Capítulo 15Carlos terminou de tomar o café, levantou-se e olhou para Giulia, que o observava com aquele sorriso caloroso. Ele sentiu seu coração acelerar, e por um breve momento, seu autocontrole quase falhou.- Eu... preciso continuar a colheita das uvas hoje - disse ele, tentando manter um tom casual, mas a intensidade do olhar dela parecia desnortear seus pensamentos. Ele limpou a garganta, como se tentasse esconder qualquer emoção que pudesse transparecer.- Claro, eu entendo - Giulia respondeu com um sorriso gentil.Carlos ficou parado por alguns segundos, o sorriso dela parecia iluminá-lo de uma forma que ele não conseguia explicar. Era o tipo de sorriso que o deixava vulnerável, e por mais que tentasse, não conseguia evitar ser afetado. Ele inclinou a cabeça brevemente, despedindo-se.- A gente se vê mais tarde. - Sua voz soou mais suave do que pretendia.- Até mais tarde - respondeu ela, ainda sorrindo, seus olhos seguindo-o enquanto ele se afastava.Carlos saiu da cozinha e
Capítulo 16Ele saiu da casa, tentando se livrar da confusão em sua mente. Caminhava com passos largos e firmes, como se estivesse em fuga de seus próprios pensamentos.Ao passar pela área externa, passou por Benedito, que o observou com curiosidade. Carlos passou como um furacão, sem dizer uma palavra, mal notando o funcionário que ficou ali parado, olhando ao redor, sem entender o que havia acontecido.Benedito coçou a cabeça e recolocou o chapéu. Ficou se perguntando se uma alma penada havia passado por ele, pois não via ninguém ao redor. Suspirando profundamente, começou a murmurar:- Misericórdia, meu Pai... - Benedito fez o sinal da cruz.Enquanto isso, Carlos chegava ao estábulo. Sentiu o cheiro da palha e dos cavalos, um odor reconfortante para ele. Sabia que ali, ele podia encontrar um pouco de paz. Passou a mão pelos arreios e equipamentos, tentando se acalmar."Eu não posso... não devia...", murmurou para si mesmo, esfregando o rosto com força, como se pudesse apagar o que
Capítulo 17Com cuidado, Carlos e Giulia ajeitaram a toalha no chão e foram organizando a comida que Júlio havia preparado na cesta. Os sanduíches, frutas e bebidas estavam impecavelmente arrumados.Enquanto eles terminavam de preparar tudo, Vitória, pegou as varas de pesca. Ela colocou as iscas como seu pai a havia ensinado em outras ocasiões, e as deixou cuidadosamente nos suportes. Observando a filha, Carlos sorriu, orgulhoso.- Ela sabe fazer direitinho, não é? - Giulia comentou, encantada com a dedicação de Vitória.- Sim, ela tem uma facilidade incrível para essas coisas - Carlos respondeu, com um toque de orgulho na voz.Quando terminaram de arrumar tudo, Giulia pegou um copo de suco e entregou a Carlos.- Acho que isso é merecido por seu esforço em nos trazer até aqui - ela disse, sorrindo.Ele pegou o copo, um pouco surpreso com o gesto, e assentiu, levando o suco à boca.- Júlio realmente caprichou hoje. Parece até um banquete - ele brincou, relaxando aos poucos.Vitória, qu
Capítulo 18Carlos e Giulia continuaram conversando. Cada palavra trocada parecia aproximá-los ainda mais. Ele contava histórias sobre a fazenda e, vez ou outra, se pegava rindo ao ouvir Giulia reagir com curiosidade e entusiasmo a cada detalhe.- E então, certo dia, um dos bezerros resolveu fugir pelo pasto e só parou no meio do pomar olhando para os lados perdido. - Ele riu ao lembrar, e Giulia o acompanhou, divertida.- Aposto que foi você que teve que buscar ele de volta, não é? - ela perguntou, olhando-o com uma expressão encantada.- Claro - ele respondeu, tentando manter o tom leve. - Ninguém teria coragem de encarar a fúria de um bezerro teimoso como aquele.O riso de Giulia foi doce e cativante. O som dela rindo mexia com Carlos, e ele percebeu que não queria que aquela noite terminasse.Conforme as risadas se acalmaram, um silêncio confortável tomou conta. Carlos, impulsivamente, estendeu a mão e cobriu a de Giulia. Ela não se afastou; pelo contrário, apertou de leve seus de
Capítulo 19Giulia se entregou completamente às sensações que a dominavam. O calor do corpo de Carlos, a firmeza de suas mãos e a maneira como ele sugava seu seio faziam sua pele se arrepiar e seu coração disparar. O desejo percorreu seu corpo, indo do peito até se concentrar em seu centro mais íntimo, pulsando de excitação. Ela ofegou, surpresa com a intensidade do que sentia. Em um único toque, Carlos despertava nela um prazer que jamais havia experimentado, algo que seu marido nunca conseguiu provocar, nem mesmo no ato completo. O contraste entre o passado e o presente era avassalador, e tudo o que Giulia queria naquele momento era se perder nos braços dele.De olhos fechados, Giulia sentiu quando Carlos soltou seu seio, deixando o bico sensível ao contato com o ar frio. Seu corpo ansiava pelo próximo toque, e ela permaneceu imóvel, esperando que ele conduzisse cada passo. Embora já não fosse virgem, não sabia exatamente o que fazer, então decidiu se entregar completamente, certa
Capítulo 20Sem qualquer dúvida entre eles, ambos se entregaram por completo ao momento. Carlos percebeu que Giulia ainda estava um pouco tímida, então a beijou com carinho, aprofundando o contato para acalmá-la e intensificar a conexão entre os dois. Enquanto seus lábios se fundiam, ele se posicionou entre as pernas dela, aproximando seus corpos ainda mais. Com um movimento firme, enfiou a língua fundo na boca dela, saboreando sua doçura e sentindo o desejo crescer entre eles.Assim que sentiu Giulia relaxar, Carlos deslizou a mão pela lateral do corpo dela, em um carinho suave que fez sua pele se arrepiar. Seus dedos traçaram um caminho lento e envolvente até que ele deslizou a mão entre eles, segurando seu membro firme e guiando-o até o centro do seu desejo.Ela estava entregue, sem barreiras, sem hesitação. Quando ele avançou lentamente, preenchendo-a aos poucos, Giulia entreabriu os lábios e soltou um longo e profundo gemido de prazer, sentindo-se completamente envolvida por ele
Capítulo 21Giovanni ergueu o olhar quando a porta do escritório se abriu, um sorriso frio e cruel se formando em seus lábios. Seus capangas entraram, arrastando Giulia sem qualquer cuidado, e a jogaram no chão de madeira com brutalidade. Ela gemeu de dor ao sentir o impacto, o corpo dolorido pela viagem forçada. Ele se aproximou lentamente, as mãos fechadas em punhos ao lado do corpo. Seus olhos estavam sombrios, carregados de fúria contida. - Pensou que poderia se esconder de mim para sempre? - Sua voz era baixa, mas carregada de puro veneno. Giulia tentou se erguer, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento, Giovanni se abaixou, segurando seu rosto com força, obrigando-a a encará-lo. - Acha que eu não sei onde você esteve? Que não sei que dormiu com aquele coroa? - Sua voz foi aumentando até se tornar um grito. - Porra, Giulia! "Che palle"!Giulia fechou os olhos instintivamente, o coração disparado de medo. - Eu vou matá-lo com minhas próprias mãos! - Giovanni rosnou, s
Capítulo 22Giulia sentiu a pele ser aquecida suavemente pela luz da manhã entrando pelas frestas da cortina. Seu corpo se espreguiçou preguiçosamente sobre os lençóis, um sorriso involuntário surgindo ao lembrar da noite anterior.O cheiro amadeirado de Carlos ainda estava impregnado no travesseiro ao lado, e por um momento, ela permaneceu ali, apreciando a sensação de segurança e aconchego.Mas logo, a realidade voltou à sua mente. Precisava se levantar.Com um suspiro, afastou o cobertor e sentiu o frescor da manhã tocar sua pele. Caminhou até o banheiro e abriu o chuveiro, deixando a água morna escorrer por seu corpo, levando embora qualquer resquício de cansaço.Com os olhos fechados, permitiu-se relaxar, mas a lembrança do pesadelo ainda assombrava sua mente. Giovanni ainda era uma sombra no seu caminho, mas ali, na fazenda de Carlos, ela se sentia protegida.Após o banho, enrolou-se em uma toalha felpuda e foi para o seu quarto, escolheu uma roupa confortável: uma blusa leve de