LizO voo foi longo, acabei fazendo uma conexão forçada. Um dos motores do avião pegou fogo, fizemos um pouso forçado em um dos aeroportos que fazia conexão com a Alemanha. Estava morta.O que me deixou receosa foi que eu achei ter visto um homem parecido com o Patrick no aeroporto, só que um pouco mais velho e com alguns fios de cabelos brancos.Tentei abordá-lo para realmente tirar a dúvida, mas não consegui, e já tinha tempo que ele desaparecera. Não tínhamos notícias suas desde o coma do Henry, que foi causado por ele.***Já eram quase cinco da tarde. Peguei minha mala de mão e caminhei até a saída do aeroporto. Pedi um táxi e segui em direção ao hotel em que fiz a reserva.Aqui estava frio, não me atentei em olhar o clima. Droga!Liguei o meu celular e ele começou a vibrar sem parar. Olhei o visor do celular e tinha 40 chamadas e 20 mensagens do Henry. O desliguei para a decolagem e esqueci de ligar quando o avião estabilizou.Ele devia estar furioso. Isso era culpa dele. Se ti
HenryMe levantei cheio de ódio, peguei o meu celular e liguei para ela. Só que não me atendeu, sempre ia direto para caixa postal. Fui para o meu escritório, peguei um MacBook e usei um aplicativo que eu tinha para verificar em qual voo ela foi e em qual horário que ela chegaria lá, e também descobri em qual hotel ela iria ficar.Peguei a minha arma na gaveta da mesa da minha sala, pois sabia que a Ketlin parecia inofensiva, mas gostava de me prevenir.— Senhor, no... — Não deixei que ele terminasse a frase.— Prepare o jatinho agora, saímos em 10 minutos.— Considere-se feito, senhor.— Petter, Petter. — Fui correndo para a cozinha.— Ele está na garagem, senhor. — Uma das empregadas me falou.Fui até lá e o encontrei.— Petter, vamos — o chamei sem delongas.— Agora? — perguntou enquanto olhava o seu relógio no punho.— Sim, vou para Alemanha. — Ele apenas me olhou com a boca aberta. — Vou atrás da minha mulher. — Sem mais perguntas, caminhamos até a garagem.— Vai precisar de algu
Liz— Você realmente quer saber? — Ele apenas concordou com a cabeça.— Ela só me confirmou o que você já tinha me dito. — Dei de ombros.— Acho que alguém me deve desculpas — ele falou.— Não. Você não confiou em mim, então não merece.— Agora me conta o que aconteceu na sala dela. — Nos sentamos na cama.— Eu me apresentei, mas a recepcionista não queria me atender. Assim que eu disse quem era, ela rapidamente ligou para a Ketlin e em seguida eu subi.— Não achou muito arriscado?— Não. Por que? — Dei de ombros.— Você nunca veio para Alemanha, e nunca tinha conversado diretamente com a Ketlin.— Você acha que eu me deixo intimidar por pouco? — Ele riu. — Até parece que não me conhece, não é?— é isso que me assusta, eu te conheço e tenho medo quando você some, assim, do nada.— Eu sumi do nada?— Sim, Liz, você sabe que é perigoso você viajar assim, sem nenhuma segurança com você.— E você?— O que tem?— Cadê os seus seguranças?— Eu não me importo comigo. — Ele segurou o meu rost
Liz— Eu não sei. Tem poucos dias que voltamos a nos falar, e se ele souber que eu sou cúmplice...— Eu sei que ele não vai gostar, mas só eu, você e a Jenny sabemos.— Vou pedir para um dos seguranças te acompanhar.— Mas aí o papai vai desconfiar, prometo que não vamos voltar tarde e que nada de mais vai acontecer. Por favor.— Tá, Bella, mas só dessa vez. Nas próximas você terá que pedir para o seu pai.— Como eu te amo mamãe. — Ela pulou, me abraçando e começando a encher o meu rosto de beijos.— Tá, chega. — Ela riu. — A Paola tem que saber aonde vocês vão, tá?— Tá. Eu vou falar com a Jenny.***— Cadê a Bella? — Henry perguntou enquanto estávamos sentados à mesa jantando.— Foi ao shopping com a Jenny. — Ele parou de comer e me encarou.— A essas horas?— Sim, na verdade, ela já está vindo pra casa — menti.— Liz.— O que foi?— Ela não saiu com aquele menino?— Que menino? — Me fiz de sonsa.— O que ela não para de falar.— É claro que não, você disse que ela não podia ir, ent
LizAcordei com o barulho que vinha da cozinha.Acabei dormindo no sofá, abraçada com a Sandra.Com cuidado, eu saí do sofá e fui para cozinha, assim que cheguei próximo à porta, ouvi Henry e Hendrick.— Fique calmo, irmão.— Como?— A Bella é forte, e logo temos pistas do carro que as levou.— Se ela e Liz não tivessem me desobedecido, isso não estaria acontecendo.— Talvez se você tivesse afrouxado um pouco as rédeas — Hendrick tentou argumentar.— Para de tentar defendê-las. — Nesse momento, ouvi alguns vidros sendo quebrados.— O que está acontecendo? — Sandra entrou com tudo na cozinha apavorada, e sem querer, ela me puxou junto. — Menino. — O Henry estava quebrando alguns pratos e copos.— Deixa, Sandra — Hendrick falou e riu.— Do que você está rindo? — Henry perguntou aos gritos.— Isso não vai adiantar nada. Você pode quebrar a casa toda, e no que isso vai ajudar? — Hendrick falou em um tom mais agressivo. — Em nada Henry, em nada. Então seja um homem de verdade e vá atrás da
LizAbri meus olhos com uma certa dificuldade, percebo que tem um vazamento.Bella estava desacordada ao meu lado, Jenny estava sendo retirada do carro por alguém que eu não consegui identificar.Abri meu cinto e tentei sair dali.— Jenny. — Minha voz saiu mais baixa do que eu queria, sentia minha garganta seca. — Jenny. — Acreditava que ela estava desacordada, mas quem era aquele homem que a estava carregando nos braços?Consegui sair do carro, corri para outro lado e soltei o cinto da Bella. Puxei-a para fora e senti seu pulso, percebendo que ela só estava desacordada.A deixei a uma certa distância do carro, percebi que o vazamento se intensificou e precisava tirar o Henry do veículo.Tirei seu cinto e tentei acordá-lo.— Henry, Henry. — Dei alguns tapas de leve no seu rosto. — Acorda, Henry. Vamos, me ajude.Tirei o meu casaco e o enrolei em uma das minhas mãos. Quebrei a janela do carro e tentei puxá-lo, mas ele era muito pesado.— Eu te ajudo mãe. — Ouvi a voz da Bella, se aprox
LizSegurei minha boca e fui para o closet procurar um pijama ou camisola.Fiquei olhando minhas camisolas, indecisa sobre qual vestir.— A vermelha é perfeita. — Henry colocou uma das suas mãos em minha cintura e beijou meu pescoço enquanto falava.— Isso não muda nada. — Fui seca com as palavras.— Liz… — Ele me virou e me encarou. — Me perdoa, sei que fui muito rude com as palavras. — Não falei nada. — Me desesperei com o que aconteceu.— E colocar a culpa em cima de mim te ajudou?— Não, só piorou. — Ele tomou um gole do seu uísque. — Foi a sua distância e a maneira como você me olhava que me fizeram perceber que tinha ido longe demais. — Ele encostou sua testa na minha. — Me perdoa? — ele sussurrou em meu ouvido.— Na próxima, eu te mato. — Ele riu e me beijou.— Por favor, nunca mais me olhe daquela maneira.— Qual maneira?— Como se me odiasse e me amasse ao mesmo tempo.— Tem coisas que o nosso olhar não mente.Falei e o beijei profundamente. Antes da Bella desaparecer ele tin
Liz— Oi, meus amores.— Cadê a Sorella? — perguntei.— Estou aqui, mamãe. — Ela apareceu logo atrás de nós.— Como você está? — questionei, enquanto a abraçava.— Estaria melhor se não estivesse com isso no meu braço. — Ela ergueu o braço engessado.— É por pouco tempo, meu amor — falei e dei um beijo em sua testa.— Cadê o meu beijo, Pipoca? —Henry perguntou.— Bom dia, minhas crianças. — Sandra falou.— San. — Andei em sua direção e a abracei. — Cadê o Hendrick?— Está no jardim com a senhorita Paola.Merda!Henry e eu nos entreolhamos.Sabíamos que ela já sabia o que estava acontecendo.— Vamos tomar café? — Tentei disfarçar a minha cara de preocupação.Mas assim que nos sentamos à mesa, Paola entrou desesperada.— Liz, cadê ela? — Ela estava desesperada. — Me fala que tudo isso é mentira.— Paola, se acalme — Hendrick pediu.— Não, isso é tudo mentira, a minha filha não seria capaz de tudo isso.— O que está acontecendo? — Tefo perguntou.— Não é nada. — Henry tentou amenizar.—