GEOVANASaímos do hospital e entramos no primeiro táxi que parou na nossa frente. Em poucos minutos chegamos no morro. Descemos do táxi e tinham alguns menor na subida e vieram até a gente para informar o que tinha rolado com BN e para saber notícias do estado de saúde do DG. Joana ficou conversando com eles e explicando como estava tudo. Eu fui correndo até o postinho quase caindo e a Dani atrás de mim tentando me alcançar. Cheguei na recepção me indenticando logo como esposa dele e pedi informações sobre o estado do BN. A moça pediu para preencher uma ficha com os dados dele, pois tinha entrado na emergência sem identificação alguma. Fiz isso e em seguida ela pediu que aguardassemos no corredor que logo a médica que o atendeu viria conversar conosco. Olho pro lado e vejo a dona Cláudia, mãe do BN, chegando no postinho aos prantos sendo consolada pela Joana. Joana: — Alguma notícia do BN meninas?Dani: — Ainda não. Pediram para aguardar um pouco aqui, que logo a doutora viria conver
DaniGe saiu da sala vermelha e estava até com um sorrisinho discreto no rosto. Isso é sinal de que o BN não está tão mal e com certeza estava reagindo de forma positiva ao tratamento. Joana estava conversando com a mãe do BN do lado de fora do postinho. Eu fui até a Ge e dei um abraço apertado nela. Sentamos no banco e começamos a conversar um pouco. — E aí amiga, como ele está?Geovana: — A doutora disse que o estado de saúde dele é bastante delicado e inspira muitos cuidados ainda. Mas estou esperançosa. Segurei a mão dele e ao sair ele apertou forte a minha mão e abriu os olhos. — Aí amiga graças à Deus. Isso é bom sinal, ele está reagindo bem ao tratamento. Mas o que foi? Por que está tristinha assim? Você deveria estar se sentindo feliz. Geovana: — Ele estava chorando quando segurou a minha mão. Tenho muito medo que ele não consiga esquecer tudo o que ouviu amiga. Tenho muito medo de perder o BN. Depois da merda que eu quase me meti que fui enxergar que não consigo viver sem
YURIChegou a hora de ir para o Rio de Janeiro, as malas já estavam prontas e eu também estava mais do que preparado para exterminar aquele maldito e concluir a minha vingança. Olhei para o banheiro e vi que o meu amor estava quase pronta. Mia estava linda como sempre. Eu a amava desde o primeiro dia que nos conhecemos. Não soube aproveitar a primeira oportunidade com ela, mas de agora em diante tudo tem sido muito diferente e assim continuará sendo. Essa viagem tem apenas um objetivo, destruir o Pantera. Mia não sabia de absolutamente nada e assim continuaria sendo. Sai do quarto e fui aguardar ela sentado no sofá da sala. Até que ouço meu telefone tocar. Olho e vejo que era o Sr. Tony, meu querido chefe e pai.— E aí coroa. Tudo certo?Tony: — Tudo tranquilo por aqui. Estão te aguardando no porto pra entrega da mercadoria. Já comuniquei que eles irão tratar hoje direto com o chefe, o cabeça da nossa organização, ou seja, você. — Tô ligado e já estou a caminho. Está tudo certo e vo
PANTERAFazia tempo que não tinha notícias da Mia, mas pra ser bem sincero tava pouco me importando pra ela. Não preferiu viver com aquele drogadinho do caralho? Então, ela que assumisse essa merda sozinha. Ainda não tenho notícias sobre o estado do filho da puta do BN, mas tenho certeza que dessa vez ele rodou legal porque não tinha jeito dele escapar. E com DG também não será diferente. Esses fodidos não tinham tanta sorte assim. Não é possível que eles conseguiriam escapar desses dois atentados. Se isso acontecesse só conseguiria matar eles jogando uma bomba atômica na merda daquele morro. Até que não seria má idéia. Porque, vai ter sorte assim na puta que pariu rapá. Olhei pro relógio e já eram quase 19h. A carga ia chegar no porto por volta das 23h e junto o chefe dessa merda toda. Com certeza deve ser algum velhote que se achava o fodão de tudo. Fechei a contabilidade da boca e passei a visão pro PV pra fazer as cobranças que tavam na folha. Hoje era dia dele ficar de olho
DaniSegui com a Ge direto pra casa. Entramos e sentamos um pouco no sofá. Joana chegou logo em seguida. Deu um beijo na gente e subiu para tomar um banho e trocar de roupa. Ge e eu fizemos o mesmo pouco tempo depois. Entrar naquele quarto sem o DG aqui ainda me causava muita dor e um vazio muito grande. Eu não tinha cabeça pra absolutamente nada. Só conseguia pensar nele e sentia um aperto terrível por saber que amanhã ele teria que fazer uma cirurgia. Entrei no quarto e sentei na cama. Fechei os olhos e tentei relaxar um pouco, mas sem perceber acabei adormecendo. Após algum tempo desperto com um alvoroço na parte de baixo da casa. Vou até a escada para olhar e era o Kito com o Negão no colo e a Joana junto. Desci correndo pra pegar ele, estava com muitas saudades daquela fofura. — NEGÃOOOO.... QUE SAUDADES DE VOCÊ.... — desci correndo e carreguei logo ele no colo, que me recebeu todo contente balançando o rabinho e lambendo meu rosto.Joana: — Nem me contou nada sobre ele filha.
DaniLogo agora, que enfim, iria descobrir toda a verdade sobre a falsa morte da minha mãe, essa maldita carta desaparece. Realmente não faço a mínima ideia de quem possa ter sido, mas uma coisa é certa, quem tiver feito isso vai pagar o preço por essa afronta. Agora, tem uma pergunta que não quer calar, qual interesse teriam nessa carta? Pelo visto existe muito mais sujeira por debaixo desse tapete do que posso imaginar. Mas isso vou resolver com o tempo, agora o mais importante era cuidar de tudo por aqui, do meu bebê e pedir a Deus que DG e BN se recuperassem o mais rápido possível. Respirei fundo e desci para me juntar com Ge e Joana na mesa da cozinha. Pois, precisava comer alguma coisa, antes de ir ao culto e em seguida ir até ao hospital. Mesmo sem vontade alguma, eu precisava colocar algo no estômago, pois senão eu não conseguiria suportar tudo o que possívelmente ainda estaria por vir. Ainda mais que dessa vez eu só sairia do hispital quando conseguisse pelo menos ver o me
DaniAquela conversa com a Luciana me ajudou muitíssimo. Senti que retirava um grande peso das minhas costas. Eu tinha a impressão que carregava o mundo nos ombros e não tinha com quem dividir todo esse fardo. Mas quando ela me abraçou eu pude sentir uma paz tão grande que a muito tempo não sentia. Era como se um anjo enviado por Deus descesse do céu para confortar a minha alma. Já fazia muito tempo que não sentia essa paz. E como eu necessitava desse sentimento e principalmente ouvir que Deus estava comigo. Que apesar de tudo o que tenho feito de errado ele não me abandonou. Sei que muitos não entendem o motivo pelo qual tenho suportado todo esse inferno durante todo esse ano, mas existe somente uma única e verdadeira justificativa. Fiz e continuo fazendo tudo isso unicamente por amor. Um amor tão intenso e único que me faz enfrentar e ultrapassar todos os meus limites para vive-lo. Não me importando com a opinião dos que estão ao meu redor ou o que vão pensar. Eu simplesmente que
DaniQue alegria eu sentia em somente poder ao menos ouvir o som da sua voz. Só em saber que ele estava vivo já me sentia imensamente grata à Deus. Tenho plena certeza que tudo o que vem acontecendo é fruto de um milagre e principalmente de um plano que o Senhor tem em nossas vidas. Porque se não fosse por isso com certeza não estariamos de pé até hoje superando e suportando tantas coisas. Me aproximei dele e segurei a sua mão esquerda. Olhei nos seus olhos castanhos que tinham um brilho intenso, não tão diferentes dos meus. O brilho em nosso olhar refletia o quão grande e forte era o nosso amor. Pois, só um sentimento tão imenso seria capaz de passar por tantas provações e permanecer de pé.Se pudesse resumir esse momento em uma única palavra seria sem sombra de dúvidas, gratidão. Como eu serei eternamente grata a Deus por mais esse livramento e principalmente por sua infinita misericórdia em nossas vidas. Nesse momento eu vivia um misto de sentimentos tão intensos que eu nem ao me