SimoneA princípio os movimentos não são calmos, tão pouco cuidadosos. Petrus parece gostar de um sexo forte e punitivo. A pior parte é que eu estou amando a sua força e a sua indelicadeza dentro de mim. Logo me vejo pronta para mais um orgasmo e esse parece ser ainda mais forte do que o primeiro. Ele segura os meus cabelos com força e me olhando como um homem primitivo, morde seu lábio inferior e mete com ainda mais força. — Vem comigo, galega — ruge entre dentes. O suor da sua testa pinga em meu rosto. Ele aperta as minhas carnes e aperta ainda mais os dedos em meus cabelos e solta um rosnado alto que vibra por todo o quarto. Sou arrebatada mais uma vez. Arremessada com violência para o abismo e um grito gutural sai de minha boca em seguida e depois disso só se ouve os sons das nossas respirações ofegantes pelo quarto. Esse silêncio todo me incomoda. Já faz quase meia hora que tudo aconteceu e nós estamos completamente calados. Petrus está deitado de lado e olhando para mim, mas os
Carolina — Olha esse beijo! — Naty fala praticamente babando na tela de quarenta e duas polegadas.— Eca, ele está enfiando a língua na boca dela! — digo fazendo uma cara de nojo e ela revira os olhos, balançando os dedos com desdém.— Carol, nós somos uma geração jovem, radicais, entendeu? Temos que aprender essas coisas, ou quando formos adolescentes de verdade, vão achar que somos duas retardadas. É isso que você quer? — Ela fala autoritária, levando as mãos à cintura. Eu me jogo no sofá macio da sala de TV da minha casa e encaro o teto branco, bufando para o seu comentário. Ou, acho que vocês não tiveram o prazer de me conhecer… Ainda. Eu me chamo Carolina Ferraço Kappas e essa maluquinha ao meu lado é a Nathalia Borbolini Simões. Nós somos super, hiper, megas amigas e isso desde quando? Desde sempre. Nascemos no mesmo hospital, no mesmo dia e praticamente na mesma hora. Estudamos na mesma escola desde piquititinhas e frequentamos os mesmos lugares também. O interessante é que e
CarolinaDurante o almoço, servido na área da piscina, noto os olhares da minha irmã e do Lipe constantemente na mesa. Eles são tão lindos! Penso animada com a ideia de ter um cunhadinho delícia. Mas também sinto os olhares do tio Oliver e do papai sobre ambos o tempo todo vigilantes.— É impressão minha ou esses dois estão cercando o Lipe e a Kell o tempo todo? — Naty pergunta levando a mão ao queixo.— Ah sim, com certeza eles estão cercando — digo olhando do meu pai para o meu tio que estão sentados nas pontas da mesa. Os coitados mal conseguem segurar na mão um do outro. Minha mãe e a tia Flávia estão empolgadas demais em uma conversa animada com os pais do Lipe do outro lado da piscina e não percebem o cerco. Preciso tirar os olhos desses dois do meu casal preferido no mundo. Penso. Olho para Naty que parece pensar o mesmo que eu. A danada sorri e eu já sei que ela tem alguma ideia do que fazer. Então do nada ela começa a gemer alto e dolorido.— Ai! Ai! Ai! — Naty leva a mão à
Adonis — O cara é só um franguinho. — Oliver diz baixinho parando ao meu lado. Eu respiro fundo olhando o jovem rapaz de aparentemente uns dezessete anos, sentado no meu sofá da sala.— Ele é bem legal! — Flávia diz colocando algumas azeitonas na boca.— É um marmanjo querendo deflorar a minha fadinha. — Meu amigo rebate e sua esposa revira os olhos. Eu só consigo pensar que a minha pequena fadinha, não é mais tão pequena assim. Ela cresceu e está escapando pelos meus dedos como se fosse água. Do outro lado da sala, a minha esposa faz companhia aos pais do tal Felipe. É duro de aceitar, mas o rapaz me conquistou apenas com essa atitude de querer vir até aqui me enfrentar. — O que faremos para botar esse franguinho pra correr daqui? — Oliver pergunta cruzando os braços e erguendo o olhar de modo desafiador. Solto mais uma respiração audível e olho nos seus olhos.— Nada — digo simplesmente e os olhos do Oliver me encaram perplexos. Dou de ombros. — Vamos apenas ficar de olho, Oliver.
Adonis…Entro na cozinha e pego uma frigideira em cima do balcão de mármore e a reservo em cima do fogão. Pego alguns ovos, bacon e inicio o processo para um delicioso café da manhã. Minha mente me leva para alguns dias atrás.— Adonis? — A voz da Tina soou baixinho bem atrás de mim.— Fala, Tina — disse sem olhá-la e continuei mexendo nas garrafas.— Eu estive pensando, você e eu não conversamos mais sobre nada. Eu fiz alguma coisa errada? — perguntou. Eu parei o que estava fazendo e encarei a garota em pé ao meu lado, segurando uma bandeja de prata vazia. Que papo era esse? Me perguntei imediatamente e me virei de frente para a garota.— Do que você está falando, Tina? Eu falo com você todos os dias — falei em minha defesa. Ela soltou um suspiro baixo e continuou.— Eu sei. Quer dizer, estou falando como nos velhos tempos, de sairmos, bater um papo descontraído, essas coisas. — Lancei lhe um olhar especulativo, unindo as sobrancelhas.— Tina, eu sou um homem casado agora e tenho du
Flávia A melhor parte da minha profissão são as fofocas e o poder de transformá-las em algo muito, muito grande, ou em algo bem insignificante, do tipo que qualquer bom jornalista perde o interesse. É o meu papel mais sério da vida. Fazer a Agnes Ferraço sair limpa das loucuras daquele embuste do Adam, me deu um pouco de trabalho e a parte mais instigante foi manter o foco dos seus seguidores no casamento mais simples e mais bonito que já vivi e assisti na vida, o nosso casamento no sítio. Esse sim, foi manchete por meses a fio e o Adam ficou completamente no esquecimento. Agora eu tenho dois clientes fodões. Continuo cuidando da minha empresária favorita e agora também da vida social do Adonis e do seu bistrô. Eu sei que não devia, mas encher aquele lugar de gente cheia de dinheiro pra gastar não foi só mérito do nosso chef - que diga-se de passagem, cozinha divinamente bem — mas tem o meu dedo mágico metido naquele sucesso todo também e a Kelly como sua assistente mirim foi um gran
Flávia— Qual é meninas, eu vivo no mundo da moda. Viagens e mais viagens, lembram? Agora me contem que eu quero saber. — Ela segura as nossas mãos e nós voltamos a nos sentar no sofá. Faço um pequeno resumo da saga Petrus/ Simone, que deixa a minha amiga embasbacada e quando termino de contar a minha versão da história, eu e a Agnes encaramos a Simone e sem saída, ela se ajeita no sofá.— Você comeu o Petrus, ou não comeu? — pergunto de novo, mas agora com um sorriso libidinoso e cheio de insinuações. A loira fica vermelha imediatamente.— Fala logo Simone! — Agnes pede exacerbada e munida de curiosidade. Simone solta uma respiração profunda e sorri toda sonhadora.— Eu saí com um amigo do meu trabalho na noite passada e quando cheguei em casa. — Ela faz um suspense.— O quê? — pergunto. — O quê? — Agnes pergunta.— Então, a princípio ele estava furioso. Discutimos mais uma vez e eu pensei que seria mais uma noite de negação, mas ai ele…— O quê?— O quê? — Ela suspira e sorri.— Nó
KellEnfim a hora mais esperada por mim; o final da aula. Esse toque que antes era irritante, hoje parece música para os meus ouvidos e tudo isso porquê? Ah vai! É lógico que é por causa dele. O Lipe bem que podia estudar na minha sala. Uma pena ele está um ano na minha frente. Penso enquanto arrumo rapidamente a minha mochila, contando os segundos para estar com ele e acredite, eu não sou a única ansiosa por aqui. Sorrio quando vejo a minha amiga Cris com a mesma pressa para encontrar o Call. Não temos visto mais o Fabinho desde aquela loucura que fizemos ao sair do apartamento dos pais da Marina e caímos na noite. Aquela noite foi de enlouquecer.— Vamos embora! — Marina disse animada. Então, Maah tem sido nossa companhia e simultaneamente, a nossa empata beijos, como o Lipe costuma dizer. Acho engraçado o apelido, mas não afasto a Maah de nós por nada desse mundo, ainda mais agora que entendi o porquê desse seu lado revolts. Abro um sorriso largo quando vejo o meu namorado me espe