Liz— Sentiu a minha falta? — Henry perguntou.— Você não imagina quanto. — Me sentia mais leve e segura com ele por perto.— Vamos, meu amor — Vicente falou para Francesca.— É claro. — Ela nos olhou toda sorridente. — Até sábado?Eu e o Henry nos olhamos.— Sim, até — Henry afirmei.Francesca saiu andando na frente e Vicente foi logo atrás. Esperei até os dois ficarem bem distante.— Como eles conseguem?— Consegue o quê, minha ragazza? — Henry se sentou ao meu lado.— Se casar com alguém bem mais velho que ela, e viver sob ameaças — afirmei.— Ameaças?— Sim, o Vicente ameaça tirar os filhos dela, caso se separem — falei, indignada.— Ragazza, isso são negócios de família — Henry falou com a maior naturalidade.— Isso nunca vai acontecer com os nossos filhos.— Precisamos conversar sobre isso. — Ele me encarou.— Nem vem me dizer que os nossos filhos vão ter casamentos arranjados? — A essa altura, meu tom de voz já estava um pouco alterado.— Vicente nos fez uma proposta. — Só agor
HenryChegamos em casa depois da chuva tensa.— Nossa, irmãozinho. — Hendrick riu quando me viu entrando em casa. — Cunhadinha, não conseguiram escapar?— Está zombando de mim? — perguntei e lhe dei um abraço.— Me solta. — Ele riu.Larguei o Hendrick e puxei a Liz pelo braço para subimos as escadas correndo.Ainda estava pensando sobre a proposta do Vicente. Era muito tentadora, mas o futuro da minha Pipoca estava em jogo. Eu não queria isso, sabia que o meu destino e o da Liz também fora assim, mas no final de tudo tivemos sorte.— O que está acontecendo? — Hendrick perguntou assim que entrou em meu escritório.— Estou pensando na proposta do Vicente — falei e massageei as têmporas.— Você ainda não me contou sobre isso.— Ele quer que a Bella se case com o Thomas, aí poderemos expandir os negócios.— Esse cara é louco?— Também acho.— Você tentou argumentar? — Hendrick perguntou enquanto enchia os nossos copos de uísque.— De todas as maneiras possíveis, mas ele não se deixa conve
Liz— E quando você ia me contar sobre isso? — Caminhou até o banheiro e o acompanhei. — Anda, Henry, me responda.— Estou contando agora.— Para de ser sarcástico — rebati. — Faz quanto tempo que vocês estão seguindo e que ainda não conseguiram pegar?— Um tempo depois do seu sequestro.— E você escondeu todo esse tempo? — Parou na porta do banheiro e me encarou, eu estava furiosa. — E depois vem dizer que ainda somos um casal?— Do que você está falando?— Henry. — Coloquei as duas mãos na cabeça e respirei fundo. — Quando eu soube de tudo o que o seu pai te faz, eu tive que aguentar ser chamada de traidora.— Eu não te chamei de traidora.— Mas insinuou a todo momento.— Isso não tem nada a ver, Liz.— Ah, não tem? —Baixou as mãos e o encarei.— Vamos tomar banho — convidou.— O quê?— Pare com isso, Liz, e venha — ordenou.— Você está maluco. — Ri, sem ânimo. — Quer saber, Henry? Vai à merda. Vai lá resolver tudo com Ketlin.— Liz, eu não te falei nada para a sua proteção.— Ah, q
LizO voo foi longo, acabei fazendo uma conexão forçada. Um dos motores do avião pegou fogo, fizemos um pouso forçado em um dos aeroportos que fazia conexão com a Alemanha. Estava morta.O que me deixou receosa foi que eu achei ter visto um homem parecido com o Patrick no aeroporto, só que um pouco mais velho e com alguns fios de cabelos brancos.Tentei abordá-lo para realmente tirar a dúvida, mas não consegui, e já tinha tempo que ele desaparecera. Não tínhamos notícias suas desde o coma do Henry, que foi causado por ele.***Já eram quase cinco da tarde. Peguei minha mala de mão e caminhei até a saída do aeroporto. Pedi um táxi e segui em direção ao hotel em que fiz a reserva.Aqui estava frio, não me atentei em olhar o clima. Droga!Liguei o meu celular e ele começou a vibrar sem parar. Olhei o visor do celular e tinha 40 chamadas e 20 mensagens do Henry. O desliguei para a decolagem e esqueci de ligar quando o avião estabilizou.Ele devia estar furioso. Isso era culpa dele. Se ti
HenryMe levantei cheio de ódio, peguei o meu celular e liguei para ela. Só que não me atendeu, sempre ia direto para caixa postal. Fui para o meu escritório, peguei um MacBook e usei um aplicativo que eu tinha para verificar em qual voo ela foi e em qual horário que ela chegaria lá, e também descobri em qual hotel ela iria ficar.Peguei a minha arma na gaveta da mesa da minha sala, pois sabia que a Ketlin parecia inofensiva, mas gostava de me prevenir.— Senhor, no... — Não deixei que ele terminasse a frase.— Prepare o jatinho agora, saímos em 10 minutos.— Considere-se feito, senhor.— Petter, Petter. — Fui correndo para a cozinha.— Ele está na garagem, senhor. — Uma das empregadas me falou.Fui até lá e o encontrei.— Petter, vamos — o chamei sem delongas.— Agora? — perguntou enquanto olhava o seu relógio no punho.— Sim, vou para Alemanha. — Ele apenas me olhou com a boca aberta. — Vou atrás da minha mulher. — Sem mais perguntas, caminhamos até a garagem.— Vai precisar de algu
Liz— Você realmente quer saber? — Ele apenas concordou com a cabeça.— Ela só me confirmou o que você já tinha me dito. — Dei de ombros.— Acho que alguém me deve desculpas — ele falou.— Não. Você não confiou em mim, então não merece.— Agora me conta o que aconteceu na sala dela. — Nos sentamos na cama.— Eu me apresentei, mas a recepcionista não queria me atender. Assim que eu disse quem era, ela rapidamente ligou para a Ketlin e em seguida eu subi.— Não achou muito arriscado?— Não. Por que? — Dei de ombros.— Você nunca veio para Alemanha, e nunca tinha conversado diretamente com a Ketlin.— Você acha que eu me deixo intimidar por pouco? — Ele riu. — Até parece que não me conhece, não é?— é isso que me assusta, eu te conheço e tenho medo quando você some, assim, do nada.— Eu sumi do nada?— Sim, Liz, você sabe que é perigoso você viajar assim, sem nenhuma segurança com você.— E você?— O que tem?— Cadê os seus seguranças?— Eu não me importo comigo. — Ele segurou o meu rost
Liz— Eu não sei. Tem poucos dias que voltamos a nos falar, e se ele souber que eu sou cúmplice...— Eu sei que ele não vai gostar, mas só eu, você e a Jenny sabemos.— Vou pedir para um dos seguranças te acompanhar.— Mas aí o papai vai desconfiar, prometo que não vamos voltar tarde e que nada de mais vai acontecer. Por favor.— Tá, Bella, mas só dessa vez. Nas próximas você terá que pedir para o seu pai.— Como eu te amo mamãe. — Ela pulou, me abraçando e começando a encher o meu rosto de beijos.— Tá, chega. — Ela riu. — A Paola tem que saber aonde vocês vão, tá?— Tá. Eu vou falar com a Jenny.***— Cadê a Bella? — Henry perguntou enquanto estávamos sentados à mesa jantando.— Foi ao shopping com a Jenny. — Ele parou de comer e me encarou.— A essas horas?— Sim, na verdade, ela já está vindo pra casa — menti.— Liz.— O que foi?— Ela não saiu com aquele menino?— Que menino? — Me fiz de sonsa.— O que ela não para de falar.— É claro que não, você disse que ela não podia ir, ent
LizAcordei com o barulho que vinha da cozinha.Acabei dormindo no sofá, abraçada com a Sandra.Com cuidado, eu saí do sofá e fui para cozinha, assim que cheguei próximo à porta, ouvi Henry e Hendrick.— Fique calmo, irmão.— Como?— A Bella é forte, e logo temos pistas do carro que as levou.— Se ela e Liz não tivessem me desobedecido, isso não estaria acontecendo.— Talvez se você tivesse afrouxado um pouco as rédeas — Hendrick tentou argumentar.— Para de tentar defendê-las. — Nesse momento, ouvi alguns vidros sendo quebrados.— O que está acontecendo? — Sandra entrou com tudo na cozinha apavorada, e sem querer, ela me puxou junto. — Menino. — O Henry estava quebrando alguns pratos e copos.— Deixa, Sandra — Hendrick falou e riu.— Do que você está rindo? — Henry perguntou aos gritos.— Isso não vai adiantar nada. Você pode quebrar a casa toda, e no que isso vai ajudar? — Hendrick falou em um tom mais agressivo. — Em nada Henry, em nada. Então seja um homem de verdade e vá atrás da