LizEle continuou sereno, como se nada estivesse acontecendo. Não me contive, parti para cima dele, dando socos em sua barriga. Ele riu, o que me deixou mais enfurecida. Eu queria que ele sentisse o mesmo que senti quando ele foi embora. — Liz! — gritou, segurando minhas mãos. — Me perdoa! — Você acha que é simples assim? Sumir e não dar notícias para ninguém, ainda mais para mim, que sou sua esposa! — Eu não queria dizer aquela palavra, mas na hora do impulso saiu. — Me perdoa. Meu pai sofreu um acidente. Ele está em coma há mais de um mês... — Seus olhos se encheram de lágrimas ao contar o que aconteceu. — E você acha que fiquei como? — Abracei-o. — Fiquei com medo de te perder...— Liz, entenda uma coisa. — Me soltei do seu abraço. — Você não vai me perder! Eu te amo. — Ele segurou meu rosto em suas mãos. Meu corpo todo estremeceu com as suas palavras. Ele me amava como eu o amava. Agarrei o seu rosto e o beijei. Como eu estava com saudades dos seus lábios, dos seus toques...
Liz— Achei que ia embora como da última vez. — Henry me virou enquanto falava, depois de eu desligar o telefone. — Só me levantei para atender o meu celular. — Vai me dizer o motivo de ter me deixado no outro dia? — Ele me encarou, sério. — Fiquei com vergonha. — Senti meu rosto todo corar. — Vergonha do quê? — Eu não sei bem... —Não sabia mesmo. — Desculpa por fazer aquilo, não vai se repetir. — Isso quer dizer que teremos mais momentos de amor? — Segurou o meu queixo e seus olhos verdes brilharam. — Liz... nunca quis tanto alguém como eu quero você. Não respondi sua pergunta, puxei-o pelo pescoço e o beijei. Já conseguia sentir sua ereção em minha barriga. Nosso beijo era exigente, quente, nem parecia que ficamos juntos apenas algumas horas atrás. Sua língua saiu da minha boca e desceu pelo meu pescoço, e ainda bem que estávamos nus. — Você é perfeita, Liz! — Minha barriga roncou e ele não se aguentou, começou a rir. — Podemos deixar isso para depois. — Desculpa. — Não p
Liz— Não é isso, Liz. — Henry me largou e foi até a geladeira. — Eu preciso te manter segura.— Me manter segura? — Do que ele estava falando?— Sim. Se eu te contar algo a mais da minha vida — foi em direção à adega pegar um vinho —, você estará em perigo, e eu não quero isso. Eu não posso te perder. — Abriu a garrafa e encheu duas taças.Peguei uma delas e bebi todo o vinho em apenas um gole, estressada com aquela história.— Ei, pequena, calma. — Tirou a taça da minha mão e começou a me beijar.Claro que eu aproveitei da situação. Ele estava apenas com um calção de malha e sem cueca.E eu? Estaria com a calcinha toda molhada, se estivesse usando uma, claro. O beijo foi ficando cada vez mais intenso.Fizemos uma pausa quando o forno começou a apitar.— Droga! — Henry reclamou, nos afastando e indo tirar a lasanha do forno. — Terminamos depois — brincou, jogando um beijo.Nosso final de semana foi maravilhoso. Henry deixou de ser aquele homem gélido e distante e se tornou amoroso e
HenryNa Itália, alguns dias atrás— Como ele desapareceu, eu aceitei me casar com a menina, mas nunca tinha visto a garota na minha vida. Sandra sempre me contava como ela estava e tudo mais. Então, eu voltei para Nova Iorque, e Thiago me colocou como o seu substituto na delegacia e na faculdade, e quando a vi pela primeira vez, meu coração parou. Percebi que era amor. — Fiz uma pausa e meu irmão arqueou uma das sobrancelhas. — Sim, Hendrick. Eu estou amando mais uma vez.— Então volte para ela, não deixe o idiota do Patrick no caminho.— E o papai?— perguntou surpreso.— Eu cuido das coisas aqui, sabe que eu sempre cuidei.— Por isso que eu te coloquei nesse posto, pois não existe pessoa melhor que você para ocupá-lo.— Sabe que existe, sim, irmãozinho. — Hendrick fez uma pausa. — Sabe muito bem que essa pessoa é você!— Hendrick...— Vai logo antes que eu mude de ideia — me interrompeu antes que terminasse de falar. — Andressa já preparou o seu jatinho.— Obrigado, irmão. — Nos abr
HenryDurante o jantar, fiz o pedido, e claro que ela aceitou. De longe, percebi que Kevlin nos lançava um olhar atravessado. E, como sempre, a ignorei, pois a comemoração estava fluindo muito bem.Ketlin sumiu por alguns minutos e resolvi ir atrás dela. Procurei nos banheiros e não a encontrei. Decidi, então, ir até os quartos, pois ela poderia muito estar exausta com aquilo.Comecei a olhar de quarto em quarto, até que, enfim, cheguei no meu quarto e ouvi uns gemidos. Como a porta estava apenas encostada, consegui ver Ketlin trepando com o Patrick. Fiquei petrificado com aquela cena. Eu esperaria aquilo da Kevlin, não dela.— Tem certeza de que você vai se casar com aquele idiota? — Patrick perguntou entre os gemidos.— Sabe que estou sendo obrigada — respondeu entre os gemidos também.Meu mundo desmoronou naquele momento. Ela dizia que me amava, como podia mentir tão bem?— Vamos fugir, ainda deu tempo. — Depois que o meu pai conseguir o que quer, podemos ficar juntos.Fiquei por
HenryDecidi ligar para o Hendrick.— Hendrick, como nosso pai está?— Estava preocupado.— Ele está apresentando sinais de melhora. — Ele fez uma pausa. — O que aconteceu?— Kevlin está em Nova Iorque e me disse que tem notícias sobre o Eric — redargui.— Isso pode ser uma emboscada, irmão. —Disse desconfiado.— Eu sei, mas tenho que arriscar. Ela quer me encontrar no shopping central. — Estava pensativo, pois se fosse mesmo uma emboscada, ela não iria me convidar a um lugar público.— Shopping?— Sim!— Isso não está certo. — Ele parecia temoroso.— Recebi um envelope com uma foto do Eric todo sujo, cheio de hematomas, barbudo e cabeludo, amordaçado e com os braços amarrados para trás.— Alguma pista do lugar?— Hendrick estava aflito.— Não sei, mas tenho quase certeza de que me lembro desse lugar da nossa infância.— Não creio. — Hendrick estava tão surpreso quanto eu.— Vou enviar as cópias das gravações da delegacia, e peça para nossa equipe investigar, espero que possamos encontr
LizPorra, Henry!Apressei meus passos. Minha mente já estava ficando turva, mas sem querer esbarrei em alguém e acabei derramando todo o meu suco.— Liz. — Não acreditava que era ele.Era o Patrick. Ainda bem que a pessoa em quem esbarrei era alguém que eu conhecia.— Você está bem, Liz? — Ele me ajudava a levantar.— Estou sim, apenas molhada. — Acabei me molhando devido ao suco, e Patrick molhou mais os sapatos e a barra da sua calça social.— Tem certeza? — Não aguentava quando ele me perguntava aquilo e começava a chorar.— Liz! — Ele me puxou em seus braços e me abraçou, e minha mente trouxe à tona o beijo do Henry e da loira, que podia não ter sido demorado, mas, de qualquer jeito, ele me traiu.Nunca o tinha traído, e algumas horas atrás, ele dizia que me amava...— Desculpa — falei assim que consegui amenizar o meu choro.— Não tem problema. — Ele secou meu rosto. — Obrigada. — Naquele momento, agradeci a um senhor da limpeza do shopping que veio secar onde estava molhado de
LizChegamos ao estacionamento e ele me jogou para dentro do seu carro. Em seguida, travou a minha porta, e em questão de segundos já estava sentado no banco do motorista, arrancando com o carro.— Coloca a merda do cinto! — O ignorei e ele começou a acelerar.— Henry? — Tentei me controlar, chamando por ele.— Coloca a porra do cinto! — Ele não parava de acelerar.— Henry... — Minha voz saía em um sussurro.— Agora não, Liz, agora não! — Ele apertou as mãos no volante e não desviou os olhos da estrada. Coloquei o cinto e ele deu uma diminuída na velocidade.Ele não seguiu nem para minha e nem para a casa dele, estava indo em direção ao litoral. Para onde ele está indo?— Se segura — Henry disse quando entrou em outra estrada estreita.— O que você está fazendo? — Estava apavorada.— Tem alguém nos seguindo. — Olhei para trás e vi um carro preto enorme nos seguindo.— O que eles querem?— Eu não sei!— Henry, tô com medo. — Ele olhou para mim, mas não disse nada.Ele continuou acelera