III. Mentiras

Joana

Graças à Deus que não criei nenhuma expectativa com esse cara, pois senão seria outra desastrosa decepção. E pra ser bem sincera paciência com homens é o que não tenho. Depois dessa não vou me envolver com ninguém nem tão cedo. Finjo que não o vejo e permaneci em pé junto com as meninas aguardando BN chegar com o carro. Até que o sonso do Tony se aproximou. Não vou negar o cara é um gostoso, com aquela farda então, meu Deus. Mas o que tinha de bonito tinha de mentiroso.

Tony: — Boa Noite Meninas!

Geovana/Dani: — Boa Noite! - disseram se entreolhando

Tony: — Não quer falar comigo Joana?

Joana: — Não costumo cumprimentar estranhos. — respondo sem encara-lo

Tony: — Como assim estranhos? Desde quando passei a ser um desconhecido para você? — ele se faz de desentendido

Joana: — A partir do momento que inventou um compromisso urgentissimo para não me acompanhar a festa. Apesar que não fez falta alguma. Companhias não me faltaram. - disse virando o rosto em direção a rua

Tony: — Em momento algum menti para você.  Realmente era um chamado urgente e por esse motivo estou fardado. Você pode olhar pra mim por favor? - disse segurando seu braço levemente

Joana: — Vou ser bem sincera contigo. Somos adultos, vacinados e ambos calejados dessa merda de rasteiras que esse mundo nos dá. Vamos ser bem claros aqui. Nos conhecemos naquele Resort, sentimos um puta desejo um pelo outro e transamos igual dois loucos. Foi gostoso? Delicioso. Mas vamos combinar que nunca passou de sexo. Daí para haver uma relação sentimental entre nós já é outro patamar. — falo friamente e as meninas me encaravam atônitas

Tony: — Precisamos conversar Joana. As coisas não são tão fáceis assim como você imagina. - disse ficando diante de mim

Joana: — Fico muito feliz por ter visto que tipinho de cara você é, sabe... tem certas coisas que acontecem na nossa vida que são um grande livramento de coisas piores futuramente. Agora com licença vossa senhoria que tenho pessoas que realmente significam algo na minha vida e precisam da minha ajuda. - disse abraçando as meninas e me afastando dele

Geovana: — Joana que fora surreal foi esse que você deu nesse cara? Meu Deus!

Dani: — Shiii... para de graça Ge, ela fez pouco ainda. Esse sujeito merecia muito mais do que esse passa fora que ganhou. Sujeitinho mentiroso, pelo visto isso ainda vai render e muito. - Dani disse quase sussurrando para esse tal de Tony não ouvir

Geovana: — Por que diz isso amiga?

Dani: — Olha só o jeito como ele devora a Joana com os olhos. Se ele pudesse deixava ela nua e transava com ela aqui mesmo. - Dani disse baixo

Joana: — Vamos meninas. - disse abraçando elas

Dani: — Cuidado com esse sujeitinho hein Joana, pois ele não é flor que se cheire.

Joana: — Não se preocupe meu anjo, já coloquei ele no seu devido lugar.

Dani: — Fique com Deus. Daqui a pouco estaremos de volta. - Dani me deu um beijo e entrou no carro com a Ge.

E eu voltei para a sala de esperas, sem olhar para trás, na esperança de receber boas notícias sobre o meu filho, pois ele sempre será a pessoa mais importante da minha vida.

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Dani

Aquele sujeito tinha um tipo físico muito semelhante ao homem que estava naquela foto abraçado com minha mãe. Mas, se realmente eles são a mesma pessoa, o que minha mãe tinha haver nessa história toda?

Que ligação ela tinha com esse sujeito?

E o por que dela desaparecer dessa maneira?

Eram tantas perguntas sem resposta que comecei a sentir uma forte dor de cabeça. A dor estava tão intensa que parecia que eu ia explodir. Encosto a cabeça na poltrona do carro e respiro fundo buscando soluções para todos esses problemas. Olhei para Ge e estava cochilando. Semana que vem ela já completaria cinco meses e o seu cansaço aumentaria cada vez mais. Não vejo a hora da minha barriga crescer assim o DG vai... ao mencionar o seu nome lágrimas começam a jorrar como cachoeiras dos meus olhos sem que eu pudesse controlar.

Geovana: — Amiga não fica assim. O mano vai sair dessa. Temos que aguardar às 48h. Mas não podemos perder a fé. Vem cá deita aqui no meu colo que te faço um cafuné como quando éramos crianças e você chorava quando não íamos brincar no parque. Lembra disso?

— E como lembro. Quando somos crianças tudo se torna o fim do mundo pra gente. Mas só percebemos que temos tudo quando estamos prestes a perder o que amamos. Ai mana, como eu queria ser criança agora e não estar sentindo esse vazio dentro de mim. - disse enxugando as lágrimas.

Geovana: — Fecha os olhos um pouco e descansa. Quando chegarmos no morro eu te chamo. 

Entre os carinhos da Ge e minhas lágrimas acabei adormecendo. E quando dei por mim já estava no morro.

(...)

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