Ao nos aproximarmos do imponente castelo infantil montado para a festa, a maravilha daquela construção me faz sentir como se tivéssemos sido transportados diretamente para um conto de fadas. As torres brilhantes, adornadas com bandeirinhas vibrantes e um portão elegantemente decorado com flores e luzes, criam uma entrada mágica que nos convida a entrar em um mundo de sonho e fantasia.
— Nossa, parece mesmo que eu estou entrando em um desses castelos de filme! — exclama Marco, seu tom misturando admiração e entusiasmo.
— Definitivamente. Clara vai ter uma festa memorável — concorda Daniel, liderando o caminho com um sorriso contagiante.
Ao chegarmos à porta do castelo, noto que Vitor ficou esperando por nós. Ele está impecável, como sempre, mas sua postura é rígida, a expressão, um misto de formalidade e controle. Enquanto ele cumprimen
Volto para a mesa, segurando firmemente o balão de unicórnio que o artista de balões gentilmente completou, apesar da interrupção abrupta. Sentindo a textura lisa da fita entre meus dedos, tento segurar as emoções tumultuadas e me concentrar na conversa que Daniel, Marco e Julia mantêm. Eles fazem piadas leves e discutem sobre a festa, tentando trazer um senso de normalidade ao momento.Eu sorrio e aceno, inserindo comentários ocasionais, mas era como se somente meu corpo estivesse presente ali. Tento me distrair observando as crianças correndo alegremente pelo espaço, seus risos e gritos de excitação formando o fundo sonoro perfeito para uma festa infantil.Depois de alguns minutos, vejo Clara se aproximando novamente, sua expressão agora aliviada e um sorriso se formando em seus lábios ao avistar o balão de unicórnio à espera na mesa. Ela corre
— Então, como foi sua conversa com o Vitor? Ele te disse alguma coisa mais... decisiva? — Julia é direta ao perguntar, enquanto limpa o rosto com um algodão.Estávamos de volta ao nosso apartamento, ao nosso quarto, depois de um dia cheio de novidades e tensões e aproveitávamos para fazer nossa skincare, antes de dormir, e atualizar a conversa sobre coisas que não puderam ser ditas na frente de Marco e Daniel. Julia me conhecia bem o suficiente, para ver que meu semblante tinha melhorado muito quando retornei para a mesa depois da ida ao banheiro, e eu prometi que lhe contaria tudo depois.— Nós conversamos pouco, na verdade. Ele estava furioso por eu ter levado alguém... — Tento segurar o riso, mas quando o reflexo do meu olhar, encontra o de Julia através do espelho, é impossível não me render. — Seu plano deu certo... — Admito. &mda
— Tá vendo, você já está começando a apreciar o fato de termos privacidade... — ele brinca, sem conseguir desviar os olhos de mim.— Acho que sim... — rio.Envolvo meus braços ao redor do seu pescoço e trago Vitor contra mim, meus lábios encontrando os seus com voracidade. Vitor me agarra diretamente pela bunda e traz meu corpo contra o seu. É impossível não perceber que ele já estava completamente duro.— Não fui tão esperto.... — Vitor afasta um pouco os lábios para dizer. — Não trouxe roupa de banho.— Hum... — penso por um segundo. — Corre o risco de alguém nos ver aqui?— Zero — Vitor garante.— Ótimo.Agarro-me a Vitor e dou alguns passos para trás, caindo na piscina. O problema é que eu o trago junto, ainda complet
Deitados na cama do hotel, Vitor e eu estávamos envolvidos em uma troca de carinhos inocentes, nossos dedos traçando padrões suaves sobre a pele um do outro. A luz delicada do quarto envolvia o espaço em um calor aconchegante, e o mundo lá fora parecia distante e desconectado da realidade aqui dentro. — Isso é muito bom — murmurei, me aconchegando mais perto dele, apreciando a proximidade e a tranquilidade do momento. — É, não é? — Vitor respondeu, um sorriso dançando em seus lábios enquanto ele brincava com uma mecha do meu cabelo. — Mas nós passamos o dia todo "namorando", se é que podemos chamar assim, e a ideia era falar sobre nós... sobre o nosso relacionamento — eu digo, um pouco hesitante, mas sabendo que precisávamos abordar o assunto. Vitor assentiu, parecendo mudar de postura, seu rosto assumindo uma expressão mais séria. — Eu pensei muito sobre isso, Luna. Sobre nós. E eu quero ter certeza de que ambos estamos na mesma página e que
Em um movimento ágil e cheio de intenção, Vitor me agarra pela cintura e me puxa para seu colo. Uma de suas mãos se entrelaça em meus cabelos, puxando suavemente, enquanto a outra desliza delicadamente pela minha perna, subindo até a curva do meu quadril. Seus lábios encontraram os meus com uma delicadeza que contrastava com a urgência de seu toque, e ele me beijou com uma firmeza que parecia querer explorar cada canto da minha boca.— Porra, Luna, o que você fez comigo? — Vitor murmurou contra meus lábios, me olhando tão profundamente nos olhos que por um momento parecia estar realmente tentando desvendar a resposta.— Como assim? — Perguntei, confusa e um pouco embriagada pela intensidade do momento.— O que você fez para me deixar completamente viciado em você? — Seu tom era sério, quase angustiado, mas eu não pude deixar de
E por falar em coisas que não estavam sendo fáceis... De onde mesmo foi que eu tirei a ideia que seria perfeitamente aceitável que eu continuasse sendo a secretária de Vitor mesmo que nós estivéssemos em um relacionamento?Naquela semana ele já tinha passado a mão na minha bunda dentro de um elevador lotado, me agarrado em uma sala de reuniões vazia — e quase fomos pegos! — fora as milhares de vezes que ele ligava no meu ramal para falar putaria enquanto me encarava através do vidro aberto de sua sala com a cara mais profissional possível. E o pior era sua preferência por fazer isso quando a sala de espera estava cheia e tudo o que eu podia responder era “Sim, senhor Oeri” enquanto ele descrevia detalhadamente tudo o que queria estar fazendo comigo.Claro que essas suas atitudes sempre acabavam me fazendo ficar até depois da hora no escritório, e def
A noite de sexta-feira tinha se transformado em uma escapada perfeita do habitual escrutínio do escritório, quando Vitor e eu saímos juntos, ainda que às escondidas, para uma exposição de arte organizada pela galeria onde Julia trabalhava. Vitor estava em busca de peças de arte para decorar seu novo apartamento, e embora eu não fosse exatamente uma conhecedora de arte, estava animada por acompanhar e oferecer minha opinião, mesmo que básica.— Você acha que entendo de arte só porque escolhi bem as cores para a pintura da sala do seu apartamento? — Brinquei, enquanto entrávamos na galeria iluminada, onde as paredes eram adornadas com uma variedade de obras impressionantes.Vitor riu, guiando-me pelo braço.— Bem, sua escolha de cores foi ótima. Se você puder escolher arte com metade dessa precisão, meu apartamento vai ficar incr&i
— Luna! Você nunca me disse que tinha uma irmã... — Consigo sentir o sorriso nas palavras de Vitor, mesmo que eu não tenha desviado meus olhos dos de Estela por um segundo. Ele soa surpreso e claramente interessado nesse novo pedaço de informação sobre minha vida.— Porque eu não tenho — finalmente quebro o encanto e me viro, agarrando a mão de Vitor e o puxando através da galeria.Mas Estela consegue ser mais rápida e intercepta nosso caminho. Sua expressão é uma mistura de curiosidade com uma certa hesitação, como se ela também estivesse lutando contra as memórias do nosso passado compartilhado.— Luna, por favor, espera um pouco — Estela pede, com uma voz que tenta esconder sua urgência sob uma camada de casualidade. — Como você está?Sua pergunta parece inocente, mas havia um intere