Esse capítulo dá início ao segundo livro da Trlilogia O Chef. Boa leitura!
Flávia Simões— Assim amor, assim… Ai que delícia! Que gostoso! — gemo, enquanto escuto os seus grunhidos atrás de mim. Oliver se mexe com uma maestria deliciosa segurando firme o meu quadril. Estamos ofegantes, completamente suados e entregues ao ápice do nosso prazer. Em algum momento ele solta os meus quadris e segura firme os meus cabelos, puxando levemente a minha cabeça para trás e o meu bumbum parece ficar ainda mais empinado para ele.— Está gostando, querida? — A pergunta vem acompanhada de duas estocadas fortes e o orgasmo abraça o meu corpo com violência.— Aaah! Aaaah! Aaaah, Deus! — Solto gemidos ensandecidos e Oliver goza logo em seguida. Depois se deixa cair na cama ao meu lado e nós nos beijamos calidamente.— Eu te amo, amor! — Ele diz todo meigo e ofegante ainda em minha boca. Eu queria poder dizer o mesmo, mas ao invés disso, faço uma careta para ele e solto um som desesperado.— Oh, meu Deus! Alguma coisa se quebrou dentro de mim! — falo com desespero e puxando o a
Alguns anos depois...Kelly FerraçoSabe quando você abre os olhos e se encontra dentro do seu quarto e tudo parece estar diferente? Por exemplo, o sol parece mais radiante hoje e também parece ter mais nuvens no céu claro. O meu quarto já não é mais aquele quarto de menina, todo cor de rosa e cheio com bonecas. Ele agora expõe pôsteres dos meus cantores preferidos nas paredes e claro do meu ator preferido também. O que eu mais gosto fica bem de frente para a minha cama. É um pôster do Tom Ellis sentando com classe e elegância em um trono negro e alto, grande e tenebroso. O cara representa o próprio diabo, o pai das trevas, mas exala um poder de sexualidade que estremece as calcinhas das meninas — que o meu pai ou o meu tio Oliver não escutem os meus pensamentos — isso me faz lembrar da última vez que eu tive um namorico. O coitado do Léo não teve sossego na vida desde então. Os dois marmanjos fizeram um tipo de tortura psicológica com o garoto e em menos de uma semana, esse se afast
KellEnquanto caminho pelo imenso pátio do colégio, levando uma mochila pesada nas costas e cheia de materiais escolares e de botons que enfeitam o objeto, observo os alunos que costumam se reunir no pátio antes do início das aulas. Logo sou cercada pelas meninas mais travessas do colégio e diga-se de passagem, da minha turma também. Elas e somente elas, sabem do meu casinho de olhares com o Lipe. Não sabem o que é casinho de olhares, não é? É tipo, quando você não tem a coragem de chegar perto, entendeu? Tipo, nada de beijos e isso inclui selinhos também e nada de pegar na mão, contando aquela história de juramento do dedinho. Eu e o Lipe apenas nos olhamos. O que é ridículo, pois eu já tenho quinze anos e ainda sou praticamente uma bv. O quê? Tive um único namorico de beijos rápidos no cantinho da boca e isso não conta como beijo de verdade. Embora a tia Flávia sempre nos desse cobertura, o Léo não passava disso. Não sei dizer se era medo dos dois homenzarrões ou se por inexperiênci
Petrus Sento-me na cadeira de ferro que tem um tom alaranjado e um policial põe as algemas, me prendendo a pequena mesa à minha frente. Aonde fui me meter? Droga, eu podia estar agora em meu escritório, fazendo o meu trabalho e ganhando o meu dinheiro suado. Como dizia a minha mãe; “de grão em grão a galinha enche o papo.” Sempre achei esse ditado devassado, mas agora ele faz todo sentido para mim. Do outro lado da cela, vindo por um corredor largo, vejo Simone Borbolini, minha prima e confesso que sinto raiva de vê-la aqui mais uma vez. Não entendo porque ela ainda não desistiu de mim. Sério, olha para mim agora. Não sou ninguém, perdi o meu nome, a minha credibilidade, a minha decência e quase prejudiquei o meu melhor amigo e tudo isso por causa do Adam Klive Parker. Aquele desgraçado me enganou direitinho e por mais que os advogados façam e tentem provar que eu também fui mais uma vítima desse desgraçado, eu ainda estou aqui. Perdi treze anos da minha vida e nesses longos anos as
PetrusAs portas metálicas se abrem e Simone sai na minha frente, mexendo em sua bolsa em busca das chaves. Aproveito para olhar o largo corredor que tem as paredes em tons claros e alguns detalhes com madeiras finas e envernizadas. Há também algumas lamparinas em formato de tulipas transparentes nos cantos das paredes e alguns vasos coloniais com algum tipo de planta verde e viçosa dentro deles. O piso de madeira escura e lustrosa completa o requinte do lugar. Escuto o barulho da chave na fechadura e logo a porta está aberta e Simone me dá passagem e meio sem graça eu entro no apartamento. O lugar é bem a cara dela, tem o jeitinho todo dela. Móveis modernos com tons claros, uma única parede pintada de rosa choque, que expõe um quadro imenso de nós quatro rindo sobre as gotículas d’água. A imagem me faz sorri. Me lembro bem desse dia. Eu, Oliver, Adonis e Simone fomos a um parque aquático, foi um dia marcante e bem divertido.— Eu amo esse quadro! — Ela diz me despertando. — Ele me le
Adonis Sabe quando o seu sonho levanta um voo muito, muito alto ao ponto de fazer todos ao seu redor vibrar com gritos eufóricos? Assim está o meu bistrô. Com certeza Andréa Escobar apostou muito alto e acertou em sua aposta. A decoração do lugar é chamativa e, ao mesmo tempo, atrativa. Algumas pessoas entram aqui por pura curiosidade, tiram algumas fotos e em seguida degustam o melhor que a cozinha russa, grega e francesa pode oferecer e assim ele passa os dias e as noites sempre movimentado. Chegamos ao ponto de ter que agendar as mesas, para evitarmos tumultos na frente da loja.— Presta atenção, Tina! — Escuto Kell reclamar alto no salão. Eu olho na direção das duas garotas e tento entender o que está acontecendo ali. Tina veio do interior para a cidade a algumas semanas. Ela decidiu voltar a estudar e por incrível que pareça decidiu fazer faculdade de gastronomia. Eu super apoiei e para isso, lhe ofereci um emprego aqui no bistrô. Assim ela pegaria experiência no assunto e teria
AdonisO ritmo dançante da danceteria contagia a nós quatro assim que entramos. Depois do entendimento entre Flávia e Oliver, eles sugeriram vir curtir a noite, já que as meninas passaram uma semana longe de nós dois. A minha ideia de curtição com a Agnes não era bem essa, mas confesso que estava precisando respirar outros ares e já faz muito tempo que não faço isso. Bistrô Kell no colegial cuidar da Carolina tem tomado muito do meu tempo. Tive a preocupação de ligar para uma babá para ficar com as duas meninas, mas a Agnes resolveu dá mais uma ocupação para Kell, ficar elas — digo Carolina e Natália, para podermos sair um pouco. Ela tem feito isso muito ultimamente. — Vocês querem beber algo? — Oliver pergunta para as meninas. Elas fazem sim, com a cabeça e depois de deixa-las bem acomodadas em uma mesa, seguimos direto para o balcão do bar para comprarmos as bebidas e algo para comer também. — Soube do Petrus? — Ele toca em um assunto que tenho mantido longe de mim durante esse
Kell Olho-me mais uma vez no espelho. O uniforme até que está legal, mas eu poderia estar usando um vestidinho. Droga, porque a nossa primeira conversa tem que ser no colégio? Jogo a mochila nas costas e saio do meu quarto, seguindo direto para a cozinha e logo o cheiro do pão fresquinho encanta o meu paladar. Largo a mochila em cima da cadeira ao lado e observo o meu pai fazendo algumas panquecas, a minha mãe falando ao telefone e a Carolina olhando algum tipo de revista de moda em cima do balcão.— Você está linda, Kell! — A danada diz assim que me vê e logo todas as atenções estão focadas em cima de mim. O meu pai me olha minuciosamente.— Está mesmo. — Minha mãe diz com um sorriso espontâneo.— Maquiagem? — Meu pai comenta trazendo um refratário para a mesa, mas sem tirar os seus olhos de cima de mim. Forço um sorriso nervoso para ele.— É, gostou? — pergunto mais natural possível.— Sim, mas você não é de se maquiar pela manhã — comenta atento e eu puxo uma respiração.— Pois, é