HUGO CASTROMinha única vontade era destituir Dafne de sua função na minha empresa. No entanto, havia um contrato que eu precisava honrar, uma vez que ela era uma associada.Os erros que ela cometia eram inaceitáveis, sem mencionar os riscos de potenciais problemas de indenização, caso não fossem abordados com extrema cautela.Dafne causou um verdadeiro caos na filial de Portugal. Tudo começou com um problema de comunicação entre ela e o engenheiro da obra em um de nossos hotéis, resultando em uma grande infiltração que nos obrigou a fazer upgrades para acomodar alguns hóspedes.Além disso, ela fez alterações indevidas na planilha de horários dos nossos colaboradores, fazendo com que trabalhassem mais do que suas cargas horárias regulares. Faz quase uma semana que estou trabalhando nessa filial, tentando solucionar esses problemas e evitar ações indenizatórias.Além de toda essa dor de cabeça, tive que conviver com ela durante toda aquela semana para entender onde ela havia cometido o
Não entendia como uma mulher tinha me cativado tão profundamente em tão pouco tempo, mas estava absolutamente encantado por Alice. Mantive o olhar fixo nela, aguardando a minha resposta.— Senti, Hugo, pronto, falei. Agora, pare de me encarar assim, você está me deixando sem graça. — Ela respondeu, rindo levemente.Abri o maior sorriso que tinha. Aquilo me deixou verdadeiramente feliz. A simples resposta dela havia alegrado o meu dia. Ela também tinha sentido minha falta.Quando chegamos à casa de seus pais, ela não me convidou a descer, apenas disse que voltaria rapidamente, então aguardei no carro. Realmente, ela não demorou muito, e uma Melissa muito animada entrou no carro.— Oi, titio! — Ela me cumprimentou feliz.— Oi, princesa, como vai?— Esse carro é seu? — Ela perguntou, admirada.— Sim, e hoje ele vai ser sua carruagem. — Disse sorrindo para ela e ela me devolveu o sorriso.— Hugo, vou aqui atrás com a Mel. Acho mais seguro para ela devido a não ter a cadeira adequada para
ALICE FONSCAO fim de semana havia chegado. No domingo, resolvi visitar meus pais e convidei Samantha para ir conosco. Como havia falado, minha amizade com ela já tinha anos e meus pais a tratavam como se fosse sua filha também.Após o nascimento de Melissa, Samantha cuidava de Mel como se fosse sua própria filha. Muitas vezes, quando Mel não conseguiu o que queria comigo, tentava com a tia Sammy, que terminava me convencendo depois de um pouco de conversa, e meus pais admiravam minha amiga por nunca ter soltado minha mão no momento mais difícil de minha vida.Meus pais, quando souberam que passaríamos o dia lá, mimaram Mel com todo tipo de sobremesa de que ela gostava. Mamãe adorava Samantha, dizia que ela já era considerada sua filha adotiva. E, como sempre, tentava arrancar de Sammy algumas informações sobre mim.Samantha, como uma fiel amiga, tirava minha mãe de tempo com outras questões. Infelizmente, o domingo passou mais rápido do que eu queria. Gostava de ter minha independênc
Olhei para minha amiga, incrédula com a ideia de interrogar o Hugo. Antes que eu conseguisse dizer qualquer coisa, ele entrou na cozinha e perguntou se precisávamos de mais alguma ajuda. Minha amiga negou, pegou a travessa e a levou até a mesa.Peguei Melissa e a coloquei em sua cadeira e nós nos sentamos e começamos a nos servir. Quando estávamos todos comendo e já na metade do prato, Hugo elogiou a Samantha. Isso foi o suficiente para dar início à conversa da minha amiga. Claro que ela não esperaria até o final do jantar e, como uma boa advogada, precisava ser direta.— Que bom que você gostou, Hugo. Eu tentei caprichar ao máximo, considerando que você está acostumado a comer pratos preparados por chefs renomados. Pelo que pude perceber, você costuma participar de muitos eventos.— Sou um homem de negócios, Samantha. Então, sim, participo de muitos eventos. Mas nem todos têm uma comida tão deliciosa quanto a que você preparou.— Obrigada, Hugo. Sabe, o que me surpreendeu é que nas f
A segunda-feira, dia da feira de ciências, havia finalmente chegado. Eu estava tão empolgada com o evento de hoje que mal podia conter a minha ansiedade. Precisei chegar mais cedo à escola para finalizar tudo o que precisava antes dos alunos chegarem.A Samantha ficou responsável por trazer Melissa, e claro que a tia babona ficaria para assistir à apresentação, afinal, ela também era a madrinha de minha filha e, como meus pais não poderiam comparecer, pediram que ela filmasse tudo.Na minha sala de aula, tínhamos nove vulcões para as apresentações, e cada um deles seria compartilhado por três alunos, o que significava que teríamos nove apresentações diferentes. Tudo estava organizado nos lugares onde cada um deveria ficar.Mantive o vinagre escondido, já que com aquela turminha, não poderia dar bobeira. Esperava que tudo o que havíamos planejado desse certo. Dividimos os grupos de forma estratégica, considerando as diferenças e dificuldades de cada um dos meus queridos alunos.Lentame
HUGO CASTROChegando lá, as crianças logo correram para brincar. Alice pediu a Samantha para ficar de olho na Melissa e se despediu de nós, informando precisar organizar a sala de aula. Assim que ela saiu, minha irmã se aproximou de mim.— O que você está esperando para ir atrás dela e convidá-la para sair, Hugo? — Minha irmã me perguntou sem rodeios.Me dei conta naquele momento de que ela estava coberta de razão. O que seria de mim sem a Safira? Mas não faria o ego dela inflar com esse elogio. Corri para fora do parquinho e chamei pela Alice.— Alice, espere só um minuto. — Falei, correndo até ela, confesso um pouco nervoso.— Oi, Hugo.— Posso levar vocês para casa? — Mais uma vez, fiz outra pergunta, em vez de fazer o convite. Por que será que me tornava tão idiota quando estava perto dela?— Você está com sua irmã e seu sobrinho, Hugo. Como eles vão para casa?— Viemos em carro separado, Alice. Daqui eu voltaria para o trabalho, mas, se você permitir, gostaria de levar vocês prim
ALICE FONSECAQuando dei as costas a Hugo, após nosso beijo, subi as escadas, já não conseguindo mais esconder meus sentimentos, e um enorme sorriso estava estampado no meu rosto.A Rejane passou o tempo todo me questionando sobre o que aconteceu, já que eu estava exalando felicidade. Isso me fez rir ainda mais, e eu perguntei a ela o que isso significava.— Significa que tenho vontade de sorrir só de olhar a alegria estampada no seu rosto. Estou curiosa para saber o motivo. — Ela disse, questionando-me com um olhar curioso.— Não sei do que você está falando. Vamos acabar com isso logo, senão vou me atrasar para o próximo compromisso. — Disse a ela.Saí da sala carregando os recipientes em uma caixa, direcionando-me ao depósito onde esses materiais deveriam ser guardados. Eu podia sentir o olhar dela nas minhas costas, acusando-me de fugir da conversa.Quando terminei de organizar tudo na sala de aula, ansiosamente me dirigi ao parquinho para me encontrar com todos. Chegando lá, note
Ele me conduziu até um aconchegante restaurante. O lugar era realmente maravilhoso, com uma iluminação individual por mesa e em algumas delas apenas luz de vela, deixando o clima bastante romântico. Enquanto aguardávamos nossos pedidos, Hugo segurou minha mão mais uma vez e ficou fazendo vários pequenos círculos.Aquele toque não me passou despercebido, pois era como se me enviasse pequenos choques que deixavam meu coração cada vez mais acelerado. Sabia que conhecia muito pouco Hugo, e que não podia criar tantas expectativas por alguém que poderia não ser exatamente quem eu imaginava.Não sabia como fazer meu coração entender que o que eu estava sentindo poderia me causar grandes problemas. Como adivinhando meus pensamentos, ele me olha com aquele olhar que mais parecia capaz de ler almas, abriu um sorriso tímido, voltou a olhar nossas mãos entrelaçadas e voltou a olhar novamente para mim.— Desde aquele dia em que precisei te proteger daqueles idiotas, minha vida mudou completamente.