Emma Quinn Tomo um gole de cappuccino com chantilly da xícara grande enquanto sou observada pelo meu pai. Eu já sei que ele vai falar da minha aparência. Estou magra e um pouco desleixada, não sinto vontade de me arrumar, eu não sinto vontade de fazer nada, faz algumas semanas que estou me escondendo deles. Na verdade, de todo mundo, no trabalho, dei a desculpa de que não estava me sentindo bem e minha chefe aceitou de bom grado sem questionar os motivos. O único que aceitei a receber visitas no meu apartamento é o Noah, ele me atualizou que ainda estão trabalhando para pegar Soyer e somente. Eu sei que tenho que voltar ao trabalho e a minha vida tem que continuar, eu só precisava de um pouco de espaço e me manter forte para ficar na frente de Alessandro Leonel de novo e também de Jeong. Eu sinto tanta saudade dele que doi, as noites eu desato a chorar abraçada a uma camisa que ele deixou, mas isso vai passar… — Não está se alimentando direito, Emma. — Afirma meu pai. — O que aco
Emma Quinn Ajeito a toca em meu cabelo, enquanto saio da loja de conveniência, hoje senti vontade de comer algo diferente do que iogurte e frutas. O ar gelado atinge meu rosto, enquanto ando pelas ruas, a neve cedeu mas continua frio, observo as ruas vazias um tanto pelo clima e o outro pelo horário. Coloco as mãos por dentro do bolso do casaco, eu deveria ter vindo de luva. Continuo andando pelas ruas, desde de minha conversa com meu pai na semana passada me sinto um pouco melhor, creio que posso voltar ao trabalho. Porém eu não quero ficar na casa de Alessandro Leonel, sobre isso eu me recuso, caso Angelina ainda deseje que eu trabalhe junto com ele vou sair do caso, por mais que queira pegar David Soyer. Viro na esquina e noto a pouca iluminação no beco, continuo andando, então percebo que tem alguém atrás de mim. Meus instintos policiais ficam em alerta. Ando um pouco mais depressa e os passos da outra pessoa aumentam também. Tem alguns dias que sempre quando saio penso que e
Jeong Park Eu tenho vivido um inferno essas semanas, Alex me tirou completamente do trabalho, mas ficar em casa não estava ajudando também, pelo menos eu me mantinha ocupado, ficar sozinho me fazia pensar nela o tempo inteiro e isso me fazia afogar em bebida para aliviar essa saudade insana. Erick me chamava para irmos ao bar às noites, mas eu não sentia vontade. Então eu também me dei um tempo, decidi ficar mais com a minha família coisa que não acontecia faz tempo, eles sabiam que tinham algo errado mas não me perguntaram nada.Só Yumi que me trazia chocolates e dizia que era a melhor forma de lidar com um coração partido. E, pode se dizer que minha irmã estava certa. Depois de mais algumas semanas, aquela sensação foi passando e me senti mais forte. Fiz a barba só deixando o cabelo grande, gostei daquilo, voltei para a minha casa e também ia voltar para o trabalho. Ainda preciso pegar David Soyer, antes que ele descobrisse que Emma é a filha de Alessandro. E assim fiz, eu só e
Jeong Park Eu acordo primeiro que Emma, ela está dormindo apoiada com a cabeça ao meu peito e me abraçando como se tivesse medo de que eu sumisse. Eu a abraço do mesmo modo e dou um beijo em sua cabeça. Eu a tiro do meu lado com cuidado e vou ao banheiro fazer minhas necessidades, percebo que meu desodorante e minha e escova de dentes ainda permanecem ali. Eu esqueci algumas coisas na casa dela, mas não retornei para buscar. Dou um sorriso por Emma ter mantido e a esperança de nós voltarmos é muito maior agora. Escovo meus dentes, em seguida molho as minhas mãos e passo nos fios do meu cabelo jogando-os para trás. Volto ao quarto e visto a minha cueca, Emma ainda está dormindo profundamente e não a acordo. Vou até a cozinha e preparo um café da manhã para nós. Abro a geladeira dela e está vazia novamente, solto um suspiro. Havia percebido que ela está mais magra, eu não posso recriminá-la, pois eu também só alimentei direito porque estava com a minha família. Mas mesmo assim, eu
Alex Leonel Estou com o dedo sobre os meus lábios enquanto ouço o que Jeong acaba de me dizer, os nossos homens de confiança estão na sala de reuniões conosco, todos ficam ansiosos para ouvir minha resposta. Então dou uma risada, impressionado mas nada surpreso. — Ela tem meu gênio, sabe fazer uma boa negociação. — Nem fala. — Jeon fala de um modo cansativo. — Como vai ser? — Diga a ela que eu aceito. — Observo Jeong. — Padrinho isso é doidera. — Marcus diz assustado. — Eu não ligo, isso é isso que ela quer, pela minha filha eu faço qualquer coisa, até mesmo desistir da família Marine. — Alessandro desfaz seu sorriso. — Estou cansado pessoal, e acho que vocês também, não querem fazer algo diferente do que fazemos? Muitos de vocês têm família, é óbvio que não vou deixar ninguém desamparado, minha empresa tem filial, porém a família Marine não pode continuar. Alguns se entreolharam e ficaram quietos. Eu sei das implicações que surgirão assim que eu me desfazer da máfia, mas pa
Emma Quinn Eu ainda não consigo acreditar que Alessandro aceitou a minha oferta, o único motivo de eu ter proposto isso é por Jeong, sua família e Milena. Eu não quero que eles passem por um interrogatório e principalmente sejam presos, sei muito bem que a Interpol não pega leve, e outra coisa é que não posso ser conveniente com nada, eu ainda amo minha profissão e prefiro me manter corretamente nela. Essa é minha chance de ouro para Alessandro e eu realmente espero que ele não esteja mentindo. Nesse momento estou sentada na lanchonete que eu e meu pai usamos para conversar, acho que para ter aquela conversa com eles, essa foi uma boa escola, e com meu pai ao meu lado me sinto mais protegida. Jeong virá com Alessandro e Milena em breve. Robert não diz nada apenas segura em minhas mãos e aperta com carinho. — Vai tudo dar certo, ouça tudo o que eles tem para dizer e lembre-se do que eu disse, pare de achar que todos estão mentindo. — Vou tentar o meu melhor — dou um sorriso para
Jeong Park Estou com um mau pressentimento desde que acordei pela manhã, claro que eu não falei nada para Alex e Milena, os dois estão muito ansiosos, pois hoje seria o dia que ele conversaria com Emma. Passo a manhã inteira tenso e metade da tarde também. Quando chegou a hora de levá-los até a lanchonete preferida da minha mulher, eu sinto um arrepio. Antes que eu entrasse no carro, converso com alguns seguranças de Alex e os meus amigos. — Estou tendo um mau pressentimento, só por precaução se mantenham por perto e apostos. — Acredita que Soyer iria tentar algo de novo agora? Ele deve saber que vocês dois voltaram. — Erick diz preocupado. — Eu não sei, David é louco, ele já provou isso quando tentou matar Emma daquela vez na estrada. — Me irrito ao lembrar disso. — Ele não se importa se ela é policial ou não. — Tudo bem, vamos ficar atentos. — Diz Felipe. — Eu posso fazer algo chefe? — perguntou Dino, ansioso. Ele ainda era um garoto, sei muito bem que Dino não era bom com
Emma Quinn Sinto como se estivesse anestesiada, ainda não choro como deveria, só me deixei ser guiada por Jeon sem me importar para onde ele me levaria. Eu não consigo ouvir nada do que acontece em minha volta, só quando ele vai sussurrando palavras carinhosas no meu ouvido. Quando a van que estamos para ele me ajuda a descer, ele consegue me pegar no colo com um esforço e me carrega para dentro da mansão, vou para uma sala, ele me coloca sentada em uma mesa e pega o kit de primeiro socorros. Jeong começa a limpar meu rosto com cuidado, pisco algumas vezes e percebo que seu sobretudo está rasgado quando coloco as mãos percebo algo molhado, e observo minhas mãos sujas de sangue. — Jeong… — sussurro assustada — você está ferido!— Está tudo bem, querida, deixe-me cuidar de você agora — tenta me acalmar. — Não, você se feriu — eu o ignoro e puxo seu sobretudo para trás —, fique quieto. Pego o kit de primeiro socorros de suas mãos, seu braço esquerdo está completamente ensanguentado