— Bom dia, Chris — cumprimentou Ramona ao entrar no carro do parceiro, fechando a porta em seguida. — Para onde vamos tão cedo? — Bocejou cansada, pois foi dormir de madrugada e ainda não passava das seis da manhã.
Christopher sorriu de canto ao olhar para Ramona enquanto ligava o carro.
— Para a Floresta Nacional de Angeles — falou com naturalidade.
— Nossa, que jeito melhor de começar um sábado! Desova de corpos? — questionou curiosa, lembrando as várias chamadas desse tipo que havia atendido.
— Acho que pior. Jeremy disse que precisamos ver ao vivo a nossa vítima, em tom de quem diz vocês não sabem o que os espera! — Olhou para ela sorrindo. Christopher passou as informações que tinha para sua parceira, as quais não eram muitas: um rapaz havia andado oito quilômetros durante a madru
Vincent acordou cedo, pois combinou com a namorada de que passariam o sábado juntos, a começar pelo café da manhã que ele preparou antes mesmo dela chegar, o que foi logo, pois ansiava por mais um dia agradável ao lado do namorado.Eles também haviam programado um almoço na casa dele, para o qual convidaram a melhor amiga do casal, Adelle, de forma que Donna ficou de ajudar o namorado a preparar o almoço para a amiga.Ao chegar, Donna encontrou a mesa posta, como sempre muito bem arrumada e abundante, tudo bastante apetitoso. Não se demoraram tomando café, pois Vincent mostrou urgência em tirar da namorada o vestido estampado de flores que iam até os seus joelhos, possuía um decote pequeno e que marcava sua silhueta perfeita.O clima esquentou enquanto ainda estavam à mesa. Vincent a pegou no colo e subiu as escadas a levando para o seu quarto. Colocou-a na cama com
Donna permaneceu na universidade por mais de três horas enquanto aguardava outros dois candidatos concluírem seus testes, que para sua tranquilidade eram de áreas diferentes da dela. Mesmo antes de sair do prédio da instituição já tinha feito duas tentativas de ligação para Vincent, mas só chamava e ele não atendia. Ela sabia que ele podia estar ocupado ou simplesmente ter deixado o celular em alguma parte do laboratório onde deveria estar trabalhando naquele horário, mas insistiu. Já no estacionamento, ligou novamente, sem sucesso, desanimou e ia ligar o seu carro para sair quando o celular tocou.— Oi, amor, está tudo bem? — indagou o namorado gentil. — Estava ocupado, me desculpe.— Imagina, amor, sei que devo estar atrapalhando, mas queria muito falar com você. — Ela riu eufórica.— Fez a entrevista? —
Depois de sair do colégio, Donna foi direto para o seu apartamento, Adelle chegou logo em seguida, pois trocaram mensagens pela manhã combinando o encontro em que a advogada ficou de levar comida japonesa para almoçarem juntas. Tinham muito que conversar, passariam então a tarde juntas e a noite iriam sair para comemorar.— Parabéns, noivinha! — disse Adelle já no apartamento, dando um abraço forte na amiga. Colocou sua bolsa e algumas sacolas no sofá.— Nossa, Ade, não estou acreditando, parece um sonho tudo isso! — Donna puxou a amiga pela mão para se sentar com ela no sofá.— Sonho, Donna, sério? É sua realidade, amiga, realidade que demorou, hein, eu estava achando seriamente que vocês estavam esperando que eu noivasse primeiro! — Riu irônica.— Não, Ade, eu também não ia querer esperar p
Agosto chegou, e para se criar um clima de curiosidade e mistério, além de aumentar a saudade entre os noivos, Donna foi para a casa de Adelle, que era tão grande e bonita quanto à de Vincent. Embora os dias parecessem passar lentamente, o que aumentava as expectativas da noiva para o grande e sonhado dia, ele finalmente chegou.Donna, no quarto de hóspedes que ocupava na casa da amiga, já estava completamente vestida para a ocasião, e lhe faziam companhia apenas Adelle e sua cunhada Jenifer, que davam total atenção aos detalhes do vestido, da maquiagem e do cabelo da noiva, pois já haviam se retirados os profissionais contratados para esse propósito, mas naquele momento, parecia necessário ajeitar o véu, arrumar algum detalhe no decote ou retocar parte da maquiagem. Estavam todas nervosas e muito ansiosas, afinal, era um momento muito esperado pelas três.Da parte de
Quase três anos se passaram sem que Christopher e Ramona chegassem ao assassino agora chamado pelo apelido de Ceifador de Anjos não somente dentro do departamento, mas repetido por vezes pela mídia. A pressão que sofreram pelos casos não solucionados foi grande, onde os detetives se empenharam por vários meses a fio na investigação dos assassinatos de Barbara Tompson e Christine Vonda Carter.Buscaram insistentemente por pistas que levassem ao Ceifador de Anjos, para tanto, vasculharam detalhadamente a vida de ambas as vítimas, trazendo para novos depoimentos os seus familiares, amigos e conhecidos. Adentraram também em suas vidas virtuais, onde através das redes sociais em que elas possuíam perfis procuraram por mais pistas e por suspeitos.O casal Tompson era bastante reservado, participava apenas de uma rede social, na qual inclusive utilizavam o mesmo perfil, reunindo apenas familiar
A equipe de Vincent já o aguardava no laboratório, para onde o biomédico se dirigiu tão logo chegou ao hospital.— Bom dia, meninos! — cumprimentou interrompendo o falatório que tomava conta do local, fazendo parecer que havia mais pessoas do que somente os cinco biomédicos presentes.— Bom dia, Vince! — responderam quase que em coro, uns sorriram e outros gesticularam com as mãos, mas continuaram falando como antes.— Qual a razão de todo esse caos? — perguntou tirando o casaco e pondo o seu jaleco branco.— Sua expedição fora do país — respondeu Jhoe, sério.— Ei, chefe, é verdade que a equipe vai aumentar? — perguntou Bernard, curioso.— Ouvimos falar que será contratado mais gente para as pesquisas aqui — disse Dominique.— Vai ter demissão, Vince? &m
A chuva caía forte quando ele entrou em uma pequena loja de eletrônicos nos subúrbios de Los Angeles, pendurando o guarda-chuva encharcado na entrada. Um senhor calvo e sorridente, atrás do balcão, foi quem o atendeu, desviando o olhar do noticiário matinal da pequena TV no alto da parede.— Bom dia, o céu está desabando, hein! — disse com simpatia.— Está, e me parece que vai piorar! — Sorriu o outro, estava vestido igual a todos os angelinos que se viam obrigados a sair do conforto de sua cama e enfrentar aquele dia frio e chuvoso.Usava um coturno preto de cano largo sem detalhes, um sobretudo da mesma cor cuja gola alta chegava a cobrir parte do seu queixo. O gorro de cor grafite cobria toda a cabeça, parte da testa e as orelhas, deixando apenas parte do rosto de fora, desprotegido do frio. As mãos estavam bem protegidas com luvas grossas e escuras.&md
Loretta Romero tem vinte e sete anos, uma mulher de estatura mediana e assim como o marido, tinha descendência mexicana. Apesar da vida sofrida que teve no seu país de origem e do sofrimento dos últimos meses pela doença do seu pequeno Pietro, que apresentava um quadro de leucemia avançado, ela tinha um rosto bonito, marcado pela dor, mas ainda assim, era uma mulher bonita.Não bastasse a situação precária em que viviam, onde muitas vezes a falta do alimento para comer castigava a ela e aos dois meninos, além da doença do filho mais velho, os seis meses de uma gestação conturbada, mas da qual se sentia imensamente feliz por realizar o sonho de ter uma menina, agora enfrentava a tristeza por ter seu marido preso e o risco de serem todos deportados. Ela vivia o momento mais difícil da sua vida.Loretta sabia que os últimos atos do marido não foram corretos, mas