de Dominic. - Sim Sr. Peluso. Vou verificar imediatamente. Léo entra no elevador e vai para o seu quarto no terceiro andar. Todos os dias faz fisioterapia de manhã e a noite. Hoje, apesar de estar com a perna doendo, por duas vezes pegou Anna no colo, Não iria fazer, sua mente está repleta de Anna e também não dormiu direito. Na manhã seguinte recebeu a investigação sobre Anna. - Sr Peluso, Sra Anna nunca se casou. Deixou a faculdade aos dezessete anos, durante o primeiro ano e apareceu meses depois como o menino. - E o pai da criança? - Não encontramos nada sobre, bem sequer um namorado na época. - Descubra onde esteve durante a gravidez. Deve ter engravidado na faculdade. nenhum namorado? - Nada Sr. - A criança tem que ter um pai em algum lugar, ela se envolveu com alguém que a feriu profundamente. Continue procurando. - Certo Sr. Com licença. Anna levantou com os olhos inchados e seu humor não era dos melhores. Mal tomou café e quando se dirige ao escritório encontra Charles o chefe da segurança. - Bom dia Sra. - Bom dia Sr Charles. Eu preciso buscar um carro na cidade, será que poderia arrumar alguém para me levar? - Desde que o Sr Peluso autorize.. - Está bem. Ao entrar no escritório, a porta estava entreaberta e é claro que Léo ouviu. - Bom dia! - Bom dia Anna. Eu já providenciei um carro para você. - Eu já disse que não aceito. - Anna não pensa na segurança do seu filho? - Que tem haver? - O carro que você escolheu não é ideal para essa região. Em no máximo dois dias o seu carro chega. - Ok. Me passa o valor que vou providenciar o pagamento. - Não tem necessidade. Deduzo do seu pagamento no final. Anna senta a mesa e começa a trabalhar. Léo a observa por um bom tempo, tentando decifrar a mulher a sua frente. No meio da manhã, chega a equipe da Lamarctec para uma reunião com Léo. - Esperava vocês ontem. - Léo questionou o representante. Afinal pontualidade é tudo. - Desculpa Sr. O Sr Lamarc está na Europa e o filho da Sra Montenegro foi sequestrado. Simplesmente não tinha condições de vir ontem. - Já está tudo resolvido? Qual o envolvimento da Sra Montenegro? - Ela e a agente de TI responsável pelo seu projeto. Mas com o filho desaparecido, ela não tem nenhuma condição de acompanhar. Anna que não estava bem, ao saber da situação de Luiza perdeu a cor. Se levantou e saiu da sala, mas Léo percebeu a mudança. - Eu entendo. - Mas os técnicos farão a instalação e depois cuidamos da programação. - Façam isso. Dispensou o representante e foi procurar Anna. A encontrou no quarto e pela porta fechada ouviu o choro. - Anna abra a porta ! Anna engoliu o choro e responde tentando parecer normal. - Não estou me sentindo bem. Me dá um tempo e já volto a trabalhar. - Anna abra essa porta agora ou vou mandar arrombar. Alguns segundos depois ela abriu. - O que foi Anna? - Desculpa eu fiquei tocada com o sequestro da criança Montenegro. - Você os conhece? - Não ! - Ela não queria que ele soubesse de sua vida pessoal - Só pensei que se fosse o Dom eu morreria. - Entendo. - Deu um beijo leve em seus lábios e a abraçou por um bom tempo. - Fica aqui e descansa. Não precisa trabalhar hoje. Não acreditou na história, mas sabe que ela não vai se abrir com ele. De novo chama Charles, não iria ser difícil, afinal ele era um dos homens dos irmãos Hudd. - Vê se Anna tem alguma relação com Lamarc ou os Montenegro. - Sim Sr. Jef Hudd faz pessoalmente a segurança dos Montenegro e Ben Hudd faz a segurança do Lamarc. - Interessante. Vá e veja o que tem haver com Anna. - Entendi Sr. Anna está muito triste pelo sequestro de Theo, tudo que queria era estar com sua amiga de quem sente muita falta. Quando sair desse serviço, decidiu que iria procurar Luiza e Molly. Mas precisa controlar as emoções, Leonardo não precisa saber detalhes de sua vida. Pouco tempo depois Charles vem trazer a informação. - A Sra Anna era amiga da Sra Montenegro. Elas trabalhavam juntas e estudavam na mesma faculdade em Lagos. Depois do casamento da Sra Montenegro, a Sra Anna sumiu. Léo ficou pensativo, Anna disse que não a conhecia." Será que brigaram?"- Mais alguma coisa?- O namorado da Sr Montenegro também sumiu praticamente no mesmo período. Um ano e pouco depois, retornou como Adam Lamarc. Há pouco mais de um mês voltou a se identificar como kalel Montenegro.Com o seu desaparecimento a Srta Luiza Sulivan se casou com seu irmão kaleb Montenegro. Se separaram e daqui a cinco dias ia se casar com Kalel Montenegro.- Ia?- Está em todos os jornais de hoje que ele se casou na França com uma funcionária de sua empresa. Christien Turner.Léo deu um assovio.- Família agitada. Me mantenha informado sobre isso. E veja mais sobre a relação com Anna.- Entendido Sr.Léo analisou toda a situação e por fim tirou suas conclusões." Se Anna sumiu na mesma época que kalel então..."Buscou rápido a foto de kalel. Lá estava ele, cabelos e olhos negros, pele clara e parecia ser determinado.Dominic tinha os olhos verdes da mãe, os cabelos negros do pai, Ambos tinham pele clara." Anna teve um filho com kalel"Essa conclusão o enfureceu, não por
No escritório ele está muito feliz, vai ficar um bom tempo com Anna sentada ao seu lado e pretende esticar o tempo o máximo possível.- Senta aqui Anna. Você vai lendo para eu ver o seu grau de conhecimento.Obediente ela sentou e leu o texto na tela.- Nada mal. Pequenas discrepâncias que com a prática constante se corrige.Falou bem próximo ao ouvido dela, causando arrepios por todo o corpo. Seu cheiro almiscarado era tão gostoso quanto ele.Anna se pegou pensando como seria estar nos braços desse homem na cama.- Agora leia esse contrato para mim.Tinha que ir dificultando para ela, ou não conseguiria manter ela ao seu lado por muito tempo.O inglês de Anna não estava ruim. Ela entende bem, mas ao pronunciar se atrapalha. Léo estava adorando ensinar a forma correta.- Hummm ... Em breve não vou me preocupar em traduzir para você.Bingo de novo.Enquanto ela achasse que era trabalho, faria de bom grado.Suas mãos estão atrás da cadeira e ocasionalmente tocam os ombros da moça.Como
808 palavrasAnna nada disse e sairam da casa. Porém ao vê-lo abrir a porta do carro de vinte milhões protestou .- Eu não vou dirigir esse carro.- Eu vou. - Ele disse sério. - Não vou deixar ele aqui enfeitando a garagem.- Você não pode dirigir.- Posso sim. Tenho que voltar minhas atividades aos poucos.Anna entrou no carro sem falar mais nada.O Cheiro do carro novo, os bancos de couro e todo requinte do interior do carro, deixou até Dom impressionado. Já Anna nem piscou.- Que lindo !Dom exclamou feliz ao ver o painel colorido, assim que Léo ligou o carro.- Gostou amigão?- Muito.- Vem cá, vem.- Léo o que vai fazer?Anna já tinha uma idéia, mas não pode acreditar.- Dar um pouco de emoção para Dom.Sentou Dom em seu colo e arrancou o carro, Dominic dava gritos de alegria enquanto segurava o volante.- Mamãe estou dirigindo.O sorriso no rosto de Léo provava que ele se diverte mais que a criança. E assim foi até a entrada da cidade, onde o menino retornou ao banco de trás.-
Ela se recusa a acreditar.- Não é amor, você está sem opção, entediado aqui no meio do nada. - Falou tentando se levantar, mas ele não a solta. - Eu sou a única mulher disponível para você brincar.- E isso que você acha? Deixei bem claro desde o início minhas intenções com você. Te pedi em casamento.- E daí? Depois que enjoar e fácil pedir o divórcio.Léo a encarou com raiva. Pela primeira vez, ela o tirou do sério. A soltou e deixou ela ir.Enfiou a mão no bolso e ligou para Charles.- Venha me pegar no quarto de Anna. Trás a cadeira de rodas.Anna assustada arregala os olhos, leva uns minutos para reagir.- Você se machucou?- Não finja que se importa.Léo eu...Charles bate e entra nesse exato momento.- Sr Peluso o que aconteceu.- Cai de mal jeito com Anna no colo.Falou como se fosse a coisa mais natural do mundo.- Me ajude aqui.Charles o colocou na cadeira e empurrou para fora.Da janela Anna viu Léo ser colocado no carro e partir.Ligou para Charles.- Charles Léo está be
O dia passou e ele só lhe dirige a palavra exclusivamente sobre trabalho, e quando ele pergunta alguma coisa, sua respostas são curtas.Anna daria qualquer coisa por um olhar dele, mas Léo voltou diferente. Onde estava todo o amor que ele lhe declarava?Lembra-se das palavras da mãe." Filha, os homens juram te amar, que você é única. Até se casam, quando usam e enjoam, vão procurar outra. Não se iluda com o amor, eles nunca são fiéis. "Seu pai foi um exemplo disso, morreu infartado na cama da amante.Depois sua mãe a deixou sozinha em Lagos, alugou para ela o apartamento, apesar de pagar o aluguel, nunca mais voltou por quase um ano. Como Anna poderia acreditar no amor?As pessoas que mais se preocuparam com ela, foram as amigas Luiza e Molly.Triste ela trabalha como um robô sem vida. Léo estava preocupado com sua palidez e também notou que ela perdeu peso. Mas não falou nada. Apenas perguntou a Diana se estava tudo bem com ela.- Anna você se incomoda se eu levar Dom para passear?
Anna abriu os olhos pela manhã e se depara com Léo na sua cama, sabe que nada aconteceu, mas seu rosto cora.- Você acordou.- Sim, o que faz aqui?- Você estava muito nervosa, não quis-te deixar sozinha. Desculpe por ter-te deixado assim.- Tudo bem, desculpe por ter saído da linha.- Levanta, vamos tomar café.Disse isso e se foi.Anna foi para o banheiro, fez a sua higiene matinal e foi ver Dominic.Após o café, o deixou na escola e voltou para trabalhar.Léo voltou a ser frio e distante, e novamente o assunto era só trabalho.Charles apareceu no meio da manhã no escritório.Léo havia pedido a Stella que lhe arrumasse um convite para o casamento dos Montenegro. Queria colocar Anna em frente a Kalel e Luiza e ver a reação.Claro, não planeja deixar nada acontecer com ela.A sorte parecia estar do seu lado.- Sr Peluso chegou um convite para o Sr.- Convite para que?- Para o casamento de Luiza e Kalel Montenegro.- Obrigada. Tia Stella já havia comentado.Pegou o convite, mas estava
Anna volta ao trabalho depois do café, sai no horário de buscar Dom e Léo ainda não havia chegado.Quando retorna, encontra Eva e conversa com ela por alguns minutos antes de entrar. Em nenhum momento percebe o olhar atento de Léo no terceiro andar.Sobe com Dom para o quarto e não se dá conta que Léo está de volta.Após dar banho em Dom, seu celular tocou, era um número desconhecido.- Luzia leve Dom para jantar. Vou atender no meu quarto.Ao sair já atendendo o telefone não percebe a presença de Léo.- Luiza e você? - Exclamou feliz e entra no quarto. - Fiquei tão triste ao saber do sequestro do seu filho.Conversa com Luiza por um bom tempo, a porta do quarto está aberta e ela não percebe que Léo a está escutando.- Anna queria tanto que você e Molly fossem madrinhas no meu casamento.- Eu adoraria Lulu. Vou chegar aí no dia. Estou tão feliz por você.Ao ouvir isso, Léo fica descontente. Ela iria entrar de braços dados a outro homem. Já estava arrependido de ter forçado para ter o
- Venha, vamos levar ele para conhecer e brincar com Theo.Levaram as crianças e as deixou com as babás, se sentaram a uma distância e pouco depois Laurinha chegou.- Dom, vem cumprimentar a titia.Molly ainda não tem filhos e Luiza está grávida de pouco mais de três meses. De certa forma sente inveja das amigas.- Que lindo o seu filho Anna. E o pai?- Dom encara Anna porque também quer ouvir a resposta.- Dom vai lá brincar com Theo.Anna conta para as duas amigas toda a verdade e como tem vivido os últimos quatro anos.- Nossa Anna que barra. Você deveria ter procurado a gente.- Não quis envolver mais ninguém nessa história. E muito perigoso.Luiza segura a sua mão e oferece-lhe.- Anna vem para Monte Santo. Podemos falar com kaleb e ele te dá proteção.- Não quero, tenho medo e vergonha.- Querida você não fez nada errado. - Molly lhe seca as lágrimas. - Eu e Vinny também podemos-te apoiar.- Anna eu vou-me mudar para Nova York. Você poderia se estabelecer na minha casa. O condom