Tudo mudou depois que eu senti o sabor, de um beijo com tanto amor que você deu em mim...
Nada é pior do que a possibilidade de perder um grande amor. Assim eu pensava, até perceber que o ruim se transformaria em algo mil vezes pior. Na confirmação de que realmente perder quem eu mais amava não era apenas uma possibilidade mas, uma certeza.Som alto, luzes, entre sorrisos e alegrias em nossa volta, àquela noite sentia o sangue dele em minhas mãos percorrendo todo o seu corpo que já estava quase sem vida.Olho para os lados em busca de socorro mas, ninguém aparecia ou sequer nos notava naquele instante.O medo percorria meu corpo e minha mente. Uma dor imensa tomou posse do mim e eis que o pior estava prestes a acontecer. (...)Antes de te encontrarO mundo não tinha corQuero te dizer teu amor mudou a minha vidaAmo você demaisTe peço por favorPra me prometer que nunca vai ter despedidaVou contarTenho medoDe ficar um segundo sem ti----------------------------------------------Capítulo 1 - Fé!Ver o DG, o amor da minha vida, caído diante de mim me fez enxergar que não poderia viver um segundo sem tê-lo na minha vida. Por mais que eu tivesse essa certeza parecia que tudo havia ficado mais intenso ao perceber que essa possibilidade de perde-lo era real.Olhava em volta e ninguém sequer percebia o que havia acabado de acontecer. Entre sorrisos, música alta e bebidas o sangue do meu amor jorrava pelas minhas mãos. Sua pele clara já estava completamente sem vida. Eu perdi, perdi o meu Danilo e dessa vez não fui capaz de ajudá-lo. A nossa felicidade estava tão imensa que esquecemos do ódio e inveja que nos cercavam.Perguntas sem respostas e suposições invadiam minha mente naquele momento. Mas nada era mais importante do que salva-lo.Mas quem foi o culpado por isso?Ou será que foi culpada?Quem foi capaz de tentar destruir a nossa vida dessa maneira?Não sabia o que fazer, sentei ao seu lado e coloquei sua cabeça no meu colo. Ele ainda estava respirando, seu pulso estava muito fraco quase imperceptível. Segurei sua mão entrelaçando nossos dedos na tentativa de reanima-lo. Mas, foi tudo inútil. De repente o céu que estava lindo e estrelado fechou totalmente e começou uma chuva que parecia querer jogar para bem longe toda aquela desgraça. O céu chorava e o sangue do meu amor se misturava àquelas gotículas de água.Não sei que tiro forças de onde nem eu mesma sei explicar e comecei a gritar desesperadamente por socorro.— SOCORRO, SOCOROOOOOOOO.....Carlos: — Filha, o que houve aqui? - disse ficando de joelhos próximo ao corpo do DG— DG sofreu uma tentativa de assassinato, não me pergunte mais nada agora papai, só me ajuda a salvar o pai do meu filho e o amor da minha vida pelo amor de Deus. - disse chorando desesperadamenteCarlos: — Calma minha filha já estou pedindo uma ambulância para levá-lo para o hospital. - disse com o celular no ouvido— Não papai, hospital não pelo amor de Deus. Lá vão avisar a polícia e ele será preso. Eu não vou suportar. - disse chorando abraçando o DG entre meu corpoCarlos: — Minha filha nesse momento o importante é salvar a vida dele. Os problemas que ele tem com a polícia resolveremos depois. Não se preocupe com isso agora. - disse passando as instruções para os paramédicosOlhei para o lado e vejo a Joana se aproximando aos prantos. BN e Ge chegam em seguida. Joana se ajoelha desconsolada ao lado do corpo do DG e me abraça. Meu pai vai até o DJ e manda desligar o som.Carlos: — Ae galera, a festa acabou. Obrigado pela presença de todos esta noite. Mas, por favor, peço que me aguardem no salão principal para passar algumas instruções. - deixo o microfone desligado em cima do balcão do DJ e vou até o salão passar todas as informações.Ele pega o microfone e diz que a festa acabou. Vai para o salão principal e fala claramente que se vazar áudios, fotos ou vídeos da festa nas redes sociais todos os envolvidos serão processados.Todos os celulares dos convidados foram confiscados antes da saída do prédio. Como delegado a sua função era apurar o que realmente havia acontecido por aqui. E era isso o que ele pretendia fazer. Mesmo que já tivesse a absoluta certeza do que realmente havia acontecido esta noite. (...)As sirenes da ambulância parada em frente ao prédio sinalizava que o socorro estava chegando. Ao ver os paramédicos entrando com a maca e todos os equipamentos necessários para a remoção do Lucas faziam a dor que eu sentia se tornar mil vezes pior.Colocaram a prancha sob o solo, um protetor no pescoço dele e o puseram cuidadosamente deitado. Em seguida colocaram ele na maca com um respirador artificial e levaram direto para a ambulância.Paramédico: — Alguém irá acompanhar o paciente na ambulância?Joana/Dani: — EU!!!Paramédico: — Entrem por favor. Precisamos ir o mais rápido possível.Geovana: — Vamos atrás da ambulância mana, nos encontramos lá. Não perca a fé! Ouviu? - disse segurando seu rosto e a abraçando.Naquele momento não conseguia dizer nenhuma palavra. Entrei na ambulância sem sequer olhar para ninguém. Apenas entrei, sentei e segurei a mão dele. Nesse momento ele abriu levemente os olhos, deu uma respiração pesada e me encarou por alguns instantes. Meu coração estava apertado e minha respiração acelerada. Aquele barulho da sirene acabava comigo ainda mais. Eu sentia como se já o tivesse perdido para sempre. Lágrimas enxarcavam o meu rosto que já estava completamente inchado. De repente sinto as mãos da Joana me envolverem num abraço aperto e reconfortante.— Ai Joana, tenho muito medo... - disse enquanto lágrimas rolavam nos meus olhosJoana: — Shiii... Não diga nada minha menina, você sabe que as palavras tem poder tanto para o bem ou tanto para o mal. Nesse momento tudo o que devemos fazer é buscarmos apego na nossa fé e no nosso Deus. O Deus que já fez e continua fazendo milagres na vida daqueles que crêem. Você crê que Deus é poderoso para livrar o nosso Lucas da morte? Você crê meu amor?— Sim Joana, eu creio de toda a minha alma. - segurei firme a sua mãoJoana: Então, está escrito nas escrituras:"Se tu crêres verás a glória de Deus".(João 11:40)É nessa palavra que devemos nos apegar nesse momento e em nada mais. - ficamos abraçadas até a ambulância parar e chegarmos no hospital.DaniDescemos da ambulância, Joana foi direto até a recepção para tratar dos assuntos referentes a documentação. Eu fui acompanhando o DG até a porta que dava entrada para o CTI e não larguei sua mão nenhum instante. Ele estava muito pálido, seus lábios arrocheados, sua roupa tomada por completo de sangue mas, sua mão ainda estava morna e era possível ver sua respiração muito fraca. Me aproximei do seu rosto e o acariciei mas, parecia que ele não estava mais ali. Que era somente o seu corpo e nada mais. Me debrucei sobre o seu peito chorando.— Meu amor resiste por favor, você precisa resistir, nós te amamos e precisamos de você. — disse entre lágrimasDoutor: — A senhorita só pode vir até aqui. — Salva ele doutor, me promete que ele não vai morrer? - disse olhando para o DGDoutor: — Faremos tudo que tiver ao nosso alcance. Agora precisamos ir. — Nesse momento levam o meu Lucas pra sala de tratamento intensivo e eu entro em desespero novamente. Eu não posso perde-lo, não posso....—
JoanaGraças à Deus que não criei nenhuma expectativa com esse cara, pois senão seria outra desastrosa decepção. E pra ser bem sincera paciência com homens é o que não tenho. Depois dessa não vou me envolver com ninguém nem tão cedo. Finjo que não o vejo e permaneci em pé junto com as meninas aguardando BN chegar com o carro. Até que o sonso do Tony se aproximou. Não vou negar o cara é um gostoso, com aquela farda então, meu Deus. Mas o que tinha de bonito tinha de mentiroso. Tony: — Boa Noite Meninas! Geovana/Dani: — Boa Noite! - disseram se entreolhando Tony: — Não quer falar comigo Joana?Joana: — Não costumo cumprimentar estranhos. — respondo sem encara-loTony: — Como assim estranhos? Desde quando passei a ser um desconhecido para você? — ele se faz de desentendidoJoana: — A partir do momento que inventou um compromisso urgentissimo para não me acompanhar a festa. Apesar que não fez falta alguma. Companhias não me faltaram. - disse virando o rosto em direção a ruaTony: — Em
DaniAcabei cochilando no colo da Ge e quando acordei já havíamos chegado no morro. Desci do carro peguei a chave que ficava sempre embaixo do capacho. Ao abrir a porta senti um vazio imenso dentro do meu peito e meus olhos marejados. Ge me abraçou pela cintura e subimos para os quartos para tomar um banho e trocar de roupa. BN subiu em seguida e ficou ajudando a Ge no quarto dela.Entrei no quarto do Danilo, fechei a porta e fui até o banheiro tomar um banho para tentar tirar toda aquela sujeira do meu corpo. Ao tirar a roupa sinto cair no chão o envelope que minha mãe havia me entregado e que nem ao menos pude ler. Coloquei em cima do armário do banheiro, terminei de tirar a roupa e entrei no box. Abri a ducha e fiquei alguns minutos deixando a água quente escorrer pelas minhas costas com a intenção de aliviar um pouco a tensão que estava sentindo. Lavei os cabelos, fiz minhas higienes e sai enrolada no roupão do DG. Fui até o armário, coloquei um shortinho e peguei uma camisa do DG
PANTERACom o DG fora de combate tudo fica mais fácil agora. Há não ser pelo bosta do BN. O fdp é osso duro de roer. Todo certinho e nunca vai querer se aliar a mim pra destruir o amigo. Se é que ele vai ter salvação dessa vez. Porque depois dos tiros que ele levou dificilmente vai sair dessa ileso. E se conseguir com certeza vai ter alguma sequela. O plano dessa vez foi bem arquitetado e dificilmente ele vai descobrir quem atirou nele. Pois, dessa vez não sujei minhas mãos. Mas teve outro que fez todo o serviço sujo por mim. E não posso negar que o fdp trabalhou bonito e mereceu a grana alta que pediu. Doeu um pouco no meu bolso mas, nada melhor do que ver meu maior rival no chinelo. Como não sou trouxa nem nada vou marcar presença no hospital. Pra todos os efeitos sou um amigo e querido pela família. Se eu não der as caras por lá podem desconfiar de alguma coisa e isso não seria nada bom para os meus planos.Já bastava o fdp do Yuri, que sismou de me enfrentar. Tá se achado o fodão
▪︎Dani▪︎Deus realmente sabe o que faz, em meio a tristeza que estou sentindo me envia uma lindeza dessas para me alegrar. Sempre quis ter um cachorrinho como animal de estimação mas, como sempre moramos em apartamento nunca pude ter. Fiquei olhando pro rostinho dele e pensando em qual seria o seu possível nome. Pois, com certeza ele tinha um dono e consequentemente teria um nome. Então eu não poderia me apegar à ele, já que muito em breve iria embora daqui.— Mas, como eu não poderia me apaixonar por uma gracinha como você? De onde você é coisinha fofa? Você com certeza fugiu de algum lugar, está muito bem cuidado para ser cachorrinho de rua. Olhei em seu pescoço mas, tinha apenas a coleira antipulgas sem nenhuma informação para localizar o dono. Coloquei ele de frente pra mim.— Vamos fazer o seguinte? Você fica por aqui alguns dias, se ninguém aparecer dizendo que perdeu um cachorrinho você fica aqui pra sempre comigo. O que você acha?Assim que eu terminei de fazer a pergunta ele
DaniSaímos do morro e dentro de poucos minutos chegamos no hospital. BN parou o carro bem em frente. Peguei as sacolas e desci. A Ge estava toda emburrada e permaneceu dentro do carro discutindo com o BN, só porque ele estava sem camisa. Pra ser bem sincera não estava com um pingo de paciência para acompanhar ou me envolver nesse tipo de discussões. Eles que são casados que se entendam. Minha vida estava de ponta a cabeça para eu ainda ter que me preocupar com as infantilidades da Ge. E ela que tratasse de entrar na linha, pois pensa que não reparei o jeitinho meloso dela pra cima do camundongo. "Puta que pariu! Ô sina da Geovana de só cair em problema e arrastar confusão por onde passa."Entrei no hospital e logo avistei Joana sentada numa poltrona na recepção. Fui até ela e lhe dei um abraço apertado.— Trouxe algumas roupas para você. Com certeza vai se sentir bem melhor depois que tirar essa fantasia.Joana: — Vamos comigo no banheiro, lá tem um espaço para tomar banho.Acompanh
Recebi uma proposta irrecusável por parte do meu coroa. Depois de muito tempo sem olhar direito na minha cara, enfim ele confia em mim novamente e dessa vez não posso desaponta-lo. Além da polícia civil ele era envolvido com o narcotráfico e a milícia. Era muita coisa para um homem só, por isso, vou ter que ir ao Rio de Janeiro para ficar a frente de alguns negócios, entre eles venda e compra de armar e drogas. Isso mesmo, drogas. Como um ex viciado poderia ficar em contato direto com o seu maior rival, ou seja, o seu psicológico?Meu pai com certeza pensou nisso e sei que ele só havia me colocado a frente nesses negócios para poder me testar definitivamente. Essa seria a minha prova de fogo e eu não poderia vacilar de jeito nenhum. Já faziam quase um ano que sai daquela clínica de reabilitação e estava limpo até o dia de hoje. Pois, o nosso lema é sempre dizer: Consegui ficar limpo por mais um dia.Lá eu aprendi que devemos viver um dia de cada vez. Devemos fazer planos futuros, ma
DaniJoana e eu saímos, e fomos até a recepção para tentar saber alguma noticia sobre o estado de saúde do Danilo. A enfermeira que estava se aproximando ouviu e nos deu a informação de que o médico do setor viria em breve nos dar novas informações. Pediu para que aguardassemos um pouco. Então nos afastamos e sentamos um pouco na sala de espera. Estavamos conversando e de repente eu olho e avisto o tal do Tony entrando. E bem atrás dele o desgraçado do Pantera. Eu sabia que esse cara não era flor que se cheire, agora então, o que era apenas uma desconfiança tornou-se uma confirmação. Joana e eu nos entreolhamos ao mesmo tempo com um ar de surpresa. Ficamos em silêncio até que o tal Tony se aproxima cumprimentando a Joana com um beijo no rosto e estende rapidamente a mão para cumprimenta-la.Tony: — Bom Dia! — ele diz me encarando, mas não dou confiança — Alguma novidade sobre o estado do seu filho Joana?Joana: — Nada ainda. Estamos aguardando. O que vocês fazem aqui? Estão juntos?