Flávia Quarenta e cinco minutos depois… É incrível como o Adam é um babaca. Sério, o cara passa uma eternidade para sair da casa e quando sai, ele passa um longo tempo dirigindo sem direção e quando finalmente para, fica quieto em um banco de concreto olhando para o mar.— Tem algo errado. — A soramonga diz de repente.— Tem! Adam é um idiota demente.— Não, é como se ele soubesse que está sendo vigiado e tivesse… — Nos olhamos espantadas.— Ele está nos distraindo! — dizemos em simultâneo.— Filho da puta!— Liga para o Oliver e pede para ir até o apartamento do Adam agora! — pede exasperada. Na verdade, ela ordena com jeitinho. Garanto, que se não fosse pela Kell, eu mostraria para essa deusa do Olimpo depois de uma década de fome quem manda aqui. Pego meu celular na bolsa e ligo imediatamente para o Oliver, ele atende na terceira chamada.— Oi, Flávia! — diz, sua voz parece desanimada.— Preciso que me faça uma coisa.— Agora não dá…— Tem que dar! — O corto. — Adam saiu do apart
Agnes — Cadê a menina mais linda desse mundo? — Adonis pergunta com uma voz engraçada, ele está tentando me fazer sorrir, mas, como sorrir com ela sumida assim? Eu definitivamente tinha alguma esperança de que o Adam estivesse envolvido nisso. De todos os males, eu sei que ele não faria mal a própria filha, mas, nas mãos de bandidos de verdade? Isso muda completamente o rumo das minhas expectativas. Puxo a respiração quando sinto o seu doce beijo em minha têmpora. — Você precisa comer e dormir um pouco, amor — ele diz baixinho. Comer e dormir, isso é uma tarefa praticamente impossível nesse momento. — Por que ninguém diz nada, porque todo esse silêncio? — pergunto tentando não me aprofundar no assunto. O cheiro de comida está solto pelo ar, e ele com certeza irá me forçar a comer alguma coisa. — Eu não sei. — Ele sussurra calmo. Como ele consegue se manter tão firme, tão calmo, tão forte e, ao mesmo tempo, tão sereno? Enquanto estou me despedaçando por dentro? — Olha só, não prec
AgnesO carro a nossa frente para perto de um prédio de tijolos rabiscados. É um prédio pequeno de cinco andares. Adonis para o Jipe ao lado do carro da Simone. A Flávia está agitada demais, ela não para de falar e de ajeitar as luvas negras de couro em suas mãos. O Oliver parece acariciar a arma que tem nas mãos como se ela fosse a coisa mais delicada do mundo. Adonis parece focado, olhando o lugar ao nosso redor minuciosamente.— Ok, qual o prédio? — Simone pergunta em um tom sussurrante.— Aquela casa do outro lado da rua — Flávia diz no mesmo tom. — Por que estamos sussurrando mesmo? — minha amiga pergunta em seguida. Simone bufa.— Olha só, enquanto estivermos invadindo o perímetro, não poderemos falar em voz alta. Então, vamos nos comunicar por mímicas. Se eu apontar para vocês e apontar para outra direção em seguida, é porque terão que seguir a mesma direção que apontei. Dedos apontando para os olhos, quero que fiquem de olho no lugar. A mão avançando, vocês avançam. Eu vou na
Kell — Mamãe? O papai já fez o discurso? — pergunto um pouquinho sonolenta e me sento na cama ablindo os meus olhinhos em seguida. O susto é gande. Esse não é o meu quarto e nem é o quarto da mamãe. Onde está a mamãe? Onde está o papai? Me sentindo elétlica, eu saio da cama gande e vou até à janela. O sol está blilhando forte lá fola. Olho as ruas, mas não conheço o lugar. Os plédios são difelentes, as árvoles também são, e o lugar palece igualzinho daqueles filmes que assisti escondido na casa da tia Flávia… Como ela o nome mesmo? Eu não lemblo, mas tinha um monte de homens usando um pano amarrado na cabeça e eles tinham armas, e tinha tilos em toda cena. Estava muito bom, se não fosse o tio Oliver, que me encontlou debaixo da mesa. Ele acabou com a minha diversão. Tio Oliver… selá que essa é a casa dele? Eu nunca fui à casa do tio Oliver, mas também pode ser a casa do papai, ele ainda não se mudou pala a casa da mamãe. Ablo um sorriso bem gande e vou pala a porta, mas ela está fe
Kell Uma vez na minha antiga escola, a minha plofessola nos contou a histólia do Reizinho Mandão. Ele ela mesmo muito blabo e muito chato também e mandava em todo mundo. Tinha algumas vezes que ele jogava as coisas nas pessoas, quando quelia alguma coisa ou ela contlaliado, e às vezes só pala ter alguém que as pegasse do chão. Não é exatamente o que estou fazendo aqui e agola. Estou jogando os objetos nas paledes e no chão, porque quelo chamar a atenção, pleciso fazer alguma coisa pala eles se aborrecelem comigo e me levar de volta pala casa. E eu acledito que funcionou, porque alguém está finalmente vindo pala o quarto. — O que pensa que está fazendo, pirralha? — Dessa vez não é a mulher, não é ela. É um homem muito gande, que tem um tampão no olho e uma gande cicatliz no queixo. Ele é muito feio e tem uma cala de mal, solto o abajur no chão e corro pala cama. — Escuta aqui, garota, você pode ter feito a sua babá de idiota, mas não vai rolar comigo! Então fica quietinha aí, ou arra
Adonis Kappas É tão bom apreciar a linda visão a minha frente! As minhas meninas estão dormindo tranquilas na pequena cama do quarto infantil, abraçadas uma, a outra. Não foi muito tempo longe dessa pequena, mas passar um dia inteiro sem ter noção de como estava sendo tratada, foi como uma eternidade dentro de um inferno. Não demostrar o quão eu estava abalado com isso foi um esforço sobrenatural, porque essa Fadinha ocupou cada milímetro do meu coração. Ela me escolheu para ser seu e eu sou todinho dela. Minha. Minha filha! O que me faz pensar… Quem foi o responsável por tudo isso? Não, nós não sabemos, ainda. Depois que chegamos a casa, fomos orientados por Simone a fazer uma denúncia, para ser aberta uma investigação e amanhã bem cedo, faremos isso. Respiro fundo e saio do quarto fechando a porta com muito cuidado para não fazer barulho e sigo pelo corredor, direto para a sala onde os outros estão.— Já disse que não é ciúmes! — Escuto os resmungos da Flávia e sorrio. Esse trio
Adonis— Contei para ela sobre o nosso plano de fazer ciúmes e tudo mais, e ela… não quis entender. — Ele deu de ombros, desanimado. — Droga, eu não devia ter começado com essa merda! — resmunga baixo, levando a cabeça as mãos e apoia os cotovelos no balcão.— Não acredito que a Flávia acabou o namoro só por causa disso! — Simone reclama exasperada.— A Flávia é muito impetuosa, Oliver. Ela pensará nas coisas e voltará atrás, você sabe como ela é, então, relaxa, tá? — digo levando uma mão ao seu ombro. Ele ergue a cabeça e me olha desanimado.— Acredito que dessa vez não, cara. Flávia ficou realmente chateada com a brincadeira. — Ergo a garrafa de vinho.— Então vamos encher a cara essa noite e amanhã você tenta falar com ela, combinado?— Claro! — Ele diz. Sinto que o Oliver não está nada bem com isso.***O dia ganhou mais cor essa manhã. O sol parece estar mais radiante, as nuvens mais brancas, o vento mais suave, e o som das risadas dessa fadinha está me deixando maluco, no bom se
Alguns dias antes do sequestro… Adam — Onde está a minha filha, Adam? — Agnes entra em minha sala gritando as palavras com ira. Eu a olho de onde estou, segurando o meu jornal e sentado no sofá simples da pequena sala do minúsculo apartamento, onde vivo agora. São sete horas da manhã e eu realmente não esperava a sua visita aqui tão cedo, menos ainda perguntando o que acabou de perguntar. Calmamente largo o jornal no sofá e fico de pé. Abro um sorriso escroto, daquele que diz: eu sabia que um dia você voltaria a correr atrás de mim e me ponho a falar. — Sinceramente, Agnes, não sei do que está falando — falo calmo demais. A mulher semicerra os olhos e dá dois passos lentos, porém firmes em minha direção. — Não brinca comigo, Adam Clive Parker! Por que por minha filha eu sou capaz de tudo! — rosna entre dentes. Puxo a respiração lentamente e a solto da mesma maneira, deixando um sorriso de lado escapar. — Eu bem sei do que você é capaz por ela e embora você não acredite, eu também