Liz— Liz? — Henry me chamou enquanto preparava o molho da lasanha.— Oi? — Estávamos na cozinha e eu lavei a louça enquanto ele cozinhava.— Eu te amo. — Eu não me cansava de ouvir suas declarações. — Podemos fazer uma festa de casamento, o que acha?— Acho que já está na hora de conversarmos. — Ele colocou a lasanha no forno e ficou ao meu lado na pia.— Pode falar! — Ele me empurrou com a bunda e ligou a torneira para lavar as mãos.— Sobre eu morar aqui, continua sendo muito cedo, por mais que sejamos casados. — Ele desligou a torneira e pegou o pano que estava no meu ombro para secar as mãos. — E ainda não quero que ninguém da faculdade fique sabendo.— Por quê?— Sempre falei que era solteira e agora do nada chego e falo que sou casada? E que ele ainda é professor da faculdade...— E delegado — me interrompeu.— O quê?— Sou delegado substituto, o delegado está afastado por tempo indeterminado.— O que mais devo saber sobre você?— Você já sabe o suficiente! — Ele me puxou pela c
HenryNa Itália, alguns dias atrás— Como ele desapareceu, eu aceitei me casar com a menina, e nunca tinha a visto na minha vida. Sandra sempre me contava como ela estava e tudo mais. Então eu voltei para Nova York, Thiago me colocou como o seu substituto na delegacia e na faculdade, e quando eu a vi pela primeira vez, meu coração parou. Percebi que era amor. — Fiz uma pausa e meu irmão arqueou uma das sobrancelhas. — Sim, Hendrick. Eu estou amando mais uma vez.— Então volte para ela, não deixe o idiota do Patrick no caminho.— E o papai?— Eu cuido das coisas aqui, sabe que eu sempre cuidei.— Por isso que eu te coloquei nesse posto, não existe pessoa melhor que você para ocupá-lo.— Sabe que existe, sim, irmãozinho. — Hendrick fez uma pausa. — Sabe muito bem que essa pessoa é você!— Hendrick...— Vai logo antes que eu mude de ideia — me interrompeu antes que terminasse de falar. — Andressa já preparou o seu jatinho.— Obrigado, irmão. — Nos abraçamos.Segui para o prédio da máfia,
HenryApós alguns anos, ela resolve aparecer assim, do nada.— Continua aí? — Saí do meu devaneio quando ouvi Kevlin me chamando no outro lado da linha.— Estou!— Vamos nos encontrar. Tenho informações importantes para te passar.— Do que está falando?— Do Eric...— O quê?— Às 10h, no shopping central — avisou e desligou em seguida.***Voltei para casa e Liz continuava dormindo. Tomei um banho no meu quarto para não a acordar. Coloquei o meu terno azul-marinho, penteei o cabelo para trás, passei o meu perfume Invictos e vou ao outro quarto de me despedir de Liz.Ela ainda dormia, parecendo um anjo, então dei um beijo em sua testa e deixei um bilhete.Desci e tomei café com a Sandra.— Aconteceu alguma coisa? — Sandra sabia que tinha algo de errado.— Kevlin voltou.— Não! — Sandra colocou as mãos na boca quando falei sobre a sua volta. — Não pode ser, Henry!— Espero que Patrick não esteja no meio disso tudo.— E você vai ver ela?— Sim! Ela me disse que tem informações sobre o Eri
HenrySaio do meu transe quando meu celular toca.Olho no visor é a Sandra. Droga, tinha me esquecido que ia almoçar com a Liz.— Sandra?— Meu menino, você vai almoçar em casa?— Já estou a caminho, avisa a Liz que já estou indo.— Ela ainda não chegou.— Como assim? Petter não foi buscá-la?— Sim, mas até agora não chegaram.— Ok, vou ligar para ele. Até. — Desligo sem esperar por sua resposta.Disco rapidamente o número do Petter e ele atende no segundo toque.— Onde vocês estão?— No shopping central, senhor.— Qual parte?— Eu estou no estacionamento aguardando a senhora McNight, ela foi numa loja, disse eu ia comprar uma roupa... — Ele começa a gaguejar.— Porra! Não acredito. ***LizPorra, Henry!Apresso meus passos, minha mente já está ficando turva, mas sem querer eu me esbarro em alguém e acabo derramando todo o meu suco.— Liz. — Não acredito que é ele.É o Patrick, ainda bem a pessoa em quem esbarrei que é alguém que eu conheço.— Você está bem, Liz? — Ele me ajuda a leva
LizA cozinha também é pequena, os armários são todos na cor marrom, a geladeira de inox, o que tira a simplicidade da decoração. O fogão é a lenha, a mesa de madeira, e a junção de todas essas coisas deixa esse lugar muito aconchegante.Abro a geladeira e tem um bolo de chocolate, suco de laranja e uma lasanha congelada.É claro que vou direto para o bolo.Abro uma das gavetas e pego uma faca, corto um pedaço generoso. Está maravilhoso, quem fez tem mãos de fada.— Não imaginava estar com tanta fome assim. — Henry fala assim que entra na cozinha. — Vai me contar o que foi aquela cena no shopping? — Ele fala em tom de autoridade.— Quem tem que me dizer o que foi aquela cena no shopping, é você, senhor McNight! — Retribuo o mesmo tom de autoridade.— Do que você está falando, Liz? — Ele parece não entender e se senta do lado oposto da mesa. A distância entre nós é pequena, já que a mesa é bem pequena.— Me poupe, Henry. — Falo enquanto procuro um copo nos armários. — A sua direita. —
LizAcordo com a claridade que vem apenas de uma direção da janela, por ela ser de madeira. Me levanto e troco de roupa, vou até o banheiro e me olho no espelho, minha cara está horrível. Lavo o meu rosto e no armário tem uma escova de dente na embalagem, abro ela e escovo meus dentes.Depois que termino minha higiene, respiro fundo e desço, vou direto para a cozinha, estou com fome.Quando entro na cozinha, Henry está de costas para mim, olhando pela janela, ele toma alguma coisa. Ele está com o seu terno preto, cabelo penteado para trás, seu cheiro domina o ambiente. Foco, Liz! — Meu subconsciente me reprime.— Preparei café. — Ele continua olhando pela janela enquanto fala.Continuo em silêncio.— Em dez minutos ou menos a nossa carona chega. — Ele fala e se vira. — Coma alguma coisa! — Sua voz é autoritária.— Vá a merda! — falou sustentando o seu olhar.Ele dá um sorriso sem graça.— Eu quero o divórcio! — Ele fica surpreso com o meu pedido.— Vou pedir para o meu advogado conta
Liz— Ela não quer ir ao médico e está ficando cada vez pior, sua temperatura não está baixando de jeito nenhum, já fiz até compressa com água e nada dela melhorar. — Ouço a voz da Sandra lá no fundo.Quero abrir meus olhos, mas não consigo, a claridade da lâmpada me impede. Sinto o meu corpo cada vez mais fraco.— Está tudo pronto, senhor. — Ouço a voz do Petter.— Vou descer com ela. — Ouço a voz do Henry, só posso estar alucinando.Sinto suas mãos e seu cheiro no meu corpo, ele me encosta em seu peito e meu corpo todo estremece. Ele me dá um beijo na testa, e minha vontade de chorar é enorme. Por que ele está fazendo isso comigo?Ele deveria cumprir com sua promessa e ficar longe. Essa sua distância e aproximação repentina só me machucam.Quero dizer o quanto suas palavras me magoaram e que eu não quero mais vê-lo.Ele deveria ter aceitado o divórcio desde o início.Mas já estou sem forças pra nada. ***Acordo com a claridade da luz em cima de mim.Olho em volta e percebo que estou
LizA sala da faculdade é mais para um auditório, tem uma fileira que cobre os pés dos alunos, e como ela é alta, Britney não me vê, pois eu estou no chão.— Oi, meu gatinho.— Britney, aqui não. — Ouço a voz do Henry. — Ninguém vai entrar e todos já saíram. — Como eu a odeio. — Para de se mexer. — Britney fala novamente.Me ergo devagar e vejo o Henry sentado e a Britney fazendo um oral nele. Ele está de olhos fechados, aproveitando, com certeza está gostando e automaticamente sinto mil borboletas na minha barriga com a cena que presencio.Me levanto e saio, desço as escadas devagar, tentando ao máximo não fazer barulho.E para variar, eu tropeço nos meus próprios pés e caio novamente.— Liz. — Henry fala quando abre os olhos.— O que você faz aqui? — Britney pergunta enquanto limpa a boca.Não respondo nenhum dos dois, mas Henry se aproxima e me ajuda a pegar minhas coisas que estão caídas no chão.— Liz? — Continuo pegando minhas coisas. — Me desculpa! — Ele sussurra.— Pelo… o qu