Depois de sair do colégio, Donna foi direto para o seu apartamento, Adelle chegou logo em seguida, pois trocaram mensagens pela manhã combinando o encontro em que a advogada ficou de levar comida japonesa para almoçarem juntas. Tinham muito que conversar, passariam então a tarde juntas e a noite iriam sair para comemorar.
— Parabéns, noivinha! — disse Adelle já no apartamento, dando um abraço forte na amiga. Colocou sua bolsa e algumas sacolas no sofá.
— Nossa, Ade, não estou acreditando, parece um sonho tudo isso! — Donna puxou a amiga pela mão para se sentar com ela no sofá.
— Sonho, Donna, sério? É sua realidade, amiga, realidade que demorou, hein, eu estava achando seriamente que vocês estavam esperando que eu noivasse primeiro! — Riu irônica.
— Não, Ade, eu também não ia querer esperar p
Agosto chegou, e para se criar um clima de curiosidade e mistério, além de aumentar a saudade entre os noivos, Donna foi para a casa de Adelle, que era tão grande e bonita quanto à de Vincent. Embora os dias parecessem passar lentamente, o que aumentava as expectativas da noiva para o grande e sonhado dia, ele finalmente chegou.Donna, no quarto de hóspedes que ocupava na casa da amiga, já estava completamente vestida para a ocasião, e lhe faziam companhia apenas Adelle e sua cunhada Jenifer, que davam total atenção aos detalhes do vestido, da maquiagem e do cabelo da noiva, pois já haviam se retirados os profissionais contratados para esse propósito, mas naquele momento, parecia necessário ajeitar o véu, arrumar algum detalhe no decote ou retocar parte da maquiagem. Estavam todas nervosas e muito ansiosas, afinal, era um momento muito esperado pelas três.Da parte de
Quase três anos se passaram sem que Christopher e Ramona chegassem ao assassino agora chamado pelo apelido de Ceifador de Anjos não somente dentro do departamento, mas repetido por vezes pela mídia. A pressão que sofreram pelos casos não solucionados foi grande, onde os detetives se empenharam por vários meses a fio na investigação dos assassinatos de Barbara Tompson e Christine Vonda Carter.Buscaram insistentemente por pistas que levassem ao Ceifador de Anjos, para tanto, vasculharam detalhadamente a vida de ambas as vítimas, trazendo para novos depoimentos os seus familiares, amigos e conhecidos. Adentraram também em suas vidas virtuais, onde através das redes sociais em que elas possuíam perfis procuraram por mais pistas e por suspeitos.O casal Tompson era bastante reservado, participava apenas de uma rede social, na qual inclusive utilizavam o mesmo perfil, reunindo apenas familiar
A equipe de Vincent já o aguardava no laboratório, para onde o biomédico se dirigiu tão logo chegou ao hospital.— Bom dia, meninos! — cumprimentou interrompendo o falatório que tomava conta do local, fazendo parecer que havia mais pessoas do que somente os cinco biomédicos presentes.— Bom dia, Vince! — responderam quase que em coro, uns sorriram e outros gesticularam com as mãos, mas continuaram falando como antes.— Qual a razão de todo esse caos? — perguntou tirando o casaco e pondo o seu jaleco branco.— Sua expedição fora do país — respondeu Jhoe, sério.— Ei, chefe, é verdade que a equipe vai aumentar? — perguntou Bernard, curioso.— Ouvimos falar que será contratado mais gente para as pesquisas aqui — disse Dominique.— Vai ter demissão, Vince? &m
A chuva caía forte quando ele entrou em uma pequena loja de eletrônicos nos subúrbios de Los Angeles, pendurando o guarda-chuva encharcado na entrada. Um senhor calvo e sorridente, atrás do balcão, foi quem o atendeu, desviando o olhar do noticiário matinal da pequena TV no alto da parede.— Bom dia, o céu está desabando, hein! — disse com simpatia.— Está, e me parece que vai piorar! — Sorriu o outro, estava vestido igual a todos os angelinos que se viam obrigados a sair do conforto de sua cama e enfrentar aquele dia frio e chuvoso.Usava um coturno preto de cano largo sem detalhes, um sobretudo da mesma cor cuja gola alta chegava a cobrir parte do seu queixo. O gorro de cor grafite cobria toda a cabeça, parte da testa e as orelhas, deixando apenas parte do rosto de fora, desprotegido do frio. As mãos estavam bem protegidas com luvas grossas e escuras.&md
Loretta Romero tem vinte e sete anos, uma mulher de estatura mediana e assim como o marido, tinha descendência mexicana. Apesar da vida sofrida que teve no seu país de origem e do sofrimento dos últimos meses pela doença do seu pequeno Pietro, que apresentava um quadro de leucemia avançado, ela tinha um rosto bonito, marcado pela dor, mas ainda assim, era uma mulher bonita.Não bastasse a situação precária em que viviam, onde muitas vezes a falta do alimento para comer castigava a ela e aos dois meninos, além da doença do filho mais velho, os seis meses de uma gestação conturbada, mas da qual se sentia imensamente feliz por realizar o sonho de ter uma menina, agora enfrentava a tristeza por ter seu marido preso e o risco de serem todos deportados. Ela vivia o momento mais difícil da sua vida.Loretta sabia que os últimos atos do marido não foram corretos, mas
— Bom dia, amor! — disse Donna se virando para o marido, sentindo seu abraço puxando-a para ele.— Bom dia, linda! — Vincent sorriu.— Não quero levantar agora — ela disse com um bocejo.— Não precisa. Eu faço o café e trago para você — respondeu ele gentil.— Ai, Vince, como consegue ser assim? — Ela sorriu com os olhos brilhando.— Assim como? — perguntou ele, enrugando a testa.— Tão perfeito! Nós já casamos, não precisa mais me agradar tanto. — Ela riu.— Você não gosta? — indagou ele.— Eu amo, você é tão fofo! Mas é tão cedo ainda, fico com dó de ver você saindo da cama com esse friozinho! — Encolheu-se debaixo do cobertor. — E ontem eu fui péssima companhia, não &eacut
O celular tocava insistente enquanto Christopher fazia seus exercícios matinais. Não precisou atender para saber que não se tratava de boas notícias, o que confirmou em segundos ao falar com Ramona pelo aparelho.Vestiu-se rápido, desceu as escadas e viu sua esposa, Olivia, pondo a mesa para tomarem café, deu-lhe um beijo apressado e avisando que precisava sair, ao que ela nem sequer teve tempo de responder.Christopher dirigia com pressa para chegar, sabia que a parceira estava fazendo o mesmo, pois assim como ele, ela foi chamada para uma emergência. O local era o lava-rápido do Adrian, ao que parecia, ele e os comparsas tinham ido até lá para buscar dinheiro, provavelmente para fugir, já que estavam sendo procurados pela polícia, mas um comerciante os viu e avisou aos seus clientes e aos pedestres que passavam, em pouco tempo, alguns carros também pararam e se fez uma grande co
As férias escolares finalmente chegaram, de forma que Donna poderia dormir até mais tarde como ela tanto gostava. Os últimos dias de aula foram bastante satisfatórios para a professora, principalmente no que se referia à sua aluna Stephanie.A estudante contou para os pais sobre a gestação, o que já não era segredo para mais ninguém, alegando que o filho era de um ex-namorado. Para sua surpresa, os pais a apoiaram, além de a ajudarem ainda mais com as suas despesas de forma que a garota pudesse contratar professores particulares, evitando que ficasse atrasada perante a sua turma. Stephanie, agora com mais de cinco meses de gestação, aproveitaria o período de férias para se adiantar no conteúdo, o que deixava Donna muito feliz.Vincent, por sua vez, aguardava a viagem da esposa que aconteceria no próximo final de semana para a casa do irmão, em S