América Sullivan
— O que você acha de passear com a mamãe? Ele late animado. — Onde você vai?— Cole pergunta assim que eu chego aos pés da escada. — Vou só passear um pouco Cole, está tudo bem — eu falo sorrindo para ele. — Tem certeza? — Justin pergunta agora.— Sim, podem ficar tranquilos, eu volto logo e vou com Billy. Falo e saio de casa com Billy ao meu lado. — Vou colocar a coleira em você.— falo para Billy. — Vamos ao parque central da cidade. Coloco o boné e o óculos em mim. E eu vou caminhando com Billy. Ele mais queria correr, mas não iria soltar ele aqui na rua. Enviei mensagem para Liana avisando que eu já havia chegado. Liana era querida por todos, ela e Jordan eram considerados o casal perfeito. Jordan era outro que deve ter sido fielmente contra a minha vinda, ele devia no mínimo me odiar. Problema dele.Mesmo sem querer eu ficava sabendo da vida deles, Liana sempre dava um jeito de enfiar eles nas nossas conversas. Eu sabia que Josh era delegado da cidade, que era amado por todos, e que depois de mim, nunca mais namorou com ninguém. Não sei o que sinto em relação a isso.Chegamos ao parque e me sento em um banco debaixo de uma árvore. Tiro os óculos e o boné, colocando eles ao meu lado. — Vou soltar você Billy. — falo para ele que late. — Fique somente por perto. Solto ele e vejo sua animação correndo pelo parque.Esse parque me trás tantas lembranças, nã só com Josh, mas com minha família. Eramos unidos ao nosso modo, talvez ainda sejam, só não me incluem nele. Dou um sorriso. Estou tão entretida olhando Billy que não percebo quando alguém se senta ao meu lado. — Você não mudou nada. — Me assusto quando vejo Liana sentada ao meu lado. — Liana! — praticamente pulo em cima dela em um abraço. — Oi irmã.— consegue falar quando eu a solto.— Já ia em casa te ver, o papai também me ligou avisando que você tinha chegado. Liana também não tinha mudado nada, não ser os cabelos castanhos que estavam no ombro em um corte moderno, era um ano mais nova que eu, ela tinha 24.Sempre muito elegante no modo de se vestir.— Como você está? — eu pergunto — Ansiosa?— Muito ansiosa — fala e fica sorrindo. — Fico muito feliz que tenha realmente vindo. Dou um sorriso a ela e olhamos nós duas para a frente. Vejo Billy correndo em volta de uma árvore mais a frente. — Está feliz?— pergunto depois de um tempo em silêncio. — Muito. — ela fala sorrindo. — Ele é o amor da minha vida. Dou um sorriso a ela. — Você não acha que eu posso estragar seu casamento por ter vindo? — pergunto e me viro para ela. — Você sabe o porquê, eles…Ela fica séria. — América, eu quero você aqui. — ela se vira para mim e pega minha mão.— E você está aqui, isso é o que importa. — Obrigada por me convidar. — Eu quero que participe de tudo, por isso te chamei, agora preciso ir — ela suspira e lha o relógio em seu pulso — Nós nos vemos em casa. Ela me dá um abraço e vai. Liana também não acreditou em mim, mas diferente de muitos ela soube superar, e olha que afetou em cheio ela e seu relacionamento. — Vamos? — coloco a coleira nele novamente, pego minhas coisas do banco e vamos caminhando de volta. No caminho vejo uma livraria, era nova. — Vamos passar ali. Me aproximo da pequena livraria e entro com Billy, tomara que eles permitam animais. — Bom dia!!! — me assusto quando uma moça, jovem, surge no balcão. — Bom dia, pode entrar com cachorro? — pergunto a ela que ainda sorria. — Pode sim! Em que posso ajudá-la? — pergunta e sai de trás do balcão.— A propósito sou Juddie. — me estende a mão. Seguro sua mão assim que eu solto a coleira de Billy, e o mesmo deita no chão. — América.— falo meia receosa, meu nome era bem famoso. Mas ela não mostrou me conhecer por nenhum boato. — América Singer?!! — pergunta entusiasmada. Eu ri. — Não, infelizmente. — ela faz uma cara triste. — Bem, então o que você está procurando? Penso um pouco. Depois de sair da cidade, comecei a ter o hábito de leituras. Os livros me ajudaram a sair da realidade triste. — Tem algum que fale sobre como mentiras podem mudar vidas? — brinco olhando os livros. Mas como imaginei, ela não entende a piada.— Não que eu me lembre Eu só não sabia que a alguns metros de onde estávamos, eu era observada — ela fala olhando as estantesOs livros são a porta da humanidade para outros mundos, bastava apenas virar a página. Parecia que eu estava dentro de um livro. — Teria alguma sugestão? — pergunto a ela e vejo seus olhos arregalaram de felicidade. — Me siga! — Ela era bem bonita, tinha os cabelos curtos, ondulados uma cor de loiro para o castanho. Era bem baixinha. — Você já leu Jane Austen? — Sim, eu amo. — Muito bom gosto. — fala olhando as prateleiras. — Ah! Você já leu a continuação de É Assim Que Acaba? — Você tem aqui? — pergunto animada, eu procurei antes de vim a não achei para comprar, tinha esgotado. — Sim! — Eu vou levar! — falo imediatamente, mas lembro que não peguei dinheiro. — Você aceita transferência bancária? — Sim, sim — ela vai com os livros em mãos até o balcão. — Espero que volte mais vezes América não Singer. Eu ri. — Obrigada Juddie. Foi um prazer conhecê-la. Vou em direção abrindo a porta. — Ei! — ela grita, eu me viro. — Eu sou nova aqui, e não conheço muita gente, poderia me passar seu número? — Claro! Eu só estou aqui por enquanto, estou em férias. Eu passo meu contato para ela, e me despeço. Pego Billy e saio da livraria, indo em direção a minha casa. Eu só não sabia que a alguns metros, eu era observada. .América Sullivan Estou no meu quarto procurando alguma roupa confortável na mala, encontro um conjunto de pijama e pego. Estava vestindo ele quando escuto vozes altas vindo da sala. Eu conheço a voz, era minha mãe. Brigando com todo mundo para variar, e o motivo da vez deveria ser eu. Eu sei que minha mãe foi contra eu vim para cá depois de anos, ela não me queria aqui, para envergonhar a família novamente ou estragar o casamento de sua filha, e sei que meu pai e Liana que convenceram ela, ele nunca ia me deixar na rua, ou ficar em outro lugar, e então com o pedido da filha predileta dela e do marido ela resolveu me "abrigar". — Vem como se nada tivesse acontecido! Depois de envergonhar a família! — escuto a voz dela. Isso é com certeza sobre mim, ela não mudou nada. — Você sabia que a fama de puta dela ainda rola? Hipócrita da parte dela, e ainda trás cachorro! Billy late. — Shiuuuu! — faço para ele. — Querida, por favor.. .. — não escuto o restante que meu pai diz. Susp
Assim que pisamos na biblioteca o ar mudou. Eu estava feliz. O quanto esse ambiente me fazia bem não estava escrito. Com certeza um dos meus lugares preferidos na cidade. Se a cidade não mudou, a biblioteca muito menos. Com meu óculos, adentrei a biblioteca seguida de Billy, que ia ao meu lado e Juddie Cole que estavam engatados em uma animada conversa. A biblioteca era muito grande, e existia uma grande diversidade de livros, mas aqui, a parte que mais me interessava era a área musical. Tinha as enormes prateleiras, podíamos olhar para cima e ver os livros do andar de cima e o lindo teto de vidro. Entramos na biblioteca e pegamos o largo corredor a direita que levava para o mini teatro, no palco era onde ficavam os instrumentos musicais e no lugar dos bancos para a plateia, ficava as mesas para as pessoas lerem escutando música, ou simplesmente apreciar a música. O teto é tão lindo quanto o da entrada. Aqui tinha todos os instrumentos imagináveis, eu tocava piano, vio
Josh Adams Ser delegado de Jacksonville Beach não era uma tarefa difícil. Na maioria das vezes era tranquilo, uma vez ou outra aparecia uns arruaceiros, mas nada muito preocupante. Era uma cidade pequena, então as notícias corriam rápido. E a notícia de que ela tinha chegado foi mais rápida ainda, os grupos de fofoca foram a loucura. Era o assunto na cidade, e na minha mente. Eu não me engano, não nego o misto de sensações que eu senti com a notícia, porque acima de todos eu senti saudade, depois veio a amargura. O primeiro amor não se esquece fácil, e eu tentei, juro que tentei, fiz de tudo. Mas cá estou eu, Josh Adams, 27 anos, delegado de Jacksonville Beach, ainda apaixonado pela mesma pessoa. Parece até piada, mas não era, e se eu falasse a alguém isso, com certeza iam me julgar como eu ainda era apaixonado mesmo depois de tudo que ela me fez passar. A resposta seria não sei. A única coisa que consigo fazer em relação a isso é tentar reprimir o que sinto, jogar no fundo d
Já eram mais de duas da tarde quando voltamos para casa. Fazia sol, mas as nuvens pesadas vindo do oeste falavam que a chuva poderia chegar até aqui.Eu ainda estava bem confusa sobre o que tinha acontecido, depois de nos encararmos,quando eu dei o primeiro passo Juddie me abraçou e eu tirei os olhos dele, e quando eu pisquei e ele não estava mais lá.— Você foi maravilhosa América! — ela havia falado no momento. — Você toca muito bem. Naquele momento que retornei os meus olhos, ele já tinha desaparecido. Eu não sei bem definir o que eu estou sentindo, uma mistura de sentimentos que tornam a minha mente uma confusão desenfreada. E ele é o motivo, sempre ele, a causa da confusão na minha cabeça. Mas a raiva também rondava meus pensamentos e minha cabeça quando ele vinha à minha mente.Depois daquela, toquei mais algumas músicas e fomos almoçar no restaurante na entrada da cidade,ainda passeamos pelo parque, fomos em algumas lojas de roupas, só para olhar, e em seguida deixamos Judd
Depois de voltarmos para dentro, fui ajudar meu pai a terminar o almoço, que já estava atrasado, resolvemos deixar Bisa na cozinha e ela parecia muito feliz em está ali. — Cuidado com a faca Amélia. — ela falava. — Todos do mundo — Bisa de segundo em segundos falava meu nome. Para qualquer coisa, e eu amava quando ela fazia isso. — Acho que isso foi a falta que ela sentiu.— meu pai fala. Dou um sorriso. — Pai, como ela ficou assim? — pergunto a ele me lembrando da época.— Lembro que do dia para noite. — O médico falou que uma pancada na cabeça avançou o Alzheimer. — ele fala olhando para ela, que olhava para lá fora. — Mas ela não tinha sofrido nada. Estranho. — Então a partir daí o estado dela foi se agravando. — ele fala. Vou até ela e abaixo na sua frente. — Bisa, a senhora quer alguma coisa agora? — pergunto, já tem uma horinha boa que ela comeu algo. — Quero conhecer James e Amélia. — arregalou um poucos os olhos, mas rapidamente voltou ao normal dando uma risa
O almoço foi incrível. Acho que nunca ri tanto. Até Billy está rindo de seu modo. E Bisa olhava todos nós com um sorriso no rosto. Ainda estávamos ao redor da mesa, e os meninos contando como foi o dia no colégio. — Nossa! A grande família feliz né? — todo mundo se assusta com Dylan parado na porta que dividia a cozinha e o quintal. Atrás dele era possível ver as ondas se formando. — Dylan, meu filho, venha almoçar.— meu pai fala animado. Mas com certeza ele não vinha, eu estava nela, e percebi seu tom desde a primeira frase. — Eu não sento na mesma mesa que traidoras. — toda a mesa ficou em silêncio. — Não sei como vocês tem coragem. — Dylan! — Cole fala. — Dylan, não é hora para isso.— vovô Ben fala. — Não é? — ele dá um sorriso sarcástico sem se mover do lugar. — E quando é? Quando ela for embora e todos aqui falarem dela de novo? Uma faca tentou me atravessar, mas permaneci calada. — Pare com isso Dylan. — meu pai fala se levantando. Até Billy se levantou, mas esse m
Acordo pouco antes das 06:00. Eu costumava acordar esse horário, então não era problema. Vou ao banheiro, escovo os dentes e depois saio. Cole havia dormido novamente comigo, então faço silêncio para não acordá-lo. Não sei muito bem descrever o que aconteceu depois de ver Josh. Pareceu que eu estava no automático. Ele continuava tão lindo, mas estava fazendo de tudo para expulsá-lo da minha cabeça. Troco o pijama por uma calça jeans e uma camiseta qualquer. Depois desço para cozinha, sendo seguida pelo silêncio da casa. Nem Billy levantou. — Bom dia! — falo sorrindo assim que vejo Papai e vovô Ben na cozinha. Vou até eles dar um beijo no rosto de cada um. — Bom dia filha — Meu pai e vovô Ben falam ao mesmo tempo. Eu ri e me sentei na cadeira da mesa. — Como passou a noite filha? — meu pai perguntou me entregando uma xícara de café. — Foi boa. — minto, e dou um sorriso. — Apesar do ronco do Cole. — Ali mais parece uma máquina.— Meu pai ri. — Mas eu fiquei feliz
Minha Bisa dormiu depois de um tempo, então eu coloquei ela novamente na cama. Sua febre tinha passado. Pego bandeja com o que restou do café da manhã e desço. Chego na cozinha e tenho um belo encontro desagradável. — Susan! Quanto tempo. — falo com ela que está mexendo em seu celular na cozinha. Ela me olha de cima para baixo. — Oi. Susan era três anos mais nova que eu, ela tinha 22 anos, amava ela porque era minha irmã, mas bem, depois que eu escutei aquela conversa, bem, talvez eu estivesse magoada. Das irmãs, era a que mais se parecia comigo, em aparência. Nunca fomos duas irmãs perfeitas, mas nos dávamos bem apesar de todas as diferenças. Meu pai tinha me falado uma vez que ela estava cursando administração na universidade local. Ela sempre se vestia como se estivesse indo em uma festa. Vou até a pia onde meu pai está cortando provavelmente algo para o almoço. — A Bisa estava com febre e a barriga um pouco inchada. — falo para ele, enquanto lavo os pratos. —