LUIZA Acordei com o Maguila me chamando.— Barbie... Barbie .... Acorda.— Oi Maguila, o que aconteceu?— Vamos, o chefe está te chamando na sala dele.Eu levantei, escovei os dentes, troquei de roupa, e fui até a sala do chefe.Quando cheguei, a Renata estava lá sentada no sofá.— Pode entrar Barbie! Feche a porta — disse ele.— Não sei o que essa Guria te falou, mas eu não fiz nada de errado.— Calma Barbie! Só te chamei por que precisamos esclarecer alguns detalhes. Acho que por estar aqui a pouco tempo, você ainda não entendeu algumas regrinhas da casa.— Hum.Eu ja imaginava o que vinha pela frente, então ele começou a falar.— Primeiramente, meus parabéns! Para uma virgem, até que você soube da uma chave de perna bem dada no playboy — falou ironizando.Minha única reação foi revirar os olhos de tédio.— Só tem um problema Barbie — falou ele se levantando da cadeira, e se aproximando de mim. —Ontem eu recebi a reclamação de um cliente que informou que estava indo em sua direção
FELIPESai daquela casa noturna, e tudo que rolou essa madrugada com Luiza não saia do meu pensamento. Nós não tínhamos chegado nem perto de consumar o ato, mas já tinha sido incrível. Nunca tive tanta química assim com uma mulher antes. Tudo com ela parecia que se encaixava perfeitamente.Fui direto para casa, eu não iria trabalhar. Liguei logo cedo para minha secretária, cancelando todas os meus compromissos.Ainda no carro, liguei para o Henrique, um amigo de longa data, que certamente conhecia umas pessoas, que me levariam ao tal Lobo.LIGAÇÃO ON.— Alô Henrique.— (Atende sonolento) Alô.— Henrique irmão, desculpa está te ligando a essa hora, mas a parada é meio urgente.— De boa cara, fala aí. Eu já tinha que acordar mesmo, e você na verdade me fez um favor.— Então cara, eu vou direto ao assunto. Eu preciso chegar em um cara conhecido como Lobo, dono de morro no Rio de Janeiro. Foi tudo que eu consegui descobrir sobre o cara.— Meu irmão, eu já ouvi falar sobre esse cara. Se fo
FELIPE O Lobo ficou um tempo me encarando, e em seguida perguntou:— A que devo honra do palyboy aqui no meu morro?— Eu gostaria de propor um negócio para você — falei meio apreensivo, mas tentando demostrar firmeza.— Manda aí playboy, mas seja rápido para não atrapalhar o meus corre.— Eu quero pagar a dívida de uma das garotas da sua boate em São Paulo — falei sem rodeios.O Lobo franzil as sobrancelhas, e parecia não entender do que se tratava.Ele pegou o celular, se afastou e começou a falar com alguém. Parecia irritado, e xingou com vários palavrões a pessoa do outro lado.Ele voltou, ainda com o semblante irritado, e perguntou:— Do que se trata a dívida Playboy? Quero ver se as histórias batem.— A Luiza, a garota ao qual eu vim pagar a dívida, recebeu uma proposta para se mudar para São Paulo, na promessa de que trabalharia como modelo. Antes de sair de Porto Alegre onde morava, compraram roupas, sapatos, levaram ela no salão, em clínica de estética, e até em dentista. Pa
FELIPELevei a Luiza para ficar na minha cobertura no Morumbi, e assim que abrimos a porta ela falou:— Nossa Felipe, que lugar lindo, aqui é enorme.— Obrigado! Quero que você se sinta em casa aqui. A despensa e a geladeira estão cheias, tem alguns vinhos na adega, deixei um cartão em cima da mesa com senha. Pode usar a hora que quiser e para o que quiser. Nós sentamos um pouco no sofá, a Luiza estava curiosa para saber como eu havia conseguido a liberdade dela da casa noturno, e pude perceber que quando eu contei ela ficou bem impressionada com tudo.— Tu se arriscou muito! Graças a Deus que você está aqui em segurança, mas foi um risco muito grande, e poderia ter dado muito errado. Mesmo achando que tu se arriscou demais, eu queria te agradecer por tudo — disse com um sorriso. — Por tudo mesmo! Eu nunca conseguirei te agradecer o suficiente.— Você não precisa me agradecer — falei retribuindo o sorriso. — Você sofreu uma injustiça, e eu vi que poderia fazer algo a respeito.Nós doi
LUIZA.LIGAÇÃO ON— Alô, Luiza? — atendeu aparentemente surpreso, principalmente pela hora.— Oi Felipe.— Está tudo bem?— Não, não está.— Luiza, o que aconteceu? — perguntou preocupado.— Eu...eu... Tô sentindo sua falta —falei com a voz embargada.— Acredito que você tenha feito uma visita a adega, não é mesmo? — falou de uma forma meio descontraída.— Sim, fiz e agora estou considerando dormir na sua varanda, para não ter que levantar.— Ha ha ha. Estou perto, me espera que vou passar aí — disse sorrindo. — Chego em 10 minutos.Desligamos, e fiquei aguardando ele.De repente escuto o Felipe Falando:— Você sabe que vai acordar com uma baita de uma ressaca amanhã, não sabe? Ele estava escostado em pé, na porta de vidro que dá para varanda, lindo como sempre, com uma roupa de quem ainda não chegou em casa do trabalho, um terno escuro, sem gravatá e uma camisa social por dentro. Aí meu Deus, eu tinha esquecido o quando ele é lindo e.... Que homem. Eu não falei nada, só olhei p
FELIPEMesmo com o uniforme da cafeteria, ela estava linda. Eu me aproximei dela no balcão e falei:— Desde quando está trabalhando aqui?— Desde ontem — respondeu de forma ríspida.— Você não comentou nada.— Não tive a oportunidade.Ela estava dando respostas secas, mas ainda assim continuei tentando puxar assunto.— Acordou de ressaca? — falei sorrindo de lado.— Não muito! Acordei com dor de cabeça, tomei o remédio que tu havia deixado na mesa de cabeceira, tomei um banho e depois do café da manhã já estava bem.—Imaginei que iria precisar.— Obrigada! E me desculpa, mas preciso trabalhar. Sou nova aqui, então, não posso ficar de papo. Ela estava diferente, com uma expressão e eu fiquei sem entender, ela geralmente é tão doce. Será que ela acha que eu estou em um encontro com a Aline? Não quis esperar que ele voltasse para explicar, até porque não temos nada. Então, voltei para a mesa, e ficamos aguardando o Rafael e nossa cliente Laís. E assim que eles chegaram, a gente deu in
LUIZAAssim que comecei a fazer a chamada de vídeo, a Célia logo atendeu.CHAMADA DE VIDEO ON— Oiê — falei animada de estar vendo a Célia.— Como tu tá guria? — perguntou ela.— Estou bem, mas com muitas saudades de vocês. E por aí como estão as coisas?— Tudo na mesma, o Luiz está te mandando um abraço.— Manda outro para ele.— Mando sim, vou deixar vocês duas conversando. Sentimos muito sua falta, e você sabe que tem uma casa aqui no Vale para quando quiser voltar.— Sei sim Célia! obrigada! Beijos.Ela passou o celular para a Mari, e nós ficamos conversando um tempo.— Bah guria, que história é essa que o guri foi até a cafeteria? — perguntou Mari.— Ele foi! O pior é que eu fui tomada por um ciúme, que eu não consegui disfarçar.— Tá apaixonada Ha ha ha. — Ele não quer nada comigo, mas ficou me dando explicações sobre quem era a guria que estava com ele na cafeteria, dá para entender?— Eu não conheço ele, não sei o que passa na cabeça dele, mas eu sinceramente não acho que ele
LUIZA Acordei, fiz minha higiene, tomei café da manhã e fui para a cafeteria, que passou o dia inteira cheia de clientes, o que fez com que o dia passasse rápido.Depois que sai do trabalho, passei na cobertura, tomei um banho, vesti a roupa de treino e dei minha corrida que eu amo.Cheguei, tomei um banho, jantei e fiquei na varanda pensando um pouco, até que chegou uma mensagem do Felipe, perguntando se poderia ir até lá.Eu fiquei me perguntando o que poderia ser, se tinha algo a vê com as suspeitas da Mari, que se tornaram minhas suspeitas, então eu disse que sim.Depois de alguns minutos escutei a campainha. Até achei que não fosse ele, por que ele tem a chave. Quando abri a porta, era ele completamente bêbado. Ele mal conseguia se segurar em pé.— Desculpa, não encontrei a chave — falou se apoiando com uma das mãos na parede.— Tudo bem, sem problema — falei apoiando um dos braços dele no meu ombro, para ajudá-lo a entrar. — Vem aqui, deixa eu te ajudar.Entrei segurando ele com