Na manhã seguinte Vincent acordou cedo, tomou um banho rápido e vestiu seu confortável roupão de banho de cor azul marinho. Calçou as pantufas pretas que Donna havia lhe dado de presente há uns dois meses, em seguida desceu até a cozinha para preparar o seu café da manhã.
Enquanto virava suas panquecas na frigideira com o auxílio de uma espátula, planejava mentalmente o que faria ao longo do dia, especialmente no período da manhã, cujos acontecimentos esperados por ele resultaria na eficácia — ou não — de seus planos.
Levou as panquecas para complementar as delícias que já estava na grande mesa da sala de jantar, uma das preciosidades de sua mãe. Ela acomodava doze pessoas e era trabalhada em madeira. Vincent não se lembrava de ter tanta gente em sua casa a ponto de ocupar todos aqueles lugares, o máximo de companhia qu
Vincent chegou ao instituto empolgado, tanto quanto uma criança fica ao ir passear com os pais. Atravessou o saguão do prédio apressado, mas sem deixar de cumprimentar os que passavam por ele, não importava se eram doutores renomados ou faxineiros, demonstrava a mesma simpatia e educação, o que fazia sua presença ser sempre agradável a todos.Entrou em um elevador lotado, limitou-se a cumprimentar os presentes sem dar brechas para diálogos. Sentia que o olhavam de canto, curiosos.Chegando ao quinto andar foi para a sala de espera onde havia uma recepcionista atrás de um balcão. Abordou-a perguntando sobre a sala de Jaime Carter e pedindo para que anunciasse sua chegada.A sala de Jaime ficava praticamente em frente à sala de Clayton, mas Vincent até então não havia prestado atenção naquele assistente ou procurado diretamente por ele. Deu tr&eci
Havia se passado duas semanas, os dias corriam para Vincent sem qualquer novidade. No trabalho estavam fazendo novos testes, cujos resultados demorariam mais tempo para saírem. Via Donna quase todos os dias, e ela só agora se sentia melhor depois da entrevista frustrante que tinha feito na Universidade Americana de Los Angeles.Ela contou para Vincent que o diretor da universidade, quem realizou sua entrevista, não deu nem sequer a oportunidade para a professora apresentar uma aula-teste, procedimento padrão nas instituições de ensino, pois a achou muito jovem e inexperiente para a função, apesar de sua formação. Sem ser grosseiro, deu a entender que ela não estava preparada para lecionar para adultos, que poderia ter problemas com eles, pois era demasiadamente jovem, ressaltou que embora tivesse vinte e cinco, não parecia ter mais de vinte, o que dificultaria que fosse respeitada pelos univer
— Bom dia, Chris — cumprimentou Ramona ao entrar no carro do parceiro, fechando a porta em seguida. — Para onde vamos tão cedo? — Bocejou cansada, pois foi dormir de madrugada e ainda não passava das seis da manhã.Christopher sorriu de canto ao olhar para Ramona enquanto ligava o carro.— Para a Floresta Nacional de Angeles — falou com naturalidade.— Nossa, que jeito melhor de começar um sábado! Desova de corpos? — questionou curiosa, lembrando as várias chamadas desse tipo que havia atendido.— Acho que pior. Jeremy disse que precisamos ver ao vivo a nossa vítima, em tom de quem diz vocês não sabem o que os espera! — Olhou para ela sorrindo. Christopher passou as informações que tinha para sua parceira, as quais não eram muitas: um rapaz havia andado oito quilômetros durante a madru
Vincent acordou cedo, pois combinou com a namorada de que passariam o sábado juntos, a começar pelo café da manhã que ele preparou antes mesmo dela chegar, o que foi logo, pois ansiava por mais um dia agradável ao lado do namorado.Eles também haviam programado um almoço na casa dele, para o qual convidaram a melhor amiga do casal, Adelle, de forma que Donna ficou de ajudar o namorado a preparar o almoço para a amiga.Ao chegar, Donna encontrou a mesa posta, como sempre muito bem arrumada e abundante, tudo bastante apetitoso. Não se demoraram tomando café, pois Vincent mostrou urgência em tirar da namorada o vestido estampado de flores que iam até os seus joelhos, possuía um decote pequeno e que marcava sua silhueta perfeita.O clima esquentou enquanto ainda estavam à mesa. Vincent a pegou no colo e subiu as escadas a levando para o seu quarto. Colocou-a na cama com
Donna permaneceu na universidade por mais de três horas enquanto aguardava outros dois candidatos concluírem seus testes, que para sua tranquilidade eram de áreas diferentes da dela. Mesmo antes de sair do prédio da instituição já tinha feito duas tentativas de ligação para Vincent, mas só chamava e ele não atendia. Ela sabia que ele podia estar ocupado ou simplesmente ter deixado o celular em alguma parte do laboratório onde deveria estar trabalhando naquele horário, mas insistiu. Já no estacionamento, ligou novamente, sem sucesso, desanimou e ia ligar o seu carro para sair quando o celular tocou.— Oi, amor, está tudo bem? — indagou o namorado gentil. — Estava ocupado, me desculpe.— Imagina, amor, sei que devo estar atrapalhando, mas queria muito falar com você. — Ela riu eufórica.— Fez a entrevista? —
Depois de sair do colégio, Donna foi direto para o seu apartamento, Adelle chegou logo em seguida, pois trocaram mensagens pela manhã combinando o encontro em que a advogada ficou de levar comida japonesa para almoçarem juntas. Tinham muito que conversar, passariam então a tarde juntas e a noite iriam sair para comemorar.— Parabéns, noivinha! — disse Adelle já no apartamento, dando um abraço forte na amiga. Colocou sua bolsa e algumas sacolas no sofá.— Nossa, Ade, não estou acreditando, parece um sonho tudo isso! — Donna puxou a amiga pela mão para se sentar com ela no sofá.— Sonho, Donna, sério? É sua realidade, amiga, realidade que demorou, hein, eu estava achando seriamente que vocês estavam esperando que eu noivasse primeiro! — Riu irônica.— Não, Ade, eu também não ia querer esperar p
Agosto chegou, e para se criar um clima de curiosidade e mistério, além de aumentar a saudade entre os noivos, Donna foi para a casa de Adelle, que era tão grande e bonita quanto à de Vincent. Embora os dias parecessem passar lentamente, o que aumentava as expectativas da noiva para o grande e sonhado dia, ele finalmente chegou.Donna, no quarto de hóspedes que ocupava na casa da amiga, já estava completamente vestida para a ocasião, e lhe faziam companhia apenas Adelle e sua cunhada Jenifer, que davam total atenção aos detalhes do vestido, da maquiagem e do cabelo da noiva, pois já haviam se retirados os profissionais contratados para esse propósito, mas naquele momento, parecia necessário ajeitar o véu, arrumar algum detalhe no decote ou retocar parte da maquiagem. Estavam todas nervosas e muito ansiosas, afinal, era um momento muito esperado pelas três.Da parte de
Quase três anos se passaram sem que Christopher e Ramona chegassem ao assassino agora chamado pelo apelido de Ceifador de Anjos não somente dentro do departamento, mas repetido por vezes pela mídia. A pressão que sofreram pelos casos não solucionados foi grande, onde os detetives se empenharam por vários meses a fio na investigação dos assassinatos de Barbara Tompson e Christine Vonda Carter.Buscaram insistentemente por pistas que levassem ao Ceifador de Anjos, para tanto, vasculharam detalhadamente a vida de ambas as vítimas, trazendo para novos depoimentos os seus familiares, amigos e conhecidos. Adentraram também em suas vidas virtuais, onde através das redes sociais em que elas possuíam perfis procuraram por mais pistas e por suspeitos.O casal Tompson era bastante reservado, participava apenas de uma rede social, na qual inclusive utilizavam o mesmo perfil, reunindo apenas familiar