Deitados na cama do hotel, Vitor e eu estávamos envolvidos em uma troca de carinhos inocentes, nossos dedos traçando padrões suaves sobre a pele um do outro. A luz delicada do quarto envolvia o espaço em um calor aconchegante, e o mundo lá fora parecia distante e desconectado da realidade aqui dentro.
— Isso é muito bom — murmurei, me aconchegando mais perto dele, apreciando a proximidade e a tranquilidade do momento.
— É, não é? — Vitor respondeu, um sorriso dançando em seus lábios enquanto ele brincava com uma mecha do meu cabelo.
— Mas nós passamos o dia todo "namorando", se é que podemos chamar assim, e a ideia era falar sobre nós... sobre o nosso relacionamento — eu digo, um pouco hesitante, mas sabendo que precisávamos abordar o assunto.
Vitor assentiu, parecendo mudar de postura, seu rosto assumindo uma expressão mais séria.
— Eu pensei muito sobre isso, Luna. Sobre nós. E eu quero ter certeza de que ambos estamos na mesma página e que
Em um movimento ágil e cheio de intenção, Vitor me agarra pela cintura e me puxa para seu colo. Uma de suas mãos se entrelaça em meus cabelos, puxando suavemente, enquanto a outra desliza delicadamente pela minha perna, subindo até a curva do meu quadril. Seus lábios encontraram os meus com uma delicadeza que contrastava com a urgência de seu toque, e ele me beijou com uma firmeza que parecia querer explorar cada canto da minha boca.— Porra, Luna, o que você fez comigo? — Vitor murmurou contra meus lábios, me olhando tão profundamente nos olhos que por um momento parecia estar realmente tentando desvendar a resposta.— Como assim? — Perguntei, confusa e um pouco embriagada pela intensidade do momento.— O que você fez para me deixar completamente viciado em você? — Seu tom era sério, quase angustiado, mas eu não pude deixar de
E por falar em coisas que não estavam sendo fáceis... De onde mesmo foi que eu tirei a ideia que seria perfeitamente aceitável que eu continuasse sendo a secretária de Vitor mesmo que nós estivéssemos em um relacionamento?Naquela semana ele já tinha passado a mão na minha bunda dentro de um elevador lotado, me agarrado em uma sala de reuniões vazia — e quase fomos pegos! — fora as milhares de vezes que ele ligava no meu ramal para falar putaria enquanto me encarava através do vidro aberto de sua sala com a cara mais profissional possível. E o pior era sua preferência por fazer isso quando a sala de espera estava cheia e tudo o que eu podia responder era “Sim, senhor Oeri” enquanto ele descrevia detalhadamente tudo o que queria estar fazendo comigo.Claro que essas suas atitudes sempre acabavam me fazendo ficar até depois da hora no escritório, e def
A noite de sexta-feira tinha se transformado em uma escapada perfeita do habitual escrutínio do escritório, quando Vitor e eu saímos juntos, ainda que às escondidas, para uma exposição de arte organizada pela galeria onde Julia trabalhava. Vitor estava em busca de peças de arte para decorar seu novo apartamento, e embora eu não fosse exatamente uma conhecedora de arte, estava animada por acompanhar e oferecer minha opinião, mesmo que básica.— Você acha que entendo de arte só porque escolhi bem as cores para a pintura da sala do seu apartamento? — Brinquei, enquanto entrávamos na galeria iluminada, onde as paredes eram adornadas com uma variedade de obras impressionantes.Vitor riu, guiando-me pelo braço.— Bem, sua escolha de cores foi ótima. Se você puder escolher arte com metade dessa precisão, meu apartamento vai ficar incr&i
— Luna! Você nunca me disse que tinha uma irmã... — Consigo sentir o sorriso nas palavras de Vitor, mesmo que eu não tenha desviado meus olhos dos de Estela por um segundo. Ele soa surpreso e claramente interessado nesse novo pedaço de informação sobre minha vida.— Porque eu não tenho — finalmente quebro o encanto e me viro, agarrando a mão de Vitor e o puxando através da galeria.Mas Estela consegue ser mais rápida e intercepta nosso caminho. Sua expressão é uma mistura de curiosidade com uma certa hesitação, como se ela também estivesse lutando contra as memórias do nosso passado compartilhado.— Luna, por favor, espera um pouco — Estela pede, com uma voz que tenta esconder sua urgência sob uma camada de casualidade. — Como você está?Sua pergunta parece inocente, mas havia um intere
— Estela Castilho... — Julia murmura, enquanto seus dedos deslizam velozes pelo teclado do seu notebook.Eu me acomodo ao seu lado no sofá, ainda processando a surpresa de ter encontrado Estela na galeria. Já deveria estar dormindo a essa hora, ainda mais por precisar levantar cedo e arrumar minha mala para o final de semana. Mas depois de alguns minutos rolando de um lado para o outro na cama, decidi me levantar e esperar por Julia, a pessoa certa para saciar minha curiosidade.Ela acessa a lista de convidados do evento com um par de cliques rápidos.— Não, ela não está aqui na lista VIP — Julia anuncia depois de um momento, olhando para mim com uma expressão de confusão. — Mas isso não significa muito, Luna, essa é apenas uma lista de prioridades para aquisições. A exposição era aberta ao público, então ela poderia ter e
Enquanto termino de arrumar minha mala, sinto uma mistura de ansiedade e expectativa pelo final de semana no parque aquático com Vitor e Clara. Desço as escadas puxando a mala de maneira ruidosa, rumo ao encontro de Vitor, que deve estar me esperando lá fora com o carro. Agradeço por ainda ser cedo e o bar estar fechado, assim meu barulho não incomoda ninguém. Mas assim que chego no térreo, percebo que Henry estava lá, olhando na minha direção.Ele estava reorganizando o estoque e preparando o bar para abrir mais tarde. Quando me vê, ele para o que está fazendo, uma expressão de curiosidade misturada com outra coisa que não consigo identificar cruzando seu rosto.— Vai viajar outra vez? — Ele pergunta, tentando soar casual, mas há um desdém em suas palavras que não gosto.— Sim, só pelo final de semana — respondo, m
~VITOR~Ao chegamos ao resort logo nos dirigimos ao hotel para fazermos nosso check-in e nos trocarmos. A luz suave do sol da tarde cai sobre a arquitetura elegante do lugar, dando a ele uma aura quase mágica. Clara segura minha mão de um lado e a de Luna do outro, enquanto caminhamos pelos corredores do hotel.— Papai, o quarto tem uma banheira grande? — Clara pergunta, seus olhos brilhando com a expectativa do um final de semana.— Tem uma banheira enorme, princesa — respondo, sorrindo para ela. — Você vai poder nadar nela se quiser.Ela ri, satisfeita com a resposta, e pula um pouco ao meu lado. Quando chegamos ao meu quarto, faço uma pausa, virando-me para Luna.— Eu só preciso de meia hora para nos arrumarmos e depois podemos ir para a piscina. Você está no quarto ao lado, certo?Ela hesita, um rubor leve aparecendo em suas bochechas.
~Vitor~O dia estava quente e ensolarado, tudo o que poríamos esperar para um dia de diversão completo. Clara segurava uma mão minha e outra de Luna, puxando-nos com entusiasmo em direção ao primeiro escorrega que avistou.— Olha, olha! Podemos ir naquele primeiro? — Ela apontou, seus olhos brilhando com a antecipação de uma criança prestes a embarcar em uma aventura.— Claro, princesa — respondi, sorrindo para Luna, que compartilhava da empolgação de Clara. A facilidade com que ela se envolvia nos planos de Clara, se deixando levar pela energia da menina, era algo que eu não apenas admirava, mas também ficava profundamente grato.A cada escorrega, cada piscina de ondas e cada jogo aquático, a conexão entre Luna e Clara parecia se aprofundar. Eu as observava, às vezes participando, outras apenas de espectador, e ca