Capítulo 3.3

Após fazer todos os procedimentos iniciais, eu pego as minhas chaves e sigo em direção aos dormitórios. O prédio onde vou me instalar é de fácil acesso, e não demoro a encontrar o meu quarto. Me foi informado que vou dividir o quarto com uma veterana, já que sua colega de quarto desistiu do curso um pouco antes de completar um ano, o que é engraçado, porque me pergunto se não serei capaz de fazer exatamente isso depois de apenas alguns meses no Joe Bixby.

Encaro a porta com o número treze nela. Não sou supersticiosa, mas não dizem que isso é um número de sorte ou algo do tipo? Bato, recebendo apenas um ruído do lado de dentro, que traduzo como uma autorização e então empurro a porta. Minha colega de quarto está de costas para mim, mas reconheço de imediato os cabelos vermelhos e as roupas pretas que Eleanor estava usando quando a vi lá fora. Congelo no mesmo instante.

— Hum... olá — eu digo, meio desajeitada, conforme olho para Cass em busca de alguma ajuda.

Minha irmã simplesmente fecha a cara e cruza os braços. Diante do silêncio, Eleanor se vira para nós, e então sua expressão se fecha.

— O que fazem aqui?

— Bem... hum... esse é o meu quarto — digo. — Eu sou Evelyne.

Ela parece ainda mais irritada com essa declaração.

— Estou certa de que suas amigas já devem ter dito quem eu sou, então não acho que precise me apresentar.

— Elas não são minhas...

Antes que eu possa terminar, Cassidy me corta:

— Evelyne é a minha irmã mais nova, Eleanor, e vai ser uma de nós em breve, então não se meta com ela.

Ela estreita os olhos, mas não rebate. Eu quero dizer qualquer coisa para deixar esse clima menos tenso, mas Eleanor não me dá brecha quando pega algo de sua bolsa e me olha de maneira impaciente, dizendo:

— Me dê licença, por favor?

Eu saio do seu caminho, e ela caminha em direção à porta.

— Não deixe roupas sujas no chão, tá legal? — complementa. — A última que dividiu o quarto comigo tinha essa mania irritante, e eu não vou ser sua empregada.

Antes que eu possa responder que ela não precisa se preocupar com isso, ela abre a porta e sai.

— Nossa — eu digo. — Acho que vamos ser ótimas amigas.

Cassidy ignora meu comentário irônico enquanto caminha para o lado destinado a mim no quarto.

— Você pode trocar de dormitório se quiser — ela diz. — Posso tentar ajudar.

— Relaxa — falo. — Não vou morrer por dormir no mesmo quarto que ela. Tenho quase certeza de que mal vamos nos cruzar.

Cassidy bufa, ainda muito irritada.

— É bom que ela não tenha gostado de você. Não quero que seja amiga dessa chata.

Balanço a cabeça.

— Estou mais surpresa com o fato de que nossa adorável Cass já criou inimizades pelo Joe Bixby.

— Eu não criei inimizade com ela. Essa garota que sempre gosta de me provocar. O problema dela é com Kendall, e mesmo assim ela me trata mal.

Por que será? Tenho vontade de perguntar sarcasticamente, mas não vou jogar na cara de Cassidy que é isso o que acontece quando você anda com alguém que chama as pessoas por nomes horríveis e as constrange em público.

— Certo, certo. Eu vou saber lidar com Eleanor. Não se preocupe — falo. — Agora, vá para seu dormitório. Termine de arrumar suas coisas e depois a gente se encontra lá fora. Tudo bem?

Ela assente relutantemente.

— Se cuida — diz. — E não se esqueça de me consultar se precisar de alguma coisa!

— Okay, mamãe, eu já entendi.

Ela faz menção de sair, mas volta rapidamente para dizer mais algo:

— E não se meta em problemas!

Eu rolo os olhos dramaticamente.

— Jesus, Cassidy. Apenas saia.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo