Jeong Park Estou com um mau pressentimento desde que acordei pela manhã, claro que eu não falei nada para Alex e Milena, os dois estão muito ansiosos, pois hoje seria o dia que ele conversaria com Emma. Passo a manhã inteira tenso e metade da tarde também. Quando chegou a hora de levá-los até a lanchonete preferida da minha mulher, eu sinto um arrepio. Antes que eu entrasse no carro, converso com alguns seguranças de Alex e os meus amigos. — Estou tendo um mau pressentimento, só por precaução se mantenham por perto e apostos. — Acredita que Soyer iria tentar algo de novo agora? Ele deve saber que vocês dois voltaram. — Erick diz preocupado. — Eu não sei, David é louco, ele já provou isso quando tentou matar Emma daquela vez na estrada. — Me irrito ao lembrar disso. — Ele não se importa se ela é policial ou não. — Tudo bem, vamos ficar atentos. — Diz Felipe. — Eu posso fazer algo chefe? — perguntou Dino, ansioso. Ele ainda era um garoto, sei muito bem que Dino não era bom com
Emma Quinn Sinto como se estivesse anestesiada, ainda não choro como deveria, só me deixei ser guiada por Jeon sem me importar para onde ele me levaria. Eu não consigo ouvir nada do que acontece em minha volta, só quando ele vai sussurrando palavras carinhosas no meu ouvido. Quando a van que estamos para ele me ajuda a descer, ele consegue me pegar no colo com um esforço e me carrega para dentro da mansão, vou para uma sala, ele me coloca sentada em uma mesa e pega o kit de primeiro socorros. Jeong começa a limpar meu rosto com cuidado, pisco algumas vezes e percebo que seu sobretudo está rasgado quando coloco as mãos percebo algo molhado, e observo minhas mãos sujas de sangue. — Jeong… — sussurro assustada — você está ferido!— Está tudo bem, querida, deixe-me cuidar de você agora — tenta me acalmar. — Não, você se feriu — eu o ignoro e puxo seu sobretudo para trás —, fique quieto. Pego o kit de primeiro socorros de suas mãos, seu braço esquerdo está completamente ensanguentado
Emma Quinn Após eu e meus irmãos nos acalmarmos Jeong nos leva até uma sala, somente agora percebo que estamos na casa do senhor Leonel, estou tão sem forças que nem consigo ficar irritada por isso, e não sou idiota de perceber que estamos seguro aqui, por mais que eu não quisesse estar. Me recordo de alguns flash do momento do ataque e me preocupo com a senhora Leonel, ela estava tão assustada quanto eu. E quando a vejo entrando, ela está com um corte pequeno no rosto, e no braço, o olhar dela se encontra com o meu e logo ela vem me abraçar. Eu não recuso o abraço, mas me mantenho imóvel. — Emma, eu… eu sinto muito. — Tudo bem. Então Alessandro entra no lugar, ele também parece estar bem, na sua testa há pequenas pontos, mas nada grave. Ele se aproxima de mim com cuidado. — Sinto muito, se eu pudesse fazer algo… Eu fecho os olhos com força. — Se eu pudesse trocaria de lugar com Robert — continuou ele, olhando para mim e meus irmãos. Prendo meus lábios co
Emma Quinn Após dois dias conseguimos fazer o velório do meu pai, Alessandro cumpriu o que ele prometeu, o corpo do meu pai estava lá, o importante era isso, e foi a coisa mais difícil do mundo. Nós três ficamos abraçados enquanto dávamos nosso último adeus ao papai. Nossa família também esteve presente, e o cemitério foi distante e algo bem privado, também graças ao senhor Leonel. Eu sei que tinha sido dura com ele, mas não voltarei atrás, aquela é a minha decisão; nunca mais desejo ver esse homem. Jeong não tentou conversar comigo sobre aquilo, apenas permaneceu quieto e ficou ao meu lado. Eu só preciso dele, é o suficiente para mim. Minha chefe também compareceu ao velório com Noah, os dois pareciam abatidos por mim. E foi assim que aconteceu. Depois que o enterramos, Alessandro insistiu para que voltássemos para a mansão até o dia de nossa viagem, outra coisa que ele fez por nós; iria nos enviar para outro lugar enquanto a poeira abaixasse: a ilha dele. Pelo que ele disse e
Alex Leonel Embora meu coração estivesse partido, eu fiz tudo o que minha filha me pediu, ficar longe dela seria difícil, mas respeitaria sua decisão contanto que Milena ficasse de fora dessa condição. Minha esposa não merecia isso e graças a Deus, Emma concordou. Fazer o velório do homem que a criou não foi nada difícil ou complicado, em questão de uns minutos estava tudo organizado, os irmãos dela não sabiam como me agradecer e nem deveriam. Eu ainda estava chateado e muito triste pela morte terrível de Robert. Aquele homem não merecia isso, e é por isso que não posso deixar isso passar. Vou aproveitar que Emma e seus irmãos estariam na minha ilha, vou mandar Milena depois, também não gostaria que Jeong se metesse nessa parte se caso ele soubesse o que eu realmente pretendia fazer não ia viajar com Emma. E sei que ela já me culpa, se Jeong se machucasse, eu mesmo jamais iria me perdoar. Mas já chega! Eu vou revidar e com força, Soyer não pode estar no arsenal, mas alguns homen
Jeong Park Assistir a minha Emma passando por todo aquele sofrimento me deixou completamente arrasado e eu sei o quanto ela está sendo forte, confesso que aceitar a máfia e pedir a ajuda de Alessandro me deixa ainda surpreso, no entanto acredito que ela tenha entendido que infelizmente não tem como a polícia lutar contra isso, será máfia contra máfia agora e os melhores irão vencer. Concordo plenamente com Alessandro, ela jamais iria puxar aquele gatilho, aquilo era muito diferente do que Emma está acostumada, é matar ou morrer, não existe outra opção nisso.Também sei que o meu padrinho estava planejando algo, são anos de trabalho para Alex e sou seu braço direito, ele realmente ainda acha que pode esconder algo de mim? Claro que eu nunca o deixaria sozinho naquilo, minha ideia era só colocar a minha mulher no avião e ficar aqui por enquanto, depois eu iria para lá com Milena. Mas agora os planos mudaram, e nós dois estamos aqui. — Eu vou invadir o arsenal de Soyer, agora é sem c
Emma Quinn Eu estou em um dos quartos de hóspede — que agora é meu e de Jeon — esperando ele voltar, olho para o relógio e ando de um lado para o outro, fazia três horas que eles saíram e até agora não voltaram. Estou quase saindo para ir atrás deles. A minha mente não parava de trabalhar pensando em mil coisas que poderiam ter acontecido. “Será que o carro capotou?” “Será que Soyer os machucou?” Fico a ponto de enlouquecer, então ouço uma batida na porta. Abro rapidamente e observo a senhora Leonel. Ela me dá um sorriso tímido. Assim que Milena descobriu que eu não fui viajar pela sua expressão não gostou muito, mas pelo menos não disse nada. — Ei, você parece angustiada. — Ela me analisa. — Estou um pouco, eu deveria ter ido junto. — Digo com um resmungo. — Ainda bem que não foi, já basta minha aflição por eles. — Milena me olha — quer tomar um chocolate quente? Acabei de fazer. Afirmo com a cabeça. Eu a sigo até a cozinha e me sento na cadeira da ilha, ela nos serve com
Capítulo 65 Alex Leonel Duas semanas se passaram desde que eu ataquei Soyer, ele está quieto demais, desconfio que vem coisa por aí e imagino que ele deve aprontar algo hoje na reunião da organização. Por sorte eu estou pronto, ajeito minha gravata e olho para o meu escritório, Emma está sentada com Jeong, embora não ela não deixe parecer sei que está nervosa. Vou apresentá-la como minha filha para os membros, só assim poderei matar Soyer livremente. Olho para a vídeo chamada no meu notebook e assim que deu a hora exata, estamos todos conectados. Observo todos os mafiosos com uma expressão não muito boa, principalmente Vladimir. — O que você fez Marine? — perguntou Vladimir. Dou um sorriso debochado. Como imaginei, Soyer já tinha se comunicado com eles. — Aquele bastardo já foi fazer queixa — comento sem me deixar intimidar com os olhares de reprovadores. — Marine, o senhor sabe muito bem que não entramos em guerra um com o outro. — Diz o mafioso espanhol. — Soyer vai se