Agnes — Cadê a menina mais linda desse mundo? — Adonis pergunta com uma voz engraçada, ele está tentando me fazer sorrir, mas, como sorrir com ela sumida assim? Eu definitivamente tinha alguma esperança de que o Adam estivesse envolvido nisso. De todos os males, eu sei que ele não faria mal a própria filha, mas, nas mãos de bandidos de verdade? Isso muda completamente o rumo das minhas expectativas. Puxo a respiração quando sinto o seu doce beijo em minha têmpora. — Você precisa comer e dormir um pouco, amor — ele diz baixinho. Comer e dormir, isso é uma tarefa praticamente impossível nesse momento. — Por que ninguém diz nada, porque todo esse silêncio? — pergunto tentando não me aprofundar no assunto. O cheiro de comida está solto pelo ar, e ele com certeza irá me forçar a comer alguma coisa. — Eu não sei. — Ele sussurra calmo. Como ele consegue se manter tão firme, tão calmo, tão forte e, ao mesmo tempo, tão sereno? Enquanto estou me despedaçando por dentro? — Olha só, não prec
AgnesO carro a nossa frente para perto de um prédio de tijolos rabiscados. É um prédio pequeno de cinco andares. Adonis para o Jipe ao lado do carro da Simone. A Flávia está agitada demais, ela não para de falar e de ajeitar as luvas negras de couro em suas mãos. O Oliver parece acariciar a arma que tem nas mãos como se ela fosse a coisa mais delicada do mundo. Adonis parece focado, olhando o lugar ao nosso redor minuciosamente.— Ok, qual o prédio? — Simone pergunta em um tom sussurrante.— Aquela casa do outro lado da rua — Flávia diz no mesmo tom. — Por que estamos sussurrando mesmo? — minha amiga pergunta em seguida. Simone bufa.— Olha só, enquanto estivermos invadindo o perímetro, não poderemos falar em voz alta. Então, vamos nos comunicar por mímicas. Se eu apontar para vocês e apontar para outra direção em seguida, é porque terão que seguir a mesma direção que apontei. Dedos apontando para os olhos, quero que fiquem de olho no lugar. A mão avançando, vocês avançam. Eu vou na
Kell — Mamãe? O papai já fez o discurso? — pergunto um pouquinho sonolenta e me sento na cama ablindo os meus olhinhos em seguida. O susto é gande. Esse não é o meu quarto e nem é o quarto da mamãe. Onde está a mamãe? Onde está o papai? Me sentindo elétlica, eu saio da cama gande e vou até à janela. O sol está blilhando forte lá fola. Olho as ruas, mas não conheço o lugar. Os plédios são difelentes, as árvoles também são, e o lugar palece igualzinho daqueles filmes que assisti escondido na casa da tia Flávia… Como ela o nome mesmo? Eu não lemblo, mas tinha um monte de homens usando um pano amarrado na cabeça e eles tinham armas, e tinha tilos em toda cena. Estava muito bom, se não fosse o tio Oliver, que me encontlou debaixo da mesa. Ele acabou com a minha diversão. Tio Oliver… selá que essa é a casa dele? Eu nunca fui à casa do tio Oliver, mas também pode ser a casa do papai, ele ainda não se mudou pala a casa da mamãe. Ablo um sorriso bem gande e vou pala a porta, mas ela está fe
Kell Uma vez na minha antiga escola, a minha plofessola nos contou a histólia do Reizinho Mandão. Ele ela mesmo muito blabo e muito chato também e mandava em todo mundo. Tinha algumas vezes que ele jogava as coisas nas pessoas, quando quelia alguma coisa ou ela contlaliado, e às vezes só pala ter alguém que as pegasse do chão. Não é exatamente o que estou fazendo aqui e agola. Estou jogando os objetos nas paledes e no chão, porque quelo chamar a atenção, pleciso fazer alguma coisa pala eles se aborrecelem comigo e me levar de volta pala casa. E eu acledito que funcionou, porque alguém está finalmente vindo pala o quarto. — O que pensa que está fazendo, pirralha? — Dessa vez não é a mulher, não é ela. É um homem muito gande, que tem um tampão no olho e uma gande cicatliz no queixo. Ele é muito feio e tem uma cala de mal, solto o abajur no chão e corro pala cama. — Escuta aqui, garota, você pode ter feito a sua babá de idiota, mas não vai rolar comigo! Então fica quietinha aí, ou arra
Adonis Kappas É tão bom apreciar a linda visão a minha frente! As minhas meninas estão dormindo tranquilas na pequena cama do quarto infantil, abraçadas uma, a outra. Não foi muito tempo longe dessa pequena, mas passar um dia inteiro sem ter noção de como estava sendo tratada, foi como uma eternidade dentro de um inferno. Não demostrar o quão eu estava abalado com isso foi um esforço sobrenatural, porque essa Fadinha ocupou cada milímetro do meu coração. Ela me escolheu para ser seu e eu sou todinho dela. Minha. Minha filha! O que me faz pensar… Quem foi o responsável por tudo isso? Não, nós não sabemos, ainda. Depois que chegamos a casa, fomos orientados por Simone a fazer uma denúncia, para ser aberta uma investigação e amanhã bem cedo, faremos isso. Respiro fundo e saio do quarto fechando a porta com muito cuidado para não fazer barulho e sigo pelo corredor, direto para a sala onde os outros estão.— Já disse que não é ciúmes! — Escuto os resmungos da Flávia e sorrio. Esse trio
Adonis— Contei para ela sobre o nosso plano de fazer ciúmes e tudo mais, e ela… não quis entender. — Ele deu de ombros, desanimado. — Droga, eu não devia ter começado com essa merda! — resmunga baixo, levando a cabeça as mãos e apoia os cotovelos no balcão.— Não acredito que a Flávia acabou o namoro só por causa disso! — Simone reclama exasperada.— A Flávia é muito impetuosa, Oliver. Ela pensará nas coisas e voltará atrás, você sabe como ela é, então, relaxa, tá? — digo levando uma mão ao seu ombro. Ele ergue a cabeça e me olha desanimado.— Acredito que dessa vez não, cara. Flávia ficou realmente chateada com a brincadeira. — Ergo a garrafa de vinho.— Então vamos encher a cara essa noite e amanhã você tenta falar com ela, combinado?— Claro! — Ele diz. Sinto que o Oliver não está nada bem com isso.***O dia ganhou mais cor essa manhã. O sol parece estar mais radiante, as nuvens mais brancas, o vento mais suave, e o som das risadas dessa fadinha está me deixando maluco, no bom se
Alguns dias antes do sequestro… Adam — Onde está a minha filha, Adam? — Agnes entra em minha sala gritando as palavras com ira. Eu a olho de onde estou, segurando o meu jornal e sentado no sofá simples da pequena sala do minúsculo apartamento, onde vivo agora. São sete horas da manhã e eu realmente não esperava a sua visita aqui tão cedo, menos ainda perguntando o que acabou de perguntar. Calmamente largo o jornal no sofá e fico de pé. Abro um sorriso escroto, daquele que diz: eu sabia que um dia você voltaria a correr atrás de mim e me ponho a falar. — Sinceramente, Agnes, não sei do que está falando — falo calmo demais. A mulher semicerra os olhos e dá dois passos lentos, porém firmes em minha direção. — Não brinca comigo, Adam Clive Parker! Por que por minha filha eu sou capaz de tudo! — rosna entre dentes. Puxo a respiração lentamente e a solto da mesma maneira, deixando um sorriso de lado escapar. — Eu bem sei do que você é capaz por ela e embora você não acredite, eu também
AdamOlhando um pouco para trás… A três anos atrás, para ser mais preciso, no dia em que deixei a Agnes. Deus, se arrependimento matasse. Eu tinha uma vida bem sucedida. Era dono de um banco que tinha os melhores investimentos, tinha uma conta bancária super gorda e ostentava viagens e hotéis luxuosos. Então em uma dessas viagens conheci Marisa Black, uma mulher gostosa e ordinária. Tivemos alguns encontros esporádicos e em um desses encontros, fizemos sexo de um jeito que a Agnes jamais faria comigo. A mulher era um fenômeno dentro e fora da cama e não demorou para ela virar a minha cabeça e eu deixar a minha casa e a minha vida de casado para trás. Perto dela, a Agnes se tornava uma coisinha insignificante, aguada e sem graça. Então pensei… Estou feito! Saí de casa antes que a minha mulher me revelasse a porra da gravidez. Pois é, eu sempre soube dos seus passos. Eu não desejava ser pai, nunca desejei tal coisa para mim. O meu único desejo era ser o dono da porra toda, o rei do luga