O silêncio no jato parecia agora uma presença tangível. Isabella sentiu a pressão de cada segundo passar, os olhos de Ethan como uma marca em sua pele. Cada palavra que ele havia dito, cada toque discreto, ecoava dentro dela. Ela tentava se convencer de que estava no controle, mas a verdade era que Ethan havia mexido com algo profundo, algo que ela não sabia se conseguia mais controlar.Ele ainda estava perto, não muito longe, mas próximo o suficiente para que ela pudesse sentir a energia entre eles, como uma chama prestes a consumir tudo ao redor. A tentação de dar o próximo passo estava ali, pulsando nas veias dela, mais forte a cada instante. No entanto, o medo, aquele medo familiar e sufocante, ainda estava presente. Ele a fazia hesitar, recuar.Ethan, por sua vez, não parecia disposto a desistir tão facilmente. O olhar dele ainda estava fixo nela, e ele sabia exatamente o que queria. Sabia, também, que ela não estava tão distante dele quanto gostaria
O peso das palavras de Ethan ainda pairava no ar, denso e implacável. Isabella sentia-se à beira de um precipício, e cada segundo que passava ao lado dele a aproximava mais de uma queda que ela não sabia se teria forças para suportar. Não era só o desejo inegável que a consumia, mas o medo. O medo do que poderia acontecer caso cedesse. O medo do que ele poderia despertar nela, algo que ela já não sabia mais controlar. Ela o observava com um olhar carregado de perguntas, de incertezas, e mesmo assim sentia seu corpo reagir à presença dele, como se sua própria alma estivesse em conflito com sua mente. O jogo estava ficando mais complicado a cada passo, e ela não sabia até onde seria capaz de ir. Mas o pior de tudo era que, de alguma forma, ela sabia que ele também estava ciente de sua luta interna.Ethan ficou em silêncio por um momento, apenas observando-a, seus olhos escuros impenetráveis, como se estivesse esperando que ela fosse a primeira a quebrar. M
Os dias seguintes pareceram passar mais devagar para Isabella. O eco das palavras de Ethan ainda pairava em sua mente, e ela não conseguia mais ignorar o impacto que ele causava em sua vida. Algo dentro dela estava se transformando, algo que ela não sabia se estava pronta para enfrentar. Mas, por mais que tentasse se manter afastada, ele estava sempre lá, desafiando-a, testando seus limites, tocando uma parte de si que ela havia tentado esconder. Ela não sabia mais o que fazer com a turbulência que sentia. Havia momentos em que ele a olhava de uma maneira tão intensa que parecia que ele podia ler sua alma, e outros em que ele a fazia sentir como se fosse a única pessoa no mundo. A mistura de desejo, poder e insegurança estava criando uma tempestade dentro dela, e ela estava começando a se questionar até onde conseguiria resistir. Mas, ainda assim, havia algo que a impedia de ceder completamente. O medo. O medo de perder o controle, o me
O vento frio da noite parecia não fazer sentido quando Ethan estava perto dela. Isabella não conseguia mais distinguir entre o que era real e o que estava sendo projetado por seus próprios sentimentos. Cada olhar, cada gesto, cada palavra que ele pronunciava parecia ser um convite para um abismo do qual ela não queria sair, mas também não sabia como resistir.Ethan estava mais perto agora, e seu cheiro — algo inebriante e profundo — envolvia Isabella de uma forma que ela não conseguia controlar. Eles estavam à porta do elevador, e o tempo parecia estagnado. Ela sabia que, ao aceitar aquele gesto, tudo mudaria entre eles. Mas algo dentro dela a impelia a continuar. Algo maior que seu medo, que seu autocontrole.O elevador subiu, e os minutos de silêncio se arrastaram. O som do sistema de ar condicionado, o barulho das luzes fluorescentes — tudo se tornava um pano de fundo distante enquanto Isabella e Ethan compartilhavam aquele espaço, aquele momento de tensão
A madrugada estava quieta, mas o ar pesado parecia vibrar com o calor que emanava dos dois. A cidade, normalmente agitada, parecia adormecida, mas dentro daquele apartamento, tudo estava em movimento. O som suave do vento batendo nas cortinas, o frio da noite, e o toque das mãos de Ethan sobre a pele de Isabella eram os únicos sinais de vida.O momento em que se entregaram um ao outro parecia ter mudado tudo. A tensão acumulada, o desejo incontrolável, se desfez em um beijo, mas o que seguiu foi mais do que uma simples entrega. Era como se o tempo tivesse se esticado, como se eles estivessem presos em uma bolha onde nada mais importava, onde tudo se resumia ao toque, aos sussurros e ao calor crescente entre eles.Ethan a observava com intensidade, seus olhos brilhando com um desejo tão forte que parecia impossível de resistir. Ele a tocou suavemente, como se tivesse medo de quebrar algo precioso, mas ao mesmo tempo, cada movimento dele era carregado de ur
A manhã seguinte chegou mais rápido do que Isabella gostaria. Quando ela abriu os olhos, a luz suave do dia filtrava-se pelas cortinas, aquecendo a pele ainda marcada pelo calor da noite anterior. O quarto estava quieto, como se o tempo tivesse parado após a tempestade de sentimentos que houvera entre ela e Ethan. Ela permaneceu deitada por um momento, observando o teto, tentando processar o que havia acontecido. O toque, os sussurros, o calor. Tudo parecia distante, como um sonho, mas o peso em seu peito dizia que não era mais possível voltar atrás.Ela sabia que precisava se afastar, mas a verdade era que, em alguma parte de seu ser, ela ainda sentia o eco daquela noite, das mãos de Ethan em sua pele, do toque dele, daquele olhar possessivo que a fez se perder sem pensar no amanhã. Mas agora, com a luz do dia, a realidade se impôs. Ele era seu chefe. E o que ela havia feito era inegavelmente complicado.Ethan ainda estava deitado ao seu lado, os olhos f
Ethan não sabia o que o havia levado a agir daquela forma. A princípio, ele havia se perdido na intensidade da noite anterior, deixando-se levar pelo desejo, pela atração. Mas, ao acordar na manhã seguinte e vê-la se afastando dele, ele soubera, de alguma forma, que a situação não poderia continuar. O que acontecera entre eles não era algo simples. Ele sabia disso. E, mais do que isso, sabia que ela sabia.Ele permaneceu em silêncio enquanto ela se vestia, observando cada movimento dela, as mãos trêmulas, os olhos evitando os seus. Ele notou que havia algo diferente em Isabella, como se ela tivesse se distanciado de tudo o que aconteceu entre eles, tentando empurrar o que quer que fosse para um canto onde ela não precisasse lidar com isso. E Ethan, apesar de todas as suas intenções iniciais de manter o controle, sentiu uma necessidade de respeito por ela, por suas escolhas, por sua vontade.E então ela disse. — Eu tenho que ir.Aquelas
Isabella acordou naquela manhã com um peso no coração que parecia impossível de carregar. As horas da noite anterior se misturavam em sua mente, trazendo uma sensação de desilusão e frustração. Ela não podia mais ignorar o que estava claramente diante dela. As ações de Ethan, sua maneira de agir e de falar, agora estavam mais claras do que nunca. Ele havia feito exatamente o que queria. Ele a conquistou, a levou para a cama, e agora parecia que ela já não tinha mais serventia para ele. Como se, depois de ter o que queria, ele a descartasse sem hesitar.Ela tentou se convencer de que estava enganada, de que talvez fosse apenas um mal-entendido. Mas, ao reviver cada momento, ao lembrar da forma como ele a mandou embora depois daquela noite, a verdade se impôs diante de si com uma brutalidade dolorosa. Ela não era mais do que uma conquista para ele. Ele já havia alcançado seu objetivo, e agora não havia mais razão para mantê-la por perto.Isabella não queria