Petrus— Ficou maluca, sua vadia? — Escuto uma voz alterada por trás de uma cortina grossa.— Isso é loucura, eu não sou casada! — A voz feminina soa desesperada em seguida.— Bom, o cara que está lá fora disse que é. E ele tem até uma foto dos dois juntos. — O grandão argumenta. Escuto o bate-boca dos três e quando afasto a cortina que separa um cômodo do outro, eu finalmente a vejo. Sandy está usando algum tipo de lingerie de couro sintético preto e botas de cano longo da mesma cor, que vão até à metade das suas coxas, além de uma maquiagem pesada para o horário e um tipo de coleira preta com pontas prateadas no pescoço.— Então você está aqui, não é sua vadia? — rosno chamando a atenção de todos para mim.— Petrus? — Ela praticamente grita o meu nome.— Você conhece esse homem? — Um cara alto demais, com uma barba muito cheia, estilo lenhador brada. Ela tenta falar, mas eu me sobreponho entre eles.— Sua puta, desgraçada! Deixou a nossa filha sozinha, trancada em um apartamento, pa
PetrusUma hora da madrugada e eu ainda estou acordado e largado em cima da minha cama. Por quê? Estou me perguntando a mesma coisa. Às oito em ponto vi a minha prima sair do apartamento usando um lindo vestido curto, preto e colado ao seu corpo de uma maneira quase indecente. Seus cabelos loiros e compridos estavam soltos e caiam como uma linda cascatas dourada pela extensão das suas costas semi nuas e havia a porra de um salto agulha vermelho em seus pés que a deixava sexy pra caralho! Meu sangue ferveu quando a campainha tocou e um cara apareceu na porta. O filho da puta levou uma mão à base da sua coluna sem nenhum receio e a guiou para fora do apartamento. Eu tive que engolir tudo calado. E, porque estou puto da vida? Isso eu também não sei. Porra, ela precisa de alguém na vida dela, certo? E eu só preciso que garantir que "esse alguém” a faça feliz, só isso. A parte pior é que na minha burrice, eu preparei um jantar para nós dois, como um pedido de desculpas pelo que houve na no
Simone Eu não vou chorar. Não vou chorar outra vez por ele. Que absurdo! Como ele faz uma promessa dessas para o meu pai? Eu não sou a pobre menina em perigo e tão pouco preciso de uma babá. Eu não preciso que cuidem de mim, sei me cuidar muito bem sozinha. Entro no meu quarto, batendo a porta com mais força do que o necessário e me encosto na madeira logo em seguida, puxando a respiração com força e engolindo o meu choro. Minutos depois escuto alguns murros fortes contra a parede lateral do meu quarto e a encaro assustada. Eu me afasto da porta e me aproximo lentamente da parede, levando uma mão e tocando o local onde senti a vibração do punho de Petrus com mais intensidade. Depois disso veio o silêncio, um longo silêncio. Puxei a respiração e me afastei da parede. Depois comecei a me desfazer do vestido, quando a porta do meu quarto se abriu com muita violência e um Petrus ofegante e aterrorizado passou por ela. Os seus olhos estavam extremamente assustados. Ele tenta falar algo, p
SimoneA princípio os movimentos não são calmos, tão pouco cuidadosos. Petrus parece gostar de um sexo forte e punitivo. A pior parte é que eu estou amando a sua força e a sua indelicadeza dentro de mim. Logo me vejo pronta para mais um orgasmo e esse parece ser ainda mais forte do que o primeiro. Ele segura os meus cabelos com força e me olhando como um homem primitivo, morde seu lábio inferior e mete com ainda mais força. — Vem comigo, galega — ruge entre dentes. O suor da sua testa pinga em meu rosto. Ele aperta as minhas carnes e aperta ainda mais os dedos em meus cabelos e solta um rosnado alto que vibra por todo o quarto. Sou arrebatada mais uma vez. Arremessada com violência para o abismo e um grito gutural sai de minha boca em seguida e depois disso só se ouve os sons das nossas respirações ofegantes pelo quarto. Esse silêncio todo me incomoda. Já faz quase meia hora que tudo aconteceu e nós estamos completamente calados. Petrus está deitado de lado e olhando para mim, mas os
Carolina — Olha esse beijo! — Naty fala praticamente babando na tela de quarenta e duas polegadas.— Eca, ele está enfiando a língua na boca dela! — digo fazendo uma cara de nojo e ela revira os olhos, balançando os dedos com desdém.— Carol, nós somos uma geração jovem, radicais, entendeu? Temos que aprender essas coisas, ou quando formos adolescentes de verdade, vão achar que somos duas retardadas. É isso que você quer? — Ela fala autoritária, levando as mãos à cintura. Eu me jogo no sofá macio da sala de TV da minha casa e encaro o teto branco, bufando para o seu comentário. Ou, acho que vocês não tiveram o prazer de me conhecer… Ainda. Eu me chamo Carolina Ferraço Kappas e essa maluquinha ao meu lado é a Nathalia Borbolini Simões. Nós somos super, hiper, megas amigas e isso desde quando? Desde sempre. Nascemos no mesmo hospital, no mesmo dia e praticamente na mesma hora. Estudamos na mesma escola desde piquititinhas e frequentamos os mesmos lugares também. O interessante é que e
CarolinaDurante o almoço, servido na área da piscina, noto os olhares da minha irmã e do Lipe constantemente na mesa. Eles são tão lindos! Penso animada com a ideia de ter um cunhadinho delícia. Mas também sinto os olhares do tio Oliver e do papai sobre ambos o tempo todo vigilantes.— É impressão minha ou esses dois estão cercando o Lipe e a Kell o tempo todo? — Naty pergunta levando a mão ao queixo.— Ah sim, com certeza eles estão cercando — digo olhando do meu pai para o meu tio que estão sentados nas pontas da mesa. Os coitados mal conseguem segurar na mão um do outro. Minha mãe e a tia Flávia estão empolgadas demais em uma conversa animada com os pais do Lipe do outro lado da piscina e não percebem o cerco. Preciso tirar os olhos desses dois do meu casal preferido no mundo. Penso. Olho para Naty que parece pensar o mesmo que eu. A danada sorri e eu já sei que ela tem alguma ideia do que fazer. Então do nada ela começa a gemer alto e dolorido.— Ai! Ai! Ai! — Naty leva a mão à
Adonis — O cara é só um franguinho. — Oliver diz baixinho parando ao meu lado. Eu respiro fundo olhando o jovem rapaz de aparentemente uns dezessete anos, sentado no meu sofá da sala.— Ele é bem legal! — Flávia diz colocando algumas azeitonas na boca.— É um marmanjo querendo deflorar a minha fadinha. — Meu amigo rebate e sua esposa revira os olhos. Eu só consigo pensar que a minha pequena fadinha, não é mais tão pequena assim. Ela cresceu e está escapando pelos meus dedos como se fosse água. Do outro lado da sala, a minha esposa faz companhia aos pais do tal Felipe. É duro de aceitar, mas o rapaz me conquistou apenas com essa atitude de querer vir até aqui me enfrentar. — O que faremos para botar esse franguinho pra correr daqui? — Oliver pergunta cruzando os braços e erguendo o olhar de modo desafiador. Solto mais uma respiração audível e olho nos seus olhos.— Nada — digo simplesmente e os olhos do Oliver me encaram perplexos. Dou de ombros. — Vamos apenas ficar de olho, Oliver.
Adonis…Entro na cozinha e pego uma frigideira em cima do balcão de mármore e a reservo em cima do fogão. Pego alguns ovos, bacon e inicio o processo para um delicioso café da manhã. Minha mente me leva para alguns dias atrás.— Adonis? — A voz da Tina soou baixinho bem atrás de mim.— Fala, Tina — disse sem olhá-la e continuei mexendo nas garrafas.— Eu estive pensando, você e eu não conversamos mais sobre nada. Eu fiz alguma coisa errada? — perguntou. Eu parei o que estava fazendo e encarei a garota em pé ao meu lado, segurando uma bandeja de prata vazia. Que papo era esse? Me perguntei imediatamente e me virei de frente para a garota.— Do que você está falando, Tina? Eu falo com você todos os dias — falei em minha defesa. Ela soltou um suspiro baixo e continuou.— Eu sei. Quer dizer, estou falando como nos velhos tempos, de sairmos, bater um papo descontraído, essas coisas. — Lancei lhe um olhar especulativo, unindo as sobrancelhas.— Tina, eu sou um homem casado agora e tenho du