BNFiquei sentado na recepção esperando alguma notícia do meu irmão. As mulheres foram comer e fofocar como sempre. Eu já tive muito estresse por conta do ciúme sem sentido da Geovana e não tava afim de mais problemas pra encher a minha mente. Por isso decidi ficar aqui de boa aguardando alguma novidade e de olho em tudo. Até que ouvi o médico chamar pelos familiares do Danilo Gomes. Fui até o doutor e avisei que iria chamar a tia Joana para vir conversar diretamente com ele. O doutor disse que iria aguardar no consultório 8 e que assim que encontrasse os familiares que os levassem direto para sala dele, pois o assunto era de extrema importância. Fui crente que iria fazer uma puta surpresa pra elas, mas quando cheguei na lanchonete o surpreendido fui eu. Ouvi a tia perguntando se a Geovana estava sentindo algo pelo Clayton, e ela titubeou na hora. Caralho meu sangue ferveu na mesma hora que vi a reação dela. A minha vontade era segurar a Geovana pelo braço e arrastar ela pela rua até
GEOVANATentei fazer tudo o que pude para BN me ouvir, mas ele estava transtornado e só conseguia enxergar o fato de ter sido traído. Nem me deu ao menos a oportunidade de explicar que tudo não passava de um engano e que nunca tive nada com aquele cara. Simplesmente me empurrou e saiu arrancando o carro em alta velocidade. Tinha muito medo da atitude que ele poderia ter. O DG não estava aqui para segurar a onda dele e fazê-lo enxergar o que realmente estava acontecendo. Quando ele me afastou do carro perdi as forças, senti minhas pernas fraquejarem e acabei caindo sentada no chão. Comecei a chorar desesperadamente e fui amparada pela Joana e a Dani. Elas me abraçaram e entrei no hospital com meu coração em mil pedaços. Estava tremendo por completo. Me deram um copo com água e fui atendida na emergência. Minha pressão subiu de repente e tive que ser atendida as pressas. Aplicaram uma medicação direto na veia e me colocaram no soro. Dani ficou ao meu lado todo o tempo segurando a minha
BNSai do hospital furioso e com sangue nos olhos. A minha única vontade e pensamento naquele momento eram um só: "Encontrar o filho da puta do Clayton." Entrei no carro e fui direto pro morro. Coloquei o carro a mais de 150 km/h. Quase coloquei fogo no asfalto de tanto ódio que eu estava. Apesar de tudo o que a Geovana me fez fiquei malzão quando a vi caída no chão chorando. Se tinha uma coisa que eu nunca imaginaria passar com a Geovana seria um troço desses. Ela era o meu tudo, o meu chão, a minha base... com isso tudo se foi, meu mundo caiu e meu chão de abriu diante de mim. Até agora não consigo entender porque ela fez essa merda. Por que me traiu com aquele filho da puta? Ela tentou falar, explicar, mas pra que eu ia ouvir? Pra ter certeza que fui enganado bem debaixo do meu nariz? Por isso que o povo sempre diz, que o corno é sempre o último a saber. Ela fodeu com a minha vida, mas agora eu vou foder com a vida de muita gente. Incluindo a dela. Cheguei no morro e o Kito t
BNSentia que estava a ponto de explodir. Não conseguia raciocinar direito, a única coisa que vinha na minha mente era uma imagem do maldito do rato junto com a Geovana. Parecia que eu ia ficar louco, minha mente formava imagens que eu nem sabia se realmente chegaram a existir. Nunca imaginei que pudesse amar alguém da forma como eu amava a Geovana, feito um louco. Só de imaginar ela com outro a minha vontade era de matar quem aparecesse na minha frente.Olhava pra cara daquele filho da puta gemendo de dor com a adaga enfiada no ombro e mais duas, uma em cada coxa, o sangue escorrendo e meu ódio só aumentava. Coçava minha cabeça tentando colocar os pensamentos em ordem, mas não conseguia. Fechava os olhos e apareciam várias imagens na minha mente. Eu sabia que eram alucinações, tinha cheirado uma carreira de pó no caminho pra cá. E isso tava fodendo ainda mais a minha mente. Sempre fui contra o uso de drogas, mas eu tava muito furioso e pensei que isso aliviaria um pouco, mas porra ne
DaniCom tudo o que estava acontecendo e ainda pelo fato de eu não ter colocado nada no meu estômago acabei desmaiando. Após algum tempo desperto e percebo que estou numa cama e a Joana está bem a minha frente sentada na poltrona. Tento levantar, mas sinto tudo girar e uma ânsia de vômito horrível. Estendo a mão e chamo pela Joana, que vem ao meu encontro rapidamente. Joana: — Como está se sentindo? — ela pergunta preocupada — Estou um pouco tonta ainda. O que houve comigo?Joana: — Sua pressão caiu muito e você acabou desmaiando. Precisa se alimentar muito bem e jamais sair de casa em jejum. É muito arriscado para sua saúde, principalmente você estando grávida. — Me ajuda aqui Joana, quero levantar. — apoio minhas mãos na camaJoana: — Primeiro você come essas frutas aqui e bebe esse suco. Depois decidimos o que fazer. Seu pai pediu para avisar que voltaria mais tarde.— Por mim ele poderia desaparecer e não voltar nunca mais. - disse olhando pro ladoJoana: — Percebi que estavam
GEOVANAFiquei aguardando a Joana, mas estava demorando muito a voltar. Então terminei de beber a água e fui atrás dela para descobrir o que estava acontecendo. Quando saio da sala vejo a Joana caida no chão aos prantos. Corri até ela e a ajudei a se levantar. Ela estava muito nervosa e trêmula. Deixei ela sentada no banco e fui buscar um copo d'água. Dani viu o meu desespero e veio junto comigo andando devagar. Entreguei a água para a Joana e esperei ela conseguir se acalmar um pouco. Mas pelo visto não aconteceria tão cedo, pois ela estava tremendo muito. Olhei para a Dani sem conseguir entender nada. Até que por fim a Joana se acalmou um pouco e conseguimos perguntar o que estava acontecendo.— O que houve Joana? Conseguiu falar com o BN?Joana: — Não. Ele não atendeu. - disse engolindo as palavras — Não atendeu? E por que você está assim? Aconteceu alguma coisa com ele ou com o DG? - disse engolindo seco e olhando para a DaniJoana: — Nem sei como dizer isso pra vocês. Mas acon
GEOVANADuas horas depois...Abri os olhos e sentia que minha cabeça estava prestes a explodir. Olhei em volta e vejo a Dani deitada no sofá e a Joana cochilando na poltrona. Faço um movimento para tentar levantar, mas não consigo, pois parecia que eu havia levado uma grande surra por todo o corpo. Fecho os olhos por alguns instantes e lembro que eu havia apagado após ouvir sobre a tentativa de suicídio do BN. Comecei a tentar retirar o soro do meu braço e logo aparece uma enfermeira, que parecia que estava escondida atrás da porta, pois do nada surgiu chamando a minha atenção. Enfermeira: — O que pensa que está fazendo? Não pode mexer no soro. Quer trazer problemas para todos nós? — ela dizia séria— Eu preciso sair desse hospital o mais rápido possível. Enfermeira: — Só pode sair quando a doutora te avaliar e der alta. Antes disso não. — ela é dura— Pelo amor de Deus eu preciso sair daqui. — começo a chorarEnfermeira: — Parece que não conseguiu entender que a sua situação é mui
GEOVANASaímos do hospital e entramos no primeiro táxi que parou na nossa frente. Em poucos minutos chegamos no morro. Descemos do táxi e tinham alguns menor na subida e vieram até a gente para informar o que tinha rolado com BN e para saber notícias do estado de saúde do DG. Joana ficou conversando com eles e explicando como estava tudo. Eu fui correndo até o postinho quase caindo e a Dani atrás de mim tentando me alcançar. Cheguei na recepção me indenticando logo como esposa dele e pedi informações sobre o estado do BN. A moça pediu para preencher uma ficha com os dados dele, pois tinha entrado na emergência sem identificação alguma. Fiz isso e em seguida ela pediu que aguardassemos no corredor que logo a médica que o atendeu viria conversar conosco. Olho pro lado e vejo a dona Cláudia, mãe do BN, chegando no postinho aos prantos sendo consolada pela Joana. Joana: — Alguma notícia do BN meninas?Dani: — Ainda não. Pediram para aguardar um pouco aqui, que logo a doutora viria conver