EVELYNENão beijei muitos caras ao longo da minha vida. Apesar de acreditar estar em um namoro com Jason, meu ex do ensino médio, o que tive com ele não podia ser considerado sequer um relacionamento. Ele mal ligava para mim, e eu demorei muito tempo para perceber a problemática nisso tudo. Como não tive tantas experiências com o sexo oposto, não tenho muitos parâmetros para comparar, mas sei que o que estamos tendo é diferente. Com ele é diferente.A mão de Aaron sobe pela minha espinha, colando nossos corpos ao ponto de me fazer ofegar. Com a outra, ele segura em minha nuca, inclinando minha cabeça, e eu lhe dou fácil acesso aos meus lábios. Suspiro ao sentir a pele quente de suas costas e braços. Escorrendo meus dedos para fazer o que eu sempre quis, enfio os dedos em seus cabelos, sentindo a maciez na ponta dos meus dedos.Ele me beija mais profundamente, movendo nossos corpos, e é quando sinto a parede fria contra minhas costas outra vez. Todo meu corpo está em brasas, minha pele
Sua mão sobe lentamente pela minha barriga, erguendo um pouco a bainha da camiseta. Ele alcança a alça da minha blusa e abaixa lentamente, plantando beijos em meu ombro. Seus olhos encontram os meus, me dando tempo para recuar, mas não o faço.O próximo movimento que sinto é o de sua boca descendo um pouco mais pela minha clavícula, até alcançar o vão dos meus seios. Ele cobre um peito com uma mão, e eu me contorço, sentindo meu mamilo sensível em contato com a sua pele.— Posso te beijar aqui? — ele pergunta enquanto raspa o polegar no meu mamilo tenso.Eu mordo o lábio e balanço a cabeça freneticamente em resposta.Aaron arrasta o tecido da minha blusa para cima, descobrindo meus seios. Em seguida, ele inclina a cabeça e cobre meu mamilo com sua boca.Eu me perco em sensações quando ele brinca com a sua língua, fazendo círculos em minha pele sensível.— Por favor... — eu gemo, sem saber ao certo o que pedir a ele.— Me diz o que você precisa, amor, e eu dou tudo o que você quiser.N
EVELYNEAs manhãs no Joe Bixby são sempre um martírio para mim, mas nessa manhã as coisas estão diferentes. Não consigo tirar o sorriso do rosto, e Ginger percebe isso quando me vê.— Está tudo bem? — ela pergunta ao se sentar ao meu lado.— Sim — respondo, tentando não sorrir tanto e agir estranhamente. Sei que deveria falar com ela sobre o que está acontecendo entre mim e seu irmão, mas ainda não tive coragem. Não sei como ela vai reagir, por isso estou tão receosa. — E você?Ela suspira sonhadoramente.— Maravilhosamente bem. Acordei com uma mensagem do Eric. Ele é tão fofo.— Sério? E sobre o que vocês dois conversaram?Ela dá de ombros e me lança um olhar misterioso.— Coisas de casal.Por um momento, fico incomodada com o relacionamento de Ginger e Eric. Sei que não tenho o direito de interferir, mas as coisas aconteceram bem rápido entre eles, e Ginger parece ser bem ingênua. Por outro lado, me lembro que o que estou fazendo com o irmão dela, seja lá o que isso signifique, é pr
— Eca. — Ginger faz uma careta.— Eu avisei a ele — Aaron fala. — Mas Trent acha que é uma boa ideia fazer essa merda à fantasia.— Espere... — Ginger se anima. — Na verdade, a ideia não é tão ruim. Eu gostaria de uma festa à fantasia.— Jesus... — Aaron geme.— De que festa vocês estão falando? — pergunto.— O aniversário de Ginger é no mês que vem — Trent responde. — O que você acha, Evelyne? Nos dê sua opinião sobre isso.Eu dou de ombros.— Eu não sei... eu acho que uma festa a fantasia seria ok, se Ginger estiver de acordo.— Sério? — Aaron arqueia uma sobrancelha. — Estou decepcionado.Não resisto ao provocá-lo:— Ah, qual é. Todo mundo está querendo ver você vestido de coelhinho sexy. Ponha um pouco de chantily nos mamilos e as pessoas vão adorar.Ele estreita os olhos, mas sei que está segurando uma risada.— Você é irritante. — Mesmo com a repreenda, sinto sua mão capturar a minha por baixo da mesa, fazendo com que eu me derreta por dentro feito um sorvete na praia. Aperto su
EVELYNESegurando a sacolinha cheia de guloseimas com apenas uma mão, eu toco a campainha. Estou tão nervosa que minhas mãos estão até suando. Pouco tempo depois, a porta se abre e sou saudada por uma Ginger confusa.— Eve? O que faz aqui a essa hora?— Acabei de sair do trabalho — digo, estendendo o pacote com cookies e torta red velvet. — Andrea me deixou trazer estes para casa. Decidi trazer um pouco pra vocês.Seus olhos se expandem em excitação.— Oh, eu amo os doces da sua cafeteria. Entre!A sigo em direção à cozinha e coloco as guloseimas sobre o balcão.— Onde está o seu irmão?Ela me olha por um segundo antes de responder:— Lá em cima.Balanço a cabeça e desvio o olhar, sem saber ao certo como conduzir essa conversa. Começo a mexer nas embalagens com o logo da cafeteria apenas para ganhar tempo. Ginger, no entanto, não faz rodeios:— Você gosta dele?Eu congelo, voltando a encará-la.— O que?— Gosta dele? — repete.— Eu... nós...— Eve, você sabe que pode me contar, né? —
Ela apoia os cotovelos no balcão e se inclina em minha direção, como se fosse me contar um segredo.— Vanessa era minha melhor amiga antes de se tornar a namorada de Aaron — começa. — A mãe dela era muito amiga da minha mãe, então consequentemente ficamos muito próximas. Mas então... ela conheceu Aaron e a partir de então sua vida se baseou em persegui-lo e venerá-lo. Até que um dia, finalmente, eles decidiram namorar. Eu avisei que isso não iria dar certo, mas eles não me ouviram, então, da mesma maneira como tudo começou, Aaron decidiu terminar com ela poucos meses depois. Vanessa ficou arrasada e nossa amizade nunca mais foi a mesma.— Uau — eu digo. Não sabia que Vanessa e Aaron haviam tido algo, mas já era de se imaginar pela maneira como ela sempre olhou para nós dois juntos. Agora tudo faz sentido. — E você não sabe o motivo de eles terem terminado?Ginger dá de ombros.— Aaron não gosta de falar sobre a vida pessoal comigo, principalmente sobre o que aconteceu no Ensino Médio.
Não sei o que dizer, mas não preciso, porque ele continua. — Nenhuma delas fez eu me sentir como se tivessem vergonha de mim... — uma pausa, então ele diz: — E sabe o que é mais triste nisso tudo? Eu balanço a cabeça em negativa. — Eu tenho certeza de que se qualquer uma delas tivesse dito o que você disse, não teria me magoado tanto quanto você fez. Meu coração está partido, moído, em pedaços. Sinto a sinceridade e a mágoa quando olho para ele. Ele estava tão magoado com a minha atitude que considerou, por um momento, que eu não admiti o que tínhamos por vergonha. — Aaron, sinto muito — eu digo. — Nunca vou ter vergonha de você. — Então o quê? — Eu tive medo — falo. — Medo da reação que sua irmã ou seus amigos teriam. Estou insegura. Sua expressão se suaviza. Ele tira a embalagem de bolo da minha mão e a coloca em cima da sua escrivaninha. Em seguida, me puxa até a sua cama. Quando Aaron se senta no colchão, ele me leva com ele, fazendo com que eu me acomode em seu colo. Seus
AARONSe existe algo que deveria ser natural, mas que considero desconfortável, são os almoços em família. Eu nunca soube ao certo o que dizer ou como me portar em situações em que toda minha pequena família esteve reunida ao redor de uma mesa. No começo, costumava ser ainda pior, por incrível que pareça. Uma mesa grande o suficiente para abrigar meu pai, Ginger, eu e sua mãe socialite que sempre tinha um comentário negativo na ponta da língua. Hoje, as coisas estão consideravelmente melhores, mas não deixam de ser estranhas.Minha irmã olha ao redor do restaurante quase vazio e abaixa o tom de voz:— Por que há tantos seguranças aqui?— Por que você acha, tonta? — eu digo. — Os paparazzi não deixaram papai em paz desde que ele voltou.Ela encolhe os ombros.— Eu nunca vou me acostumar com isso. Só queria um almoço em família normal com vocês dois.Meu pai sorri.— Estamos tendo um almoço normal, bonequinha. Basta ignorar as pessoas ao redor. Finja que somos apenas nós, ok? — ele diz.