Capítulo 65 Alex Leonel Duas semanas se passaram desde que eu ataquei Soyer, ele está quieto demais, desconfio que vem coisa por aí e imagino que ele deve aprontar algo hoje na reunião da organização. Por sorte eu estou pronto, ajeito minha gravata e olho para o meu escritório, Emma está sentada com Jeong, embora não ela não deixe parecer sei que está nervosa. Vou apresentá-la como minha filha para os membros, só assim poderei matar Soyer livremente. Olho para a vídeo chamada no meu notebook e assim que deu a hora exata, estamos todos conectados. Observo todos os mafiosos com uma expressão não muito boa, principalmente Vladimir. — O que você fez Marine? — perguntou Vladimir. Dou um sorriso debochado. Como imaginei, Soyer já tinha se comunicado com eles. — Aquele bastardo já foi fazer queixa — comento sem me deixar intimidar com os olhares de reprovadores. — Marine, o senhor sabe muito bem que não entramos em guerra um com o outro. — Diz o mafioso espanhol. — Soyer vai se
Jeong ParkDou um sorriso convencido para a minha namorada enquanto a observo me fuzilar com os olhos quando chegamos ao nosso quarto. Eu sei que aquilo que sugeri na sala de Alessandro foi inesperado, porém essa é uma ótima oportunidade. Minha linda mulher cruza os braços esperando que eu falasse alguma coisa.— Eu sei que foi repentino.— Foi mesmo — Emma solta um suspiro e continua: —, mas eu não consigo ficar tão brava quanto antes.— Isso é ótimo, querida. — Me aproximo dela, passo meus braços em volta da sua cintura. — Ele não é ruim.— Eu sei que não, mas ainda é difícil — ela me abraça com carinho — foi tanto tempo detestando esse homem, que agora me sinto confusa em relação ao que sinto sobre ele.— Eu entendo, abaixar a guarda não deve ser fácil.— Não mesmo, eu aprendi a lidar com tudo dessa forma.Dou um beijo na testa dela com carinho, acariciando suas costas com minhas mãos.— Vá com calma, meu amor, aos pouquinhos. Ninguém está te cobrando nada, principalmente eles. O q
Emma QuinnEstava ansiosa demais naquela manhã. Afinal, vou viajar com Alessandro. Confesso que será até um alívio sair desse lugar. Desde que vim para cá, totalmente reclusa, após a morte do meu pai, não saímos de casa. Às vezes, queria dar uma volta no parque, ir ao cinema ou até mesmo sair para jantar em algum lugar. Mas, para preservar nossa segurança, ficamos só na mansão.Se eu ficasse aqui por mais um pouco de tempo, acho que iria enlouquecer. Meus irmãos — embora ainda estivessem de luto — aparentavam estar mais relaxados. Pelo menos, eles podem caminhar pela ilha livremente, eu invejava isso.Jeong checou minha pequena mala pela vigésima vez, com todos os kits necessários de primeiros socorros. Quando ele liga o modo protetor, é um pouco irritante, mas ao mesmo tempo o deixa mais charmoso.Depois da nossa descoberta de que meu “parceiro” de trabalho é o mensageiro secreto, Jeong iria resolver tudo assim que estivermos no jatinho. Seria até melhor que ele fosse confortar Noah
Emma QuinnA viagem de carro de meia hora até o aeroporto é silenciosa. Eu estou nervosa e acredito que Alessandro também se sente assim. Quando entramos no jatinho, não escondo minha surpresa. Eu nunca tinha entrado em um antes, e é bastante luxuoso. As poltronas são muito confortáveis — bem diferentes da classe econômica do avião. Ser um ricaço tem suas vantagens.Mordo os lábios enquanto observo cada canto do jatinho. Há quatro poltronas grandes bem divididas com uma mesa, um sofá grande de frente para uma TV enorme e um frigobar no canto. Tudo é bem iluminado e os móveis têm tons de bege e vinho escuro.Dois seguranças sobem com nossas malas, enquanto Alessandro vai direto para o frigobar e tira de lá um vinho. Eu lembro daquele vinho; era o que eu tinha comprado para a minha chefe no dia do jantar.— Bueno Brunello de 2008 é o meu preferido — explica ele, pegando duas taças. — Quando nos encontramos pela primeira vez, você o levou no jantar com a Angelina.— Sim.— Fiquei bastant
Emma Quinn Sou acordada suavemente por uma mão em meus ombros. Abro os olhos um pouco confusa, levanto rapidamente e percebo que estou em uma cama na suíte do jatinho. Como vim parar aqui? Alessandro me dá um sorriso e me entrega um prato de cookies recheados com uma xícara de café. — Eu te carreguei até aqui. Não sei se foi culpa do vinho, mas você apagou. Estava desconfortável no sofá, então te trouxe para cá. — Ele explica. — Coma um pouco, só vamos ter tempo depois que o evento acabar. — Ele comenta, colocando a xícara de café bem quente na boca. Ainda um pouco grogue de sono, eu o agradeço e pego um cookie com gotas de chocolate. Assim que mordo o primeiro pedaço, fecho os olhos e solto um gemido. Penso logo em Jeong comendo doce; ele estaria maravilhado agora. — É uma delícia isso aqui. — Digo com um sorriso. — Jeong iria adorar. — Dou outra mordida enquanto a massa se dissolve na minha boca, e tomo um gole do café. — Você é uma formiga como ele. — Alex sorri. — Esses são g
Emma QuinnNós estamos na lanchonete. Estou com uma calça jeans, uma blusa do AC/DC, tênis (como ele sabia que essa era uma das minhas bandas preferidas, eu não sei) e óculos escuros. Alessandro está com uma regata, óculos escuros também, boné, calça jeans e tênis.Para mim, ele continua chamando a atenção, mas Alex está convencido de que está abafando. Então, vou deixar que ele se lasque sozinho.Eu pedi um sanduíche completo, e Alessandro fez o mesmo. Nós dois sentamos numa mesa e começamos a comer.— O que achou da inauguração? — Tem um monte de gente — falo de boca cheia, sem me importar, pois estou faminta. — Ainda bem, né? Mas você gostou?Dou um gole na Coca-Cola.— Óbvio. Me responde uma coisa: você está reformando o orfanato em que vivi?Ele ri.— Descobriu isso agora? — Ele bebe seu refrigerante também. — Estou sim, estive por lá e vi que as condições não são boas. Mesmo com você doando uma boa quantidade de mantimentos, vou fazer melhorias. Pode ficar tranquila.— Obrigad
Jeong Park Enquanto aguardo Dino acertar a localização de Noah Backer, confesso que estou ansioso para saber por que esse sujeito escondeu o jogo até hoje. E também, em qual time ele joga? Não conseguimos descobrir mais nada sobre ele.Mas certamente Noah Backer não deve ser seu nome verdadeiro.Vejo a mensagem de Emma dizendo que está tudo bem.Relaxo um pouco e ajeito meu sobretudo. O garoto dá um soco na mesa do seu computador, despertando minha atenção, e sorri, virando a cadeira na minha direção.— Eu sou muito bom.Na tela do computador aparece a localização de Noah; não é muito longe de onde estamos.— Demorou porque o desgraçado fez uma boa proteção. E, sinceramente, acredito que ele vai saber que estamos indo atrás.— Eu não ligo, só quero saber qual é a dele. Ele sabe muita coisa sobre a gente. — Pego um pirulito de uva no bolso do meu sobretudo e coloco na boca. — Vamos lá pegá-lo.— Eu posso ir também dessa vez? — Dino pergunta, esperançoso.— Não, eu preciso de você aqui
Alex Leonel — Alessandrinho! — Ouço uma voz irritante me chamar à distância. Novamente, a voz repete: — Alessandrinho, hora de acordar! Vou acordando aos poucos, com a cabeça explodindo de dor. Sinto um cheiro e gosto metálico de sangue. Solto um gemido de dor e tento me mover, mas não consigo. Onde estou? O que está acontecendo? Tudo está um pouco confuso. — Olha aí nosso ator principal acordando. — O homem debocha. Abro os olhos lentamente e me deparo com David Soyer agachado, me encarando com diversão. Meus olhos se erguem para um corpo pendurado à minha frente. Rapidamente, lembro o que aconteceu: eu e minha filha estávamos tendo um dia especial, e então fomos atacados. Emma está completamente suspensa pelos pulsos com correntes, desacordada. Há um filete de sangue seco em sua testa e alguns arranhões pelo rosto. Estou amarrado a uma cadeira e tento me soltar, mas é em vão. Dou uma breve olhada ao redor. Parece que estamos em um galpão, mas está com pouca iluminação, mas ao