As férias escolares finalmente chegaram, de forma que Donna poderia dormir até mais tarde como ela tanto gostava. Os últimos dias de aula foram bastante satisfatórios para a professora, principalmente no que se referia à sua aluna Stephanie.
A estudante contou para os pais sobre a gestação, o que já não era segredo para mais ninguém, alegando que o filho era de um ex-namorado. Para sua surpresa, os pais a apoiaram, além de a ajudarem ainda mais com as suas despesas de forma que a garota pudesse contratar professores particulares, evitando que ficasse atrasada perante a sua turma. Stephanie, agora com mais de cinco meses de gestação, aproveitaria o período de férias para se adiantar no conteúdo, o que deixava Donna muito feliz.
Vincent, por sua vez, aguardava a viagem da esposa que aconteceria no próximo final de semana para a casa do irmão, em S
A semana seguiu turbulenta para os detetives, haviam colhido muitos depoimentos, inclusive dos garotos suspeitos de estuprar a vítima. Demorou para que assumissem o ato e as chantagens seguintes, conforme orientação dos advogados caros contratados por seus pais, só admitiram após receberem uma proposta de acordo. Cumpririam pena reduzida.Já haviam enviado as notificações para os endereços dos quatro professores faltantes. Dois deles já haviam comparecido. Faltavam outros dois que ainda estavam em viagem.Mark ligou para Vincent logo que recebeu do oficial de justiça a notificação em que Donna foi convocada para prestar depoimento.Vincent foi buscar a esposa no aeroporto para almoçarem em um restaurante e depois seguirem para o departamento prestar esclarecimentos, assim acabariam logo com aquilo.Donna desembarcou por volta do meio dia, encont
Vincent passaria o dia todo no hospital, mas como já havia feito uma refeição leve nas últimas duas horas, sairia mais tarde para almoçar, diferente do restante da sua equipe que já esvaziava o laboratório para tirarem sua hora de almoço. Apenas Ruby permaneceu ali, causando um certo desconforto ao seu chefe.— Vince? — chamou ela estendendo-lhe um pequeno papel. — Pegue, é para você.— O que é isso? — perguntou pegando-o.— O celular da Charlotte — disse sorrindo. — Sabe, ela ficou bastante interessa em você...— Sou casado, Ruby! — retrucou estendendo o papel de volta para ela.— Acho que você vai gostar de conhecê-la melhor. Dê uma chance! Charlotte acabou de se separar do marido, veio para Los Angeles para esquecer ou para recomeçar a vida, sei lá... ela quer aproveit
Ruby havia sido escalada para trabalhar, como era sábado, viu nesse dia uma grande oportunidade para fazer o que planejou durante a semana, desde que conheceu a turista inglesa.A biomédica não tinha certeza do que aconteceria, ou melhor, não sabia se Vincent procuraria pela Charlotte, mas caso procurasse e fizesse o que ela suspeitava que ele faria, era importante que não fosse deixado qualquer rastro, principalmente rastros dela.Durante o final de semana o hospital contava com menos funcionários, o movimento era menor do que durante os outros dias, até mesmo a sala de vigilância, que apenas nesses dias contava com apenas um vigia, acabava ficando vazia por duas horas durante o horário de almoço.Ruby já sabia o horário em que o vigia sairia para almoçar e havia percebido que ele não tinha o hábito de trancar a porta ao sair. Assim, ela saiu para comer ao me
Adelle esperava ansiosa no estacionamento da faculdade, pois ainda faltavam alguns minutos para Donna sair. As amigas combinaram que iriam almoçar juntas para depois irem para a clínica em que Ade havia agendado uma consulta para as quatorze horas, para a qual pretendiam chegar com bastante antecedência.Donna chegou logo, estava tão ansiosa quanto a advogada. Ao entrar no carro a amiga percebeu que ela segurava um embrulho.— Ganhou presente? — perguntou curiosa.— Ah, sim, uma aluna me deu hoje, ela passou as férias em Portugal e me trouxe esse livro, disse que quando viu que era de uma escritora brasileira se lembrou de mim... Você sabe, por eu ter escolhido passar a lua de mel no Brasil! — explicou Donna sorrindo enquanto retirava um livro do pacote para mostrar à sua amiga. — Olha que capa linda! — falou segurando o exemplar no ar, onde Adelle leu o título Psicopat
— O que aconteceu aqui, capitão? — perguntou Ramona para o capitão da polícia com seu distintivo nas mãos ao entrar no bar, que naquele momento estava repleto de policiais e muitos clientes assustados, embora já tivesse amanhecido ninguém foi liberado para sair.— O Ceifador de Anjos atacou novamente, detetives — respondeu o policial de meia idade. — Um casal encontrou em um dos quartos o corpo de uma mulher com a barriga aberta.— A vítima já foi identificada?— Charlotte Jhonson, vinte e seis anos. Acho que não irão gostar de saber que se trata de uma turista inglesa.— Que droga! Vamos ter problemas com a Embaixada. Não faltava mais nada! — comentou Ramona com raiva.— Com certeza, vão sim. — Balançou a cabeça concordando. — Detetives, é só seguir por aquele corred
Logo que Olivia saiu do consultório, Donna entrou, e a amiga ficou a aguardando do lado de fora.— Com licença. Oi, doutor — cumprimentou ela se sentando em sua frente.— Donna, como está? — respondeu o médico de meia idade com um sorriso simpático. — Abri seus exames logo que chegaram para mim — disse estendendo os resultados para ela.— E o que deram, doutor? Posso ter filhos? — perguntou curiosa e ao mesmo tempo ansiosa.— Perfeitamente, senhorinha! Sua saúde está impecável — respondeu ele com um grande sorriso. — Mas preciso que seu marido faça alguns exames também, pois o interesse é do casal, certo?— Claro, doutor, ambos queremos muito ter, mas eu queria confirmar primeiro se eu podia — disse eufórica e feliz. — Se quiser me passar os exames que ele tem que fazer, hoje m
Donna já não via a hora de falar com Adelle, mas sabia que se a amiga ainda não tinha ligado para ela era porque estava bastante ocupada, por isso tinha aguardado sua ligação tão ansiosa.Finalmente seu celular tocou acusando a ligação da advogada.— Oi, Ade, que bom que ligou. — Ela riu. — Não aguentava mais esperar para falar contigo.— Somos duas, Donna, queria falar pessoalmente, mas hoje não vai dar e eu também não quero ter que esperar para contar — respondeu a advogada.— Então me conte, Ade! Mas antes, o que houve que fez você correr para o trabalho? — perguntou a professora, curiosa.— Para ser franca, nada demais. Eu me pus à disposição de alguns colegas para o que precisarem no fórum, coisa que eles estão levando muito a sério por aqui, me chamam p
Os dias passaram lentamente para Adelle, que aguardava a data da nomeação dos novos promotores com muita expectativa e ansiedade. Já havia passado por todo o processo anos antes, mas infelizmente não conseguiu a mudança de cargo, agora, no entanto, sentia-se mais preparada, assim como melhor assistida, pois ao longo dos anos, ela fez muitas amizades poderosas através do seu excelente trabalho.Fazia dois dias que Adelle finalmente obtivera a tão esperada resposta. Ela ainda estava na cama, quando o seu colega de trabalho Giovani ligou para parabenizá-la pela merecida conquista. Ade, ainda sonolenta, não podia acreditar, embora esperasse fazia muito tempo por aquilo, fora o fato de que esperava fazer a descoberta por conta própria, indo atrás do resultado, mas ser acordada para ser parabenizada certamente foi melhor.Ser acordada e parabenizada por um ex-namorado então lhe pareceu melhor